REBELDE – Segunda Temporada (Parte 3)
“Ao lado
disso, o seu ‘quadro negro’ é um paraíso, não é?”
Essa
divisão está baseada nos DVDs da novela que foram lançados em 2006. A Parte 3
equivale ao Disco 2, Lado A. Mesmo com as desavenças temporárias e ainda
algumas brigas que compõem esse DVD, parece que a segunda temporada foi mais
concebida para que Mia e Miguel estivessem juntos e vivessem seu romance feliz
– o mesmo não pode ser dito para Diego e Roberta, que às vezes vão tão longe
que eu chego a pensar que não é mais sensato tentar aproximá-los ou realmente
acreditar que pode nascer um romance saudável dessa relação. De todo modo, essa
parte da novela trabalha com ambos os casais além de algumas outras coisas que
vão se ligando à história, como o pai de Roberta, Martín/Otávio Reverte e o
retorno da RBD, com todas suas crises e dramas, até que a formação oficial
acabe reunida rumo a um Show Beneficente no qual Roberta, mais uma vez, mostra
toda sua inteligência e capacidade de salvar o Diego.
Sério, o que seria dele sem ela?
A Parte 3 inicia-se com Miguel e uma nova
namoradinha, mas essa é a mais ridícula de todas – Romina é uma louca, e ela e
Miguel causam toda uma confusão quando são pegos no meio de amassos pesados no
gramado da escola – segundo a Profª Hilda, eles “Estavam em uma posição sexual. A ponto de consumar”. Bem, a Mia
escuta e não gosta nada, o Franco aparece para interceder pelo Miguel e impedir
que ele seja expulso e ainda oferece a casa para o Miguel ficar enquanto
estiver na detenção… então é confusão, claro. Ah, porque a Romina é uma
descarada de querer aparecer na casa dos Colucci para se agarrar com o Miguel,
e ele é um fraco idiota que não consegue colocar um basta nisso… resultado,
eles acabam juntos na cama da Mia, e ela descobre e fica histérica. COM TODA A
RAZÃO. Então ela grita, bate no Miguel, expulsa-o de casa.
Sinceramente? EU TERIA FEITO O MESMO.
Assim, Miguel acaba trancado do lado de fora, sem
suas coisas, nem os tênis, em uma chuva forte, e a Mia só diz “Olha, quer saber? Por mim pode se afogar e
nadar a noite toda, você e essa baranga!” e eu acho que o Miguel passou
consideravelmente dos limites, então a Mia estava toda certa de fazer isso
mesmo… eu deixaria sofrer na chuva também, e quando ele ficou doente, depois,
passando mal e fazendo drama, EU não teria cuidado. Aff. No entanto, Mia cuida.
Toda bobinha, ela cai no joguinho dele (ele realmente está doente, mas ele fica
fazendo um joguinho SIM para ser cuidado por ela, e isso é absurdo), e no fim
tudo fica bem. Ela diz que o odeia, mas que nunca vai deixá-lo sozinho, e o
abraça de uma forma fofa. Por fim, o romance é reatado naquele momento e, a
partir de então, não precisamos nos preocupar (muito) com brigas do casal.
Só quando ela tenta pagar a escola pra ele, pra
ele ficar livre do Gastão…
Mas ele é orgulhoso demais pra aceitar e dá
showzinho. Que bom que passa rápido!
Enquanto isso, o roteiro começa a tentar
desenvolver o personagem de Lupita sozinho agora que Nico foi embora e, ao que
parece, não se lembra mais dela – mas é claro que vem muita confusão por aí.
Primeiro porque o Santos está evidentemente interessado nela (talvez porque foi
ela quem foi falar com ele logo que o Sr. Fonte cortou seu cabelo e ele estava
chorando?), mas a Lola gosta do Santos. Você sabe, típicas confusões. Santos
está investindo, levou Lupi a um bosque, conversou com ela… mas ela está
bastante cética, distante, fechada, diferente do que gostamos da Lupita
original, mas é compreensível. Mas durona, ela fala que não tem sonhos, que tem
objetivos – “Quero poder cuidar de mim
sozinha”. Nada acontece, e ela ainda tem que lidar com uma histérica Lola
que a seguiu e exige saber com quem ela está. Ainda bem que ela não encontra o
Santos, porque seria um escândalo. Imagina se Lola visse o Santos segurar a
cintura de Lupita?
Mas não aconteceu nada.
Uma trama que me decepciona é a do romance de Josy
e Téo se desfazendo, porque eles são um casal fofo. Primeiro começa em uma
rivalidade de Josy e Raquel num evento do Téo. As coisas ficam sérias quando
sua mãe, perturbada, aparece gritando “Téo,
você é um usurpador! Esse lugar é do seu irmão! Usurpador!” e ele acaba
caindo do cavalo – mas isso não importa. Importa Raquel cheia de risadinhas
cuidando dele e ele, bobo, aceitando. Importa ele defendendo a Raquel naquele
desfile em que sua saia caiu, cobrindo-a com seu casaco. E a Josy faz tudo por
ele, inclusive encontrar onde sua mãe está, quais são os horários de visita…
mas a confusão dele não o permite seguir em frente, então ele faz babaquice. “Olha, Josy, é que eu tô muito confuso e
acho que o melhor é que a gente termine”. Confesso, é bastante chocante ver
isso acontecer… mas não é que ele não ame ela. Está mais é se sentindo sufocado
ou algo assim.
De todo modo, VOTAÇÕES. Giovanni sabotou as
eleições, já que tinham perdido, e enquanto isso Diego chamou Roberta para o
seu apartamento para explicar que não tinha nada a ver com a fraude, e sugerir
que eles dividissem a presidência – há balões, música, jantar, mas ela só aceita
a oferta caso ele reconheça na frente de todos que errou… e vai embora.
Surpreendentemente, Diego realmente faz isso ao tomar posse: “Eu fui eleito presidente de uma forma… da
pior forma: por fraude. […] Então não importa quem tenha ganhado. Roberta e eu
fizemos um grande esforço. […] Quero que deem um forte aplauso para a
presidenta da Sociedade dos Alunos, Roberta Pardo”. Confesso que fiquei
orgulhoso dele, porque ele fez o que era certo, e parecia quase fofo olhando
para a Roberta com um sorrisinho bonito, e ali quase rolou um beijo e eu torci
por isso, mas as coisas descarrilhariam de forma perigosa ainda.
Tudo começa com um povinho fofoqueiro desse Elite
Way School. Quando Diego entrega para Roberta, discretamente, os óculos que
esqueceu em seu apartamento, o Tomás vê, conta para o Giovanni, o Isaac escuta
e vai dizer para a Roberta que o Diego “está falando de suas intimidades para
todo mundo”, o que NÃO É VERDADE. Então Roberta sofre, chora e é muito fofo que
o Otávio (Martín) apareça para consolá-la, fazer companhia, falar algumas
coisas como “As verdadeiras pessoas
fortes são aquelas que sabem chorar. Que não escondem sua dor e que sabem pedir
ajuda!” Foi bom porque foi forte e intenso, duro, mas real. E ajudou.
Porque Roberta se abriu, disse que estava farta do Diego, de como ele tornava
sua vida impossível, e foi lindo quando, aos prantos, ela abraçou o pai (sem
saber que é seu pai) e se sentiu protegida. Pena que a cena foi atrapalhada por
um show da Alma, ainda que Roberta tenha defendido Otávio.
“Perdão,
perdão, é que ela tá na menopausa, perdão”
Então Roberta se vinga. Ela dá em cima dele até
que ele a dispense, enquanto o Rocco filma tudo – depois, o vídeo é exibido
para uma galera que a Roberta junta, para humilhá-lo um pouco, talvez, mas mais
do que isso: “Pra você parar de dizer que
já dormiu comigo!” Foi eficiente, mas acontece que o Diego nunca disse
isso… então fica um climão entre os dois. Os dois ficam tristes. E quando
Roberta vai pedir desculpas, nós temos uma das cenas mais chocantes, que é
quando o Diego a beija, meio que a força, e quando ele tira a camisa e tenta
agarrá-la (embora ele esteja particularmente lindo), ela fica horrorizada, e
sai dali com a nítida impressão de que algo realmente se partiu entre eles
dessa vez. Talvez não houvesse mais como voltar atrás. Eles combinam de nunca
mais se falar, de fingir que não existem, embora continuem na mesma banda.
O amor pela música ainda é maior que o resto.
Assim, os dois se machucam, os dos se magoam – e
você vê como tudo mexeu com a Roberta e ela está mais transtornada. Veja o
quadro que pintou na aula de “Otávio”, uma folha completamente preta, e sua
explicação é: “Isso é tudo o que eu penso
desse colégio”. Chorando, triste, acabada, deixando todos preocupados com
ela, é “Otávio” quem consegue fazer algo. Eu acho legal como, mesmo na função
de professor, ele consegue ser um pouquinho de pai, dando apoio, sendo firme,
ensinando. Como quando ele a leva para conhecer aquelas crianças de rua e a
situação delas, e aquilo mexe com a Roberta, porque é uma cena bem triste… é
bonita e educativa, mas triste. “Ao lado
disso, o seu ‘quadro negro’ é um paraíso, não é?” Esse tipo de cena me faz
amar Martín Reverte muito mais, e me faz ver que sua aparição na novela sugere
um crescimento e aprendizado para a Roberta.
E isso é bonito.
Então, recomeça as tramas da banda – primeiro
Diego oferece seu apartamento para os ensaios, e León descobre: “Você acha que eu te dei o apartamento pra
ficar rindo de mim?”, o que eu achei confuso, porque até onde eu entendi
toda a confusão de Mabel ser obrigada a ir embora e não falar mais com o filho
era para que o Diego pudesse cantar na banda! De todo modo, León escolhe
arrancar o Diego da cama na frente de todos, humilhá-lo, e Diego assume uma
posição de dizer que a música é o que ele gosta de fazer e não vai deixá-la…
resultado, León corta a mesada de Diego e este tenta viver então sem a vida de
riquinho que tinha. Talvez fazendo shows com a RBD que de fato gerem dinheiro?
Bem, se os planos de Roberta não frustrassem os planos do Diego. Porque Roberta
diz que não vai tocar pra nenhum ricaço, que tem outro show no mesmo dia, um
show beneficente em que não receberão nada…
Assim, ela ameaça sair da banda caso não concordem
com ela.
Lupita ameaça sair se Roberta sair.
Os dramas de sempre!
Bem, enquanto temos algumas tramas paralelas, como
a Sol enchendo o cabelo de Mia de cola (embora eu tenha rido, porque elas
estavam ótimas na sequência) e a Marina aparecendo na novela, misteriosamente,
nós estamos focados no lance do Show Beneficente, e o Diego prendendo a Roberta
com algemas e a amordaçando é meio DEMAIS. Acho que ali ele passou de todos os
limites e devia ser punido. Mas nada disso acontece. Bem, mais ou menos, porque
a Alma invade a sala de aula para bater no Diego, mas não é o suficiente,
porque a Roberta aparece e impede que algo mais grave seja feito. Assim, cresce
de fato o lance do Show Beneficente, Roberta ganha também Mia e Miguel, e o
problema passa a ser outro: Pascoal tentando impedir que eles saiam na noite do
show inventando uma oficina a qual todos são obrigados a comparecer.
Não que eles não consigam burlar isso.
Com uma ajudinha da Pilar.
Confusões à parte, no fim de tudo eles têm que
pedir ajuda do Diego para conseguir a equipe de som, e ele aceita emprestá-la
caso ele e Giovanni sejam reintegrados à banda para o tal Show Beneficente, e
no fim, portanto, eles se entregam às vontades de Roberta e não estragam mais
nada… e Isaac é excluído, mas quem é que se importa com ele mesmo? Assim, a
banda está linda na van, assim como o restante do elenco, e é uma emoção.
Pessoas lotando as ruas, tudo por um bom motivo. E enquanto a banda canta Sálvame, eu estava mais interessado na
animação do elenco nos bastidores aplaudindo… Rocco, Santos, Téo, Josy, Sol,
Vicky, Celina, Lola… enfim, a galera toda. E quando León chega ameaçando
estragar tudo, a inteligência de Roberta impede um “show” à parte. Eu AMO mesmo
a Roberta! Mas, nos bastidores, não foi o suficiente… porque depois de falar
com Alma, León sai carregando o Diego.
Igualmente, Mia também tem que enfrentar a ira do
pai que não gosta da banda.
Enfim.
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