Turma da Mônica Jovem (2ª Fase, Edição Nº 21) – Perigo Eletrônico
EDIÇÃO
COMEMORATIVA DE 10 ANOS DA REVISTA!
Dez anos
acompanhando a Turma da Mônica Jovem.
As publicações começaram em 2008 e, na época, era algo muito novo – a turminha fazia um sucesso estrondoso e era aclamada
pelos brasileiros, então muito se questionava se a sua versão jovem “vingaria”…
E ELA VINGOU! Nesses 10 anos, tivemos altos
e baixos, e eu ainda acho que a primeira
leva de revistas contém algumas das melhores edições, como a primeira
aventura, “Quatro Dimensões Mágicas”
(tão nostálgica, lembro-me tanto do grande
evento que foi o beijo de Mônica e Cebolinha na Edição #4), ou aquelas
sequências de ação em estilo mangá em histórias como “O Brilho de um Pulsar”, mas também não podemos esquecer-nos de “Umbra”, provavelmente uma das sagas mais amadas pelos fãs da turma jovem, e
nessa segunda fase, tivemos o “Portal das
Trevas”, que foi a história que mais chegou perto das melhores edições da
revista.
Para celebrar
esses 10 anos, a “Turma da Mônica Jovem”
se reencontra com o Astro Boy, personagem de Osamu Tezuka, publicado pela
primeira vez em 1952, o que é bastante
interessante para homenagem o estilo MANGÁ da “Turma Jovem” – inicialmente, eu questionei a escolha de fazer um “crossover”
como edição comemorativa de 10 anos, mas isso foi apenas até ler a revista… não
é uma das minhas edições favoritas e
acho que ela deixa a desejar, inclusive em relação a outras revistas da segunda
fase, que não está tão boa quanto a primeira, mas ela é uma bela homenagem à história da “Turma da Mônica Jovem”. Além de o Astro Boy já ter aparecido anteriormente, tê-lo na revista nos proporcionou
algumas sequências de AÇÃO que tomaram páginas inteiras, e ISSO tem muito a ver
com o estilo mangá, e essa era a proposta no início da “Turma da Mônica Jovem”.
E ÀS VEZES EU
SINTO FALTA DISSO!
A edição
começa com o Franja (e eu amo o Franja!) convidando os amigos para uma “surpresa”,
e então a sua surpresa se apresenta como o Astro Boy, que dessa vez traz com
ele uma surpresa da qual nem ele mesmo
sabe: Uran, sua irmãzinha mais nova que veio escondida no carro porque não queria ficar sozinha em Metro City sem o
irmão. A vinda do Astro Boy e do Professor Ochanomizu ao Brasil se refere a
uma palestra sobre descarte de lixo eletrônico, e a apresentação de um
robô muito interessante que pode ajudar nesse processo, o Reciclobot. Mas a
trama da edição, então, não se dedica apenas
a conscientização em relação ao lixo eletrônico e preservação do meio ambiente
(uma vibe bem Chico Bento Moço), mas também ao paralelo do Astro Boy querendo
proteger Uran, que quer ajudar de todo
modo, e o Cebola dispensando a Mariazinha.
Durante a
palestra, no entanto, o CAPITÃO FEIO ataca, e o Astro Boy se pergunta pra que ele serve se não pode proteger o
Professor Ochanomizu. É bom ter o Capitão Feio na edição, um clássico vilão da “Turma da Mônica”, e ele permite aquelas sequências de ação em
estilo mangá das quais eu estava falando… o Capitão Feio rouba o Reciclobot,
com um plano sujo em mente, e o Astro
Boy experimenta raiva e frustração, dois importantes sentimentos humanos, com
os quais ele lida com a ajuda dos amigos do Bairro do Limoeiro, enquanto
dispensa a ajuda de Uran para derrotar
o Capitão Feio – mas não porque ele não se
importe com ela ou a esteja
substituindo, como ela teme, mas apenas porque, como irmão mais velho, o
Astro Boy quer protegê-la. E o
Capitão Feio usa justamente a tristeza de Uran a seu favor, porque ela está vulnerável.
Achando que o
irmão não a ama e que a Mônica a odeia, Uran foge e acaba encontrada pelo
Capitão Feio e, mesmo que em poucas páginas, os dois constroem uma relação
peculiar – especialmente porque Uran se torna um estímulo para as memórias boas
do Capitão Feio no passado, quando ele ainda era apenas o tio do Cascão. Enquanto Feio brinca com Uran por um parque
de diversões abandonado, ele se lembra constantemente do Cascão… quando Uran
diz que “ele é como um herói”, ele se lembra do Cascão o chamando de “seu herói”,
mas o Capitão Feio tenta impedir que
essas memórias tomem conta de si… mesmo assim, percebemos que ele
transferiu parte do afeto verdadeiro pelo Cascão a Uran, e isso o torna vulnerável o suficiente para que a Turma possa lutar
contra ele. Especialmente quando ele une Uran a UM ROBÔ GIGANTE.
“Não é exatamente uma novidade nessa
revista…”
Não tinha
jeito MELHOR de terminar a revista do que com um MECHA que ataca a cidade e
tudo o mais… nós precisávamos do “robô
gigante”, não? Mas como a revista também fala de família e de SENTIMENTO,
isso se alia a um momento emotivo em que Mônica e Astro Boy falam diretamente
com Uran, controlando o robô inconscientemente com a sua raiva, e a fazem ver
que ela é amada. Assim, a grande
batalha contra o Sucatabot chega ao fim, com uma pequena ajuda do Capitão Feio,
que pode até não se importar com a cidade, mas não quer que a pequena Uran se machuque. Novamente, o Capitão Feio
escapa, mas é o suficiente para que o Cascão perceba que, de algum modo, parte
do que fora seu tio ainda vive dentro do
Capitão Feio, e é bom o bastante para ele! Mônica e Uran fazem as pazes,
Uran até ganha uma coelhinha de pelúcia chamada “Dalila”, e Cebola é quem paga o pato.
Como sempre.
Para mais postagens da Turma da Mônica Jovem, clique
aqui.
Ou visite nossa página: Cantinho de
Luz
Comentários
Postar um comentário