American Horror Story: Murder House 1x01 – Pilot
“Normal
people scare me”
A oitava
temporada de “American Horror Story”
já está para estrear, e como ela será um crossover
entre as temporadas “Murder House”,
de 2011, e “Coven”, de 2013, e todas
as temporadas desde “Asylum” já foram
comentadas aqui, nada mais justo do que retornar à primeira temporada, àquela
que iniciou toda essa jornada, e falar dos episódios. A história começa em
1978, com dois meninos baderneiros entrando na casa em questão com tacos de
beisebol, com uma trilha sonora macabra, enquanto a pequena Adelaide os avisa
que eles não deviam entrar lá, porque “iam morrer lá dentro”. A sequência
inicial é brilhante para dar o tom da
série conforme veremos dali em diante, com um roedor morto expondo sangue sem
piedade e, depois, a própria morte dos gêmeos, que é bastante horrorizante… assim, entramos em “American Horror Story”.
No “presente”,
que seria 2011, Vivien flagra o marido Ben transando com outra mulher e o
golpeia com uma faca no braço – para tentar recomeçar
a vida, eles se mudam de cidade, tentando fingir que “tudo está bem”, chegando
a uma nova casa, sem saber os segredos
dela: “Great, we’re the Addams Family now”. Toda a sequência é macabra, com uma direção fantástica que
faz com que o tom persista por todo o episódio, e a mulher que está mostrando a
casa para eles os avisa sobre a sua história: o casal que morava ali antes
deles morreu na casa – suicídio no porão. Por
isso a casa é a metade do preço de todas as outras casas da região. O primeiro
episódio é cheio de mistérios, bastante suspense na apresentação dos
personagens, enquanto nos perguntamos a respeito de seus passados, mas é uma introdução genial à mitologia da série!
Por exemplo,
temos a presença constante de Adelaide, a garota que gosta de invadir a casa e
avisar que “eles vão morrer”, e Constance, a sua mãe, que é tão assustadora
quanto – se não mais. É revoltante,
por exemplo, como ela fala de seu sonho antigo de ser uma grande estrela, e
como culpa a filha por não ter podido voltar a trabalhar depois de seu
nascimento. De presente de “boas-vindas”, ela deixa sálvia para Vivien, para “limpar
os espíritos da casa”… e ela realmente a usa, o que a leva até um porão onde
encontra uma fantasia perversa/sádica, melhor estilo “50 Tons”, e ela pede que Ben
se livre dela… o interessante aqui, no entanto, é a presença de Addie, sempre
invadindo a casa, seja como for, sendo macabra e dando avisos, falando dos “gêmeos”
(que morreram ali em 1978), e Vivien, revoltada, diz que não quer mais saber dela entrando ali sem sua permissão.
Uma cena
forte.
Também temos
a estreia de EVAN PETERS como o misterioso primeiro paciente de Ben. Ele é um
jovem perturbado que tem visões em que está “matando as pessoas que ama”, e ele
fala disso com uma simplicidade,
ainda alegando que não sente remorso,
porque pensa que os está ajudando a chegar “em um lugar melhor”. “You think I’m crazy?” Totalmente
estranho, e estranhamente lindo, Evan Peters arrasa como Tate, e gosto muito de
como ele acaba se aproximando de Violet, um dos riscos da decisão inconsequente
de Ben de atender aos seus pacientes em sua própria casa! Tate, inclusive, fala
para Ben, na próxima consulta, sobre como “não tomou os remédios porque ficou
com medo do pinto não subir”, porque “conheceu alguém”. Quando o vê com sua
filha, Ben o expulsa aos gritos, e manda Violet ficar longe dele… que venha o Tate destrutivo.
Mas vamos
falar dos mistérios de Ben! Primeiro, que
delícia ele andando peladinho pela casa, não? Agora eu me pergunto: por que
ele é o único que vê Moira, a empregada, como uma jovem linda e sensual, quando
todos os demais parecem vê-la como uma
velha? De todo modo, a mulher está ali para provocá-lo, e isso foi justamente o que acabou com o seu casamento,
em primeiro lugar! Mas me impressiona, sempre (de uma boa maneira!), como Ryan
Murphy se realiza em “American Horror
Story”. Aquela cena em que Ben vê Moira se masturbando no quarto e então vai
para o banheiro, se masturbar também… AQUILO FOI HOT! Moira o provoca constantemente, ele a vê como uma jovem, e
lentamente vai caindo em seu jogo macabro, e é bastante complicado quando Violet acaba flagrando a VELHA seduzindo o pai, e
sai correndo, perturbada.
A história de
Ben e Vivien, também, é bastante estragada,
e eu me faço as mesmas perguntas de Violet: POR QUE ELES JÁ NÃO SE SEPARARAM? Supostamente
“ainda existe amor”, mas eu acho que a relação está bastante destruída, se me perguntarem. Vide aquela briga na cozinha
sobre como ele “quer fazer sexo” e ela o “pune”, e como ela relembra que ele a
traiu com uma garota de 21 anos, UMA ALUNA, enquanto ela estava passando pela
fase dificílima depois de carregar um bebê morto na barriga e dar à luz a esse
bebê. Tudo é MUITO TRAUMATIZANTE! Depois de toda essa confusão, e de uma briga bastante pesada, se você me perguntar,
ela acaba sucumbindo e volta a transar com o marido, um plot surpreendentemente importante para o desenvolvimento da
história na temporada… afinal de contas,
Vivien está prestes a ficar grávida…
…mas não necessariamente dele.
Existem muitos
mistérios na casa. Um deles é desse homem
que usa a roupa “pervertida” e transa com Vivien sem dizer nada, com ela
acreditando que se trata de Ben, enquanto o verdadeiro Ben está cogitando se
matar e é interrompido por Constance – depois disso, Vivien descobre que ESTÁ
GRÁVIDA. Também temos Larry Harvey, aquele misterioso homem que matou toda a
sua família colocando fogo na casa, e que agora ronda a “Murder House” para
tentar avisar o Ben de que “a sua família está em perigo” e que eles precisam
sair de lá de uma vez. Claro que ele só parece um homem descontrolado, então Ben
não lhe dá ouvidos como deveria, e pouco se importa com os seus avisos, embora
seja bastante evidente que existe alguma
coisa de errada nessa casa. Pelas próprias pessoas que continuam surgindo e
surgindo por ali.
Como o Tate.
Sim, amamos o
Evan Peters, mas não dá para negar: O TATE É A ESTRELA DESSE EPISÓDIO! A estreia
é ótima, e eu adoro a sua proximidade com Violet, e como a incentiva a assustar Leah depois que a garota
enlouquecida causou toda uma confusão por causa de um cigarro, e outras coisas.
O plano é atraí-la até a casa e então “assustá-la” para que deixe de atormentar
Violet, e Tate certamente sabe assustar.
A cena do porão é perversa e maravilhosa, a melhor sequência dessa estreia, com
o lance das luzes piscando, e o Tate não está
sozinho, também tem um monstro macabro que ataca de forma bastante
assustadora, inclusive causando cortes no rosto de Leah… a sequência é, sim, perturbadora, e Tate ARRASA. Tanto que nos
perguntamos o que é ele, e Violet
também se assusta e diz que “nunca mais quer vê-lo”. Ele está de coração
partido quando grita, em resposta, que “ela disse que não tinha medo de nada”.
Eita.
ÓTIMA
ESTREIA! <3
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Em primeiro lugar: eu adoro American Horror Story! Simplesmente porque a série é o que é: essa vibe macabra que faz a adrenalina correr por nossas veias. Foi você, meu amor, que me apresentou a ela, e eu a amei desde o primeiro episódio de Asylum, que foi a primeira temporada que assisti, e a melhor que vi até agora. Mas a verdade é que eu não imaginava que a primeira temporada pudesse ser tão interessante como é. Eu estou super curtindo "Murder House"! E estou amando ver como esse clássico de terror, que é a série, se iniciou e ganhou a proporção que te. Afinal de contas, já estamos caminhando para mais uma temporada, a oitava, e isso é um bom sinal de que, entre altas e baixas temporadas, American continua com seu público, assim como eu, que segue amando a série, tal como ela é.
ResponderExcluirAltos e baixos mesmo (cof, cof, Freak Show, cof, cof, Hotel, cof, cof)! Mas além da oitava, temporada do esperado crossover, também já temos a nona temporada confirmada! Acho que American Horror Story ainda vai longe HAHA
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