Oitavo Capítulo de “LIKE, La Leyenda” (19 de Setembro de 2018)
“Quero que saiba que o que aconteceu não tem nada de
mal, sabe?”
E enfim, o capítulo que eu estava esperando. Como
vocês sabem, eu estou AMANDO “Like” e
desde o começo sou contra as comparações a “Rebelde”,
mas isso felizmente diminuiu com a
estreia da novela, que apresenta sua própria cara – mas algo que faltou na
outra produção de Pedro Damián, justamente por estar em outra “época”, foi a
discussão da homossexualidade, e eu estava ávido
por me ver representado na tela da TV dessa vez, para ver como o assunto seria
abordado, e o personagem de Pablo ainda tem MUITO a caminhar, mas é um início
belíssimo e relacionável… “Like”
continua fazendo um belo caminho de realidade
e discussões importantes e bem trabalhadas. Ainda em sua segunda semana, eu já
começo a sentir falta da novela nos
fins de semana ou ante a perspectiva de me despedir dela lá no meio de janeiro,
por exemplo.
Mas, lá, vai ser só até a segunda temporada!
Além da trama
de Pablo (comentários abaixo, siga no texto!), as tramas do episódio anterior
são encaminhadas também. Por exemplo, Antonia não sabe para onde levar Martín
e, por ora, ele fica com ela na casa de Romina, dividindo um quarto com a
garota que, apesar de certinha e um pouco incomodada com o que está fazendo, faz de tudo para ajudar a amiga. A mãe
está furiosa quando Antonia regressa
com Martín para a casa no dia seguinte e Germán, o pai, também se enfurece com
a esposa quando descobre que ela internou
o filho com Síndrome de Down. Depois disso, ela diz atrocidades alarmantes sobre como tem que “aturá-lo” durante toda a
semana e, quando Antonia diz que “ele é seu filho”, ela responde que “ele não é
o filho que ela pediu”. As coisas que ela diz são revoltantes e, depois disso
tudo, o pai anuncia que quer o divórcio.
Foi abrupto,
de alguma maneira, mas totalmente compreensível. Devo dizer que, no meio da
discussão, o anúncio de Germán me pegou, sim, de surpresa, mas então balancei a
cabeça concordando com ele, porque não há muito o que se fazer frente a essa
atitude desprezível da mulher. Como ele diz, “não pode estar com alguém que não
ama e não entende seus filhos”. Assim, ele diz que eles se separarão, e ele
levará Antonia e Martín com ele. Nesse mesmo momento, passando de todos os
limites de babaquice, a mãe de
Antonia olha para ela e a culpa pela separação, dizendo que “ela destruiu a
família”, e embora não seja verdade,
isso fica na cabeça de Antonia… Tony volta para a escola, carregando essa culpa
que não tem, enquanto Germán arruma suas coisas para ir embora, com a esposa
tentando convencê-lo do contrário…
Dizendo novas atrocidades.
Manuela, por
sua vez, também é uma personagem importante que ganha um desenvolvimento bacana
ao longo desse episódio. Quando um computador é roubado de sua casa, ela se
desespera pois era onde tinha todos os
arquivos de seu pai, a única coisa que ainda tem dele – assim, ela resolve
fazer de tudo para conseguir o
computador de volta, com a ajuda de Daniel… e
nesse tudo, ela inclui seduzir e dormir, se necessário, com um cara perigoso só
para conseguir o computador de volta. Felizmente, quando ele fica violento
e a agarra à força, Daniel e o avô a salvam bem a tempo, mas tudo é traumatizante. Aquela cena de Manuela
abraçada ao computador recém-recuperado, chorando e se culpando pela morte dos
pais, me partiu o coração! Devo dizer que o Daniel ganhou uns pontinhos comigo
pela maneira como foi parceiro de Manuela!
O capítulo
ainda traz, também, UMA NOVA FESTA. Emília diz que vai levar León “ao seu
antigo emprego”, uma boate na qual era DJ, e também é o lugar onde vários
outros alunos vão depois da festa fracassada na casa de Romina. Ali rola DE
TUDO, mas o mais notável é a rivalidade de Machu e Emília, que parte exclusivamente de Machu, por ciúmes, e
isso gera até Machu puxando o cabelo de Emília, um pouco mais de barraco e um
duelo de rap… no qual Emília arrasa, devo
dizer. Machu é impulsiva, fala e age mais do que escuta, e julga Emília porque sente ciúmes de León,
sem saber que ELES SÃO SÓ AMIGOS. Próximos, bastante próximos, mas apenas
amigos… Emília gosta de Claudio (que a notou pela primeira vez!), e León gosta
de Machu, que não é capaz de entender essa reciprocidade. Mas Machu ainda deve
se desentender muito com Emília.
Eu, por outro
lado, ADORO a amizade de Emília e León!
Os dois chegando abraçados à escola
<3
E, então, um
pouquinho de Pablo. O assunto é introduzido, a meu ver, quando todos estão
curtindo a festa lá no antigo emprego de Emília, e alguém pergunta ao Thiago
(!) se ele tem namorada, e ele diz que “esse é um assunto pessoal”. Não acredito que seja uma cena aleatória.
Mais tarde, próximo ao fim da festa, o pessoal começa a ir embora e a convidar
Pablo para ir embora com eles, mas ele
vai ficando para trás, aproximando-se do “crush” – o Sebastian,
interpretado por Kevin Rogers que, por sinal, é mesmo UM GATO e pode ser nosso crush também –, ainda meio sem jeito,
meio envergonhado, mas dando a dica sobre
“o que gosta”. É um momento lindo, quiçá excitante, e eu confesso que fiquei esperando vê-los mais, e me
entristeceu quando o dia amanheceu e não tínhamos tido mais nenhuma ceninha da
noite de Pablo.
No início das
aulas, Pablo entra atrasado em sala com Ulises e Tony para uma prova surpresa
de Humberto (reações tão adolescentes!), mas Pablo é incapaz de se concentrar
na folha à sua frente, lembrando-se apenas do que aconteceu à noite… E COMO É BOM SE SENTIR ASSIM! Acho que
isso não diz respeito apenas a nós, gays, mas a qualquer pessoa quando está descobrindo o amor e o sexo. Como ficamos
avoados, como isso povoa nossa imaginação o tempo todo, como tudo o mais é
secundário… como nos sentimos pessoas
novas. E Pablo tem cenas espetaculares
sobre o fato de ser gay – gosto, particularmente, das suas cenas no vestiário,
por exemplo, que são uma verdadeira perdição para um adolescente gay ou, ainda,
um verdadeiro tormento para aquele
adolescente em conflito consigo mesmo, que
ainda não se assumiu.
E é o caso de Pablo.
Pablo vai
logo embora quando Sebastian aparece no vestiário, mas o olhar de Sebastian é
até carinhoso, e eu meio que me
apaixonei ali. Diferente da cena na boate, enquanto está na escola, Pablo se
afasta de Sebastian, quase o ignora, e eu gosto de como Sebastian toma a
iniciativa de se aproximar dele, de querer falar
com ele, de dizer que “a noite foi muito legal” e, o melhor de tudo: “Quero que saiba que o que aconteceu não tem
nada de mal, sabe?” QUE LINDOS! <3 Também foi fofa a cena de Pablo no
quarto com Daniel, quando Daniel entende que “ele dormiu com alguém” e se
pergunta se foi Sebastian. Assustado por ele saber que ele é gay, Daniel diz primeiro que tem “um gaydar espetacular” e,
depois, diz que “todos sabem que ele é gay”. Mas o mais bonito é que ele diz isso sem julgamento. Ele sabe que Pablo
é gay, e nem por isso deixa de ser seu amigo.
Porque é natural.
E era só isso
que gostaríamos que o mundo todo
entendesse.
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