Star Trek: Discovery 1x13 – What’s Past is Prologue


“One year, 212 days of torture, of agony, my friends, my followers. But I have returned to give meaning to your suffering. Today is the day we reclaim our empire”

Mais um incrível episódio de “Star Trek: Discovery” no UNIVERSO ESPELHO. Estamos tão próximos do encerramento da temporada, e o episódio é ágil e repleto de ação, fechando parte do ciclo para nos trazer de volta ao Universo Prime, onde a guerra da Federação contra os Klingons acontecia quando a USS Discovery deixou esse mundo. O desenvolvimento dos personagens é maravilhoso, não apenas de Lorca, que retorna totalmente como um Capitão Mirror, em novas vestes e mais cruel do que nunca, mas também de outros personagens, como de Paul Stamets, que finalmente está de volta, Michael Burnham e sua relação com Philippa Georgiou, ainda que essa seja a sua versão de um universo paralelo e, surpreendentemente, um desenvolvimento que nos mostra, mais do que nunca, que Saru é mesmo um excelente capitão da Federação!
A ação se divide em duas partes. De um lado, Philippa deseja poder matar Lorca (“Bring Lorca to me alive. I’ll kill him myself this time”), enquanto ele planeja seguir com o golpe e tomar o Império para si, já que considera que a Imperatriz foi ineficaz em defender os propósitos terráqueos, por permitir que uma rebelião se formasse em suas fronteiras. Do outro lado da trama, Paul Stamets, Prime, desperta na Discovery e descobre que a rede micelial está com um problema seriíssimo, causado pela sua contraparte terráquea, que usava os esporos de micélio para energizar a nave, sem se importar com o fato de que isso está danificando a rede de forma, talvez, permanente. Se esse problema não for resolvido, e em breve, o estrago será definitivo, e não apenas no Universo Espelho, mas EM TODO O MULTIVERSO. Ou seja, “Life as we know it will cease to exist”.
Gosto de ver como Michael e a Discovery ainda trabalham lado a lado. Ela explica a Saru e a toda a tripulação a respeito da traição de Lorca, que pertencia a esse Universo o tempo todo, mas eles não têm tempo para se preocupar com isso, uma vez que, estando à bordo da ISS Charon, Michael Burnham é quem pode ajudá-los a destruir o gerador que está danificando a rede micelial, salvando, assim, o multiverso. Para que possa fazê-lo, Michael precisa chegar até a Sala do Trono, que já foi tomada por Lorca e suas tropas, e só há uma esperança: unir-se a Philippa Georgiou. É uma cena interessante e repleta de sentimento. Independente de ser “sua Philippa”, ou ela a “sua Michael”, o carinho de uma pela outra é real, e Philippa confia nela, e ajuda. Assim, Michael finge estar se juntando a Lorca, trazendo Philippa como sua prisioneira, o que é bem arriscado.
Mas eficaz.
“Welcome home, Michael”
A parte da Discovery, no entanto, precisa de um Capitão firme e compreensivo para que funcione: e eles têm o Saru. Acontece que o plano é arriscado demais, e destruir o gerador, embora seja essencial para que todo o Multiverso sobreviva, pode custar-lhes a própria vida. No entanto, o Capitão Saru fala com segurança, transmitindo toda a confiança e força de que precisam para entrar nessa missão, e foi uma cena e um discurso belo. “Discovery is no longer Lorca’s. it is ours”. E, por fim, há um plano de Stamets e Tilly… talvez eles não precisem morrer. O momento do ataque é ELETRIZANTE, e eu adorei o Lorca todo confiante, achando que Michael tinha se juntado a ele, mas o Saru sabia qual era o seu plano… e então, no momento exato, Michael e Philippa começam a lutar lado a lado, e a Discovery ataca, pegando Lorca e suas tropas de surpresa.
Ver Michael e Philippa lutarem lado a lado foi SENSACIONAL. Toda a luta, na verdade, foi intensa e arrepiante. Incrivelmente bem coreografada, e com uma trilha sonora de tirar o fôlego. Michael ainda vence a batalha contra Lorca com um poderoso “We would've helped you get home if you had asked. That's who Starfleet is. That's who I am. That's why I won't kill you now”. Mas a Imperatriz o mata, e é um CENÃO! Wow. Então, bem fofa, Philippa a manda embora, enquanto lhe ganha tempo contra as tropas de Lorca que se aproximam: ela diz que é uma imperatriz vencida, que eles “viram seu pescoço”, então já não há futuro para ela mesmo. Foi muito interessante e bonito de sua parte, e nos preparamos para ver Philippa morrer, mais uma vez, até que ela não morre… porque Michael, quando é levada de volta para a Discovery, não a deixa para trás.
“What have you done to me?”
Por que eu sinto que isso ainda será um problema?
Por fim, a IMPRESSIONANTE cena final, uma ótima finalização para um excelente episódio. Na verdade, eu gostaria de continuar acompanhando o Universo Espelho, porque eu acho que “Star Trek: Discovery” ganhou muita qualidade explorando o lado de lá, mas foi uma finalização boa e ágil. Em uma sequência incrível de cenas, a Discovery ataca o gerador na Charon, foge da explosão em velocidade de dobra, e Stamets tenta guiá-los de volta para casa pela rede micelial. São vários caminhos pelos quais é fácil se perder, e Paul Stamets não se perde graças à ajuda distante de Hugh, à sua memória belíssima. “Thanks, Hugh”. Então, eles estão de volta. “Tilly, reboot the system and find out where we are. And when”. Essa questão do “quando” é importante, porque eles estão mesmo no lugar certo, de volta ao Universo Prime… mas com 9 meses de atraso.
Os Klingons venceram a Guerra.

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