The Flash 4x10 – The Trial of the Flash


“I would rather run forever with you, than stand alone without you”
Eu até que gostei do episódio, mas eu confesso que não há muito que dizer em sua defesa. O roteiro foi fraco, e coroado com um terrível “HENRY ALLEN WAS HERE”, que não podia ser mais forçado. Tínhamos uma gama de possibilidades, nenhuma delas bem aproveitadas e, como resultado, estamos em uma encruzilhada sem motivo. Não sei o que será de “The Flash” agora, e sinceramente me parece que tudo vai ser como eles quiserem que seja. Como sempre, Deus Ex-Machina o tempo todo. Barry podia ter fugido daquele flagrante desfazendo totalmente a cena do crime? Sim, poderia. Por algum motivo “moral” (não, foi burrice mesmo), ele escolheu não interferir, o que é bem idiota, tendo em vista que ele SABE que não é culpado e, da cadeia, não vai poder ajudar a sua equipe a derrotar qualquer que seja o plano de Clifford DeVoe. Fraco, bem fraco.
Mas vamos que vamos.
Em uma fala paralela à de abertura, Barry diz: “My name is Barry Allen. And I’m an innocent man. […] I didn’t kill Clifford DeVoe”, mas a verdade é que não há muito o que se possa fazer em sua defesa, não da forma legal. Agora que ele se deixou ser pego, é tarde demais. Todas as evidências apontam para ele, e embora ele esteja atualmente em liberdade provisória, ele sabe que isso não deve durar até o fim do julgamento – e ele já anunciou que, se for condenado, ele ficará mesmo na prisão. Achei muita determinação em ser preso para alguém que sabe que NÃO COMETEU UM CRIME. Não faz sentido. Não bastasse, o julgamento foi exagerado e carregado de falas sensacionalistas como “He used a wedding gift as a murder weapon. That is a special kind of evil”, e ninguém pareceu se incomodar com isso… ele foi acusado, provado culpado, e só havia uma coisa a se fazer: contar que era o Flash.
“This is the only way, Barry. Tell the city you’re the Flash”
Não que eu achei que isso fosse acontecer, de modo algum. Barry Allen não contaria a Central City que é o Flash, mas então por que colocaram isso com tanta “força” no roteiro? Foi estúpido, porque não chegou a lugar nenhum, e só nos deu a impressão de que precisavam completar os 40 minutos para a emissora! Para isso, também tivemos um depoimento forçado de Marlize, repleto de lágrimas e sofrimento fingido, e não dava para acreditar, convenhamos. E quando surgem as fotos de Marlize beijando Dominic, graças a Joe West e Ralph Dibny, eu achei que eles tinham ganhado um pontinho, mas ela manipula o juiz e o júri, astutamente. E, para completar, Iris West vai confrontar Marlize, consegue algumas “confissões” dela, mas como uma péssima jornalista, ela não tem nenhum gravador nem nada que possa usar a conversa em favor de Barry.
SÉRIO?!
Então, não há mais o que ser feito. Barry se entregou. Todas as provas estão contra ele, Iris West foi inútil e ele se recusa a contar a verdade no tribunal. Portanto, já aceitou a cadeia. Inclusive, temos uma cena deprimente (!) em que Iris West invade o tribunal, quase conta toda a verdade, mas Barry corre e a envolve com a energia da Speed Force, suspendo-os em uma fração de segundo, na qual conversam LONGAMENTE. Sério, quanto tempo durou aquela conversa? De todo modo, foi MUITO TEMPO, teve coisas melosas como “I would rather run forever with you, than stand alone without you”, e o Barry, claro, convenceu Iris a não contar o seu segredo. Sinceramente? QUE CENA MAIS CHATA. Totalmente previsível e não nos levou a lugar nenhum. E se o Barry pode fazer isso tudo em tão pouco tempo, era fácil ter se tornado inocente, lá na casa.
Mas ele deve ter algum desejo segredo de ir para a cadeia, só pode.
Ainda não entendo seus motivos, independente do que digam. É diferente de quando as pessoas estão convictas de que merecem ser punidas, como Paulina Martínez em “A Usurpadora”, que também não precisava ter se entregado, mas sabia que tinha mesmo cometido um crime. Barry Allen SABE que é inocente, e não faz nada para ser livre. Acho que ele queria mesmo era ser como o pai, sei lá. Esse tipo de forçação do roteiro só nos mostra o quanto séries de mais de 20 episódios por temporada são ENROLADAS. Sempre. Por que não acabar com 13 episódios e apenas o essencial para que a história chegue aos telespectadores? De todo modo, voltando ao episódio… ainda há um caso de meta-humano, Neil Borman, que é radioativo, embora não seja vilanesco… não faz nada por mal ou intencionalmente, e é detido por Barry.
Inclusive, outra cena desprezível. Barry Allen, tão visivelmente CULPADO (aos olhos do julgamento), simplesmente se levanta e sai pouco antes da sentença final, livremente? Meio forçado, não? Ele não podia fugir? Não podia cometer outro crime? Se ele era alguém tão “frio e com desprezo pela vida humana”, como naquele exagerado e desnecessário discurso final do juiz. Enfim. Barry Allen salva o dia, e ao mesmo tempo em que é condecorado como um grande herói, The Flash, ele também é destruído por um discurso caricaturado de um juiz, como um assassino cruel e que não respeita a vida humana. Ele é condenado à prisão perpétua, como previmos, e eu sinceramente não sei como eles vão salvá-lo disso “dentro da lei”, como ele caprichosamente deseja. É incrível como um único episódio pode desandar uma temporada outrora boa, huh?

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