LIKE, La Leyenda (2018) – A morte da mãe do Ulises



O último “dia bom”…
Ainda não sei o que pensar a respeito do segredo de Keiko. Romina foi a primeira e única a realmente desconfiar dela e a jurar provar que “ela é uma espiã” e tudo o mais, e o Daniel até tentou “testar” para ver se Keiko entendia espanhol, o que não deu em nada – no fim, Romina acabou pedindo desculpas por “tirar conclusões a seu respeito”, e Keiko agradeceu com um sorriso “inocente”, ao mesmo tempo em que mexe com dinheiro e passaportes misteriosos. Mas, independentemente de qual for o grande segredo que Keiko esconde, ela está sendo de grande importância para Ulises em um momento muito triste de sua vida: quando a mãe está internada por causa de sua doença e Humberto, o ditador de L.I.K.E., não quer deixar que ele vá visitá-la. É graças a ela que ele consegue um celular e que consegue escapar da escola para ir visitar a mãe.
ADOREI a cena dela distraindo o segurança! <3
Muita coisa está acontecendo simultaneamente em “LIKE, La Leyenda”, e tudo está conectado de alguma maneira. Graças ao ciúme que Keiko despertou, Antonia está namorando com Cláudio, e é um namoro bem estranho e sem nenhum tipo de amor romântico envolvido – eles sempre foram melhores amigos, então existe carinho real envolvido, mas não é o amor que justifica um romance! Por isso, a primeira vez de Antonia pode ter sido um desastre… enquanto isso, Emília sofre por causa de Cláudio enquanto tem que cuidar sozinha de Martina, e as dificuldades de ser mãe na sua idade nos proporcionam algumas cenas fortes que só fazem com que eu ame ainda mais a personagem de Emília! A maneira como ela se desespera com a filha chorando, ou quando temos aquela cena sem diálogos da Emília encostando na parede e chorando sozinha.
Bastante significativa!
E no meio disso tudo, a doença da mãe de Ulises, Martha, chega a um estágio preocupante – quando ela esteve internada, Humberto não o deixou sair de modo algum, julgando que ele estava “inventando coisas”, e agora que Ulises chega em casa, a mãe já recebeu alta e está em casa, mas mais fraca que nunca. Foi tristemente emocionante como Ulises pechinchou para conseguir comprar flores para levar à mãe, e como ele deitou ao seu lado, cuidando dela e a abraçando, enquanto ela faz carinho em seu rosto e cabelo e fala fracamente – uma verdadeira declaração de amor ao filho. Dali em diante, tudo pareceu uma despedida. Martha estava fraca e os médicos lhe deram alta para que ela pudesse passar esses últimos momentos com a família, e Ulises fez de tudo para alegrar a mãe, para fazê-la rir, enquanto cuidava dela, lhe dava remédios…
Antes de partir, Martha pede uma comida diferente, e Ulises a coloca na cadeira de rodas para levá-la ao mercado, um de seus últimos momentos, e o pai acaba indo junto, o que eu achei um toque importante da novela – não importa o quanto Ulises e o pai se desentendam, e não importa o quanto se desentenderão depois da morte de Martha, quando Rodolfo quiser vender as coisas da esposa falecida, porque naquele momento eles estão juntos para compartilhar esses últimos momentos especiais de Martha com a família! E o tempo todo eu fiquei pensando em “A Culpa é das Estrelas”, e em como Hazel Grace falava sobre “o último dia bom”, que é o que estamos vendo Martha ter antes de sua morte… e ver a emoção e a gratidão em seus olhinhos cansados me comoveram, e já me deixaram à beira das lágrimas, porque sabia o que viria.
E veio.
Naquele dia, Ulises colocou a mãe para dormir, e ela, mesmo fraca, precisou conversar com ele e dizer algumas coisas – ela pediu, em primeiro lugar, que ele nunca deixasse de estudar, e quando ele pede que ela durma, porque “está muito cansada”, ela diz que não quer dormir: que quer olhar para ele. Então, Martha fala sobre como está orgulhosa e como está feliz. Então, Martha pede que Ulises cante para ela, e ele canta, enquanto Rodolfo assiste e também chora. É uma sequência bonita e TRISTÍSSIMA, e então as mãos dos três se unem em uma cena comovente. Ao ver as mãos dos três juntas, Martha sorri, pouco antes de morrer. E então a tristeza TOMA CONTA. Não sei como Ulises vai reagir a isso… ele pensa em desistir da escola, mas ele deve reconsiderar, tendo em vista o pedido da mãe e o fato de que seus amigos estão lhe dando força.
Emília, por exemplo.
E até a Toni!


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