American Horror Story: Apocalypse 8x08 – Sojourn
“How I’ve
missed you, Michael”
Esse é o
episódio mais detestado da temporada? De acordo com o meu namorado e 90% da
internet, sim. Eu achei assim tão ruim? Gostei
mais do que o da semana anterior, devo dizer. Aqui, não tivemos as bruxas
de “Coven” que são o grande destaque
da temporada, e eu também acredito que estamos perto demais do fim da temporada para episódios como esse, porque
precisamos fechar ciclos e não nos
vejo nos aproximar disso – por isso, temo um final qualquer como o final de “Freak
Show”, com aquelas mortes sem sentido e “fim”. Mas, de modo geral, não é um
episódio assim tão ruim (embora não esteja
ao nível dos episódios 3 a 6, claro), porque além de trazer o Michael em busca
de Miriam Mead de volta, de alguma maneira, ele traz elementos anteriores ao “Apocalipse” que a temporada promete,
mas que têm a ver com ele, como a Igreja de Satã e a Marca da Besta.
Começou genial. As duas primeiras sequências,
para mim, foram excelentes. 1) Quando Michael encontra os restos carbonizados
daqueles que o apoiaram e as bruxas queimaram nas fogueiras como traidores no
episódio anterior. Aqui, Cordelia diz que elas sabem quem ele é, e agora ele
está sozinho, mas quando ela se
oferece para ajudá-lo a encontrar a “humanidade” que sente que ele ainda tem
dentro dele, ele recusa a ajuda. Completamente
destruído, ele jura trazer Mead de
volta e, de algum modo, acabar com todas elas. E 2) Quando Michael desenha um
círculo no chão e chama pelo “pai”, porque ele não sabe o que fazer. Ali, sem comida durante QUATRO DIAS INTEIROS,
ele começa a ter alucinações bizarras, como crianças vestidas de branco, Miriam
Mead em uma cama, um cara o chamando de “escolhido” (ou algo assim), um anjo
excessivamente gostoso e um bode…
“Are you my father?”
Dali, andando
sem rumo na cidade, Michael chega à Igreja de Satã, e eu devo dizer que toda a
sequência, muito mais do que macabra, foi BIZARRA, e um tanto quanto cômica. Aquela
“pregação” da mulher, a maneira como ela pergunta sobre os pecados das pessoas sentadas ali, mas desfaz deles, e então conta o
seu (roubar um asilo). Então, ela “encomenda” pecados que a façam sentir “repulsa,
náusea e motivação”. Michael não vê muito sentido
naquele tudo, até porque ele está destruído
naquele momento, e ele acaba na casa de uma mulher que o acolhe e fala sobre “espalhar
a palavra de Lúcifer” e sobre eles serem “a religião que mais cresce”, enquanto
fazem o que fazem para que o filho de Satã possa vir à Terra e levá-los até o fim do mundo, “onde poderão caminhar
juntos nos fogos do inferno”. É uma noção bastante bizarra, na verdade.
Quando ela
fala do seu próprio pacto e das coisas que conquistou, ela fala sobre TV a
cabo, heroína e Brad Pitt e Ryan Reynolds vindo transar com ela. Então, Michael
lhe conta que “ele é quem eles estão esperando”, e mostra a Marca da Besta
atrás da orelha, e ela acredita – então, quando retornamos a outra cena na
Igreja de Satã, o tom é um pouco mais macabro
dessa vez, com aquela música sombria, e quando dois sacrifícios humanos são trazidos
para que um novo membro possa matá-los, a mulher aparece com Michael. Quando ele
mostra a Marca da Besta, então, trovões ecoam, as luzes piscam e todos se
curvam perante ele… então, ele mesmo faz o sacrifício, matando as duas pessoas com um corte só, e é basicamente a
segunda vez que Michael se ergue como o Anticristo, mas ele não sabe bem o que
fazer a partir de agora… afinal de contas, esperam que ele desencadeie o
Apocalipse, mas ninguém lhe disse COMO!
Ele não tem um freaking manual!
Por fim, e eu
acho que é aqui que o episódio desanda de
vez, a mulher leva Michael até alguém que pode ajudá-lo a conseguir “Miriam
Mead” de volta, a única pessoa a quem podia recorrer por ajuda. É uma sequência
meio fora de lugar, com um estilo
meio futurístico e meio cyberpunk, com um cabelinho ridículo de Evan Peters e
uma nova versão de Wilhemina Venable, vestida de roxo e com o cabelo vermelho –
nessa sequência, eu pensei em como ESSA TEMPORADA ESTÁ LOUCA! Mas isso, de modo
geral, não é uma crítica. Parecia que estávamos em uma realidade paralela, em alguma distopia maluca qualquer, com direito
a todas as esquisitices que o gênero tinha na década de 1970. Para mim, o
melhor momento foi Michael “provando” que era o Anticristo queimando uma mulher
do nada, e então os caras se curvam perante ele, também citam Ryan Reynold e
atendem o seu pedido…
Criam a Miriam Mead robótica.
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