Marimar – “¿Te quieres… casar conmigo?”
“Pero ¿de veras que no estás jugando conmigo? ¿No
estás burlando de mí?”
O casamento de Marimar e Sérgio Santibañez, pelo
menos na primeira vez, não é o casamento bonito e reconfortante que podíamos
esperar… ainda não. É diferente de Maria do Bairro e Luis Fernando De la Vega,
por exemplo – embora eu não gostasse muito dele, porque não achava que ele merecia
alguém tão bom quanto Maria do Bairro, eles já estavam de fato envolvidos no
momento em que se casam, e já tinham sofrido por não poderem estar juntos por
causa de Soraya Montenegro e tudo o mais… não é o caso de Marimar e Sérgio
Santibañez. O casamento é antes, mais apressado, e pelos motivos errados. Não
há um amor de fato, embora as cenas sejam quase convincentes nesse sentido. Mas
ele está casando, em primeiro lugar, porque seu pai e sua madrasta estão
insistindo nisso… então ele escolhe a
noiva que quer: Marimar.
Não é que ele não goste dela… ele gosta, mas ele
também quer protegê-la, cuidar dela… não é um amor romântico ainda. De todo
modo, ele vem pela praia, no seu jeep, buzinando, e uma das primeiras coisas
que ele pergunta é “¿Tanto te gusta verme?
¿De verdad me quieres?”, e depois ele pergunta “Dígame una cosa, Marimar: ¿te gustaría casarme conmigo?”
Deslumbrada e inocente, ela pula de alegria, diz que SIM, que é claro que
gostaria, pouco antes de ficar tristinha novamente, de dizer que “não é
ninguém”, que é muito pobre e que nunca será mais que isso… mas ele lhe
convence de que esta dizendo a verdade, se despede com um beijinho no rosto, e
ela fica boba e encantada, totalmente apaixonada… o Sérgio pede que ela ainda
não conte nada a ninguém, mas ela chega empolgada em casa, dizendo aos avós que
“vão poder sair dali”.
A felicidade dura pouco, as emoções de Marimar são
muito volúveis… ela é uma garota impressionável e ingênua, que acredita em tudo
o que lhe dizem, e com seu temperamento quase “selvagem”, ela se deixa levar
pelas emoções depressa. Assim, ela vai à Fazenda para ver Sérgio, mas só
encontra Renato, que a humilha e a desola, dizendo que Sérgio vai se casar com
alguém fino, de sua classe… ela sai chorando, triste, desesperada… ela não quer que ele se case com outra
pessoa, ela diz. E os avós são bastante duros quando dizem que ela não deve
se importar com isso, porque ele é rico e ela não tem nem que olhar para
pessoas como ele… ela não pode culpá-lo
por se apaixonar. Enquanto isso, Marimar chora em um sofrimento profundo,
dizendo que lhe dói muito que ele se case, mas
decidindo também que não vai mais vê-lo.
Até que Sérgio apareça na praia, de jaqueta azul,
para falar com ela:
“¿Te quieres… casar conmigo?”, ela pergunta.
“Voy a casarme. Quiero
casarme. Pero contigo”
Sim, Sérgio Santibañez vai até a praia atrás de
Marimar, e eles têm, juntos, uma ceninha FOFA. Porque ela tenta expulsá-lo, diz
que não quer chorar mais, e ele a abraça, sorrindo e dizendo “Pobrezinha, você me ama. Se apaixonou por
essa ‘bala perdida’, como diz a minha família. O único sentimento verdadeiro
que despertei em alguém”. Talvez Sérgio tenha se apaixonado mais por esse
sentimento do que por ela, propriamente dita. Ele gosta de se sentir amado, ele
gosta que ela o ame tanto. Talvez pela primeira vez ele se sinta valorizado.
Sérgio precisa contornar a braveza de Marimar e explicar que seu pai mentiu,
que ele vai se casar mesmo, mas ainda está procurando com quem… ela tem interesse? Ainda antes de
acreditar totalmente, ela pede que ele não brinque mais com ela, e ele lhe
garante que não é brincadeira.
Então, totalmente inocente e infantil, ela faz um
biquinho para receber seu primeiro beijo – o
primeiro beijo do casal, seu primeiro namorado. “De verdad, Marimar. Soy
tu novio y voy a casarme contigo. Y vas a vivir en la Hacienda Santibañez cómo
mi esposa”. Mas
eu confesso, embora a cena tenha sido fofa, eu sofro enquanto assisto, porque
eu sei que isso está fadado ao fracasso e a muito sofrimento para Marimar! “Pero ¿de veras que no estás jugando conmigo? ¿No estás burlando de mí?” O sofrimento para os avós já
surge agora, também, com Papá Pancho chorando (me deu um dó!) e querendo
devolver a vaca que ganharam de presente porque estão caluniando Marimar,
dizendo que ela se vendeu ao jovem pela vaca e por comida… e ele sofre tão
verdadeiramente com isso que é de partir o coração, de verdade.
Mas Marimar não permite que ele devolva a
vaquinha.
Sérgio aparece, novamente de carro, para vir falar
com os avós… porque os avós estão nervosos, estão querendo que Marimar pare de
pegar comida da Fazenda, ainda que eles passem fome, e querem proibi-la de
falar com ele, mas ela se recusa a fazê-lo… e
Papá Pancho e Mamá Cruz sabem que ela está apaixonada e fadada a sofrer.
Quando Sérgio surge na areia, Pancho está bem nervoso, e poderia ter batido
nele, para “ensinar a não brincar com os outros”, se não tivesse sido segurado.
Mas Sérgio, eventualmente, consegue conversar com ele, consegue dizer para ele
que quer se CASAR com Marimar, que veio até ali pedir sua mão, para que ela
seja sua esposa… e ele acha isso tudo
muito engraçado. Mesmo quando Papá Pancho não quer acreditar, Sérgio é
calmo e insistente, garante que é verdade, quer se casar… e com Marimar tão feliz e tão sonhadora…
VAI TER
CASAMENTO!
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É tudo tão puro, inocente e ingênuo em "Marimar", que a história chega a ser comovente... quero só ver quando sua transformação acontecer. Ela vai arrasar!
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