Resistindo às Tentações (The Fighting Temptations, 2003)
“His love
rains down on me!”
QUE DELÍCIA
DE FILME! Protagonizado por Cuba Gooding Jr. e Beyoncé, “Resistindo às Tentações” é a divertida história de um mentiroso
que assume um coral de igreja em uma cidadezinha pequena depois que sua tia
morre, atendendo ao último desejo
dela da bondade de seu coração porque isso pode querer dizer que ele
terá direito a umas ações valiosas estimadas em aproximadamente 150 mil dólares
atualmente. Com um elenco carismático e uma trama divertidíssima, o filme ainda
conta com uma trilha sonora ESPETACULAR, então é um deleite assisti-lo… e eu
gosto muito de como, embora o filme seja de 2003, ele tem um jeitinho meio clássico, como as comédias que eram
feitas na década de 1980 – não sei se é para imitar a época em que a trama do
filme começa, se é para mostrar que a cidadezinha não mudou nesses anos, ou se
é mera coincidência…
De qualquer
modo, o clima é bem-vindo!
Grande força
do filme está em sua comédia física. A primeira cena, ainda na década de 1980,
com o coral cantando na igreja, é um exemplo de DIVERSÃO que faz com que o
filme seja muito mais do que um romance ou apenas sobre música – ele também
sabe fazer comédia! Adorei os chapéus, as danças, ou a mulher “recebendo
espírito”, porque “não seria um domingo comum se ela não recebesse espírito”. É
ali, também, que conhecemos o pequeno Darrin e Lilly, duas crianças, quando ele
a pede em casamento e ela diz que não pode, porque “vai se casar com o Michael
Jackson”. Eles se separam quando a mãe de Darrin, MaryAnn, é expulsa do coral por
cantar “músicas profanas” fora da igreja, e ela não vai abrir mão de sua
carreira – por isso, Darrin acaba indo embora com a mãe e nunca retorna para a
cidadezinha onde nasceu e viveu seus primeiros anos.
Muitos anos
mais tarde, ele é um homem de sucesso em Nova York, mas tudo o que conquistou
foi baseado em mentiras, como um
diploma forjado e o parentesco com um deputado, e por isso ele acaba sendo
demitido – logo depois que é demitido, Darrin é encontrado por um cara que
avisa que sua Tia Sally morreu… e ela
queria que ele estivesse lá para o seu funeral e para a leitura do testamento. As
cenas são maravilhosas! Eu ri muito com o Darrin atendendo o celular, ou o seu
discurso usando uma letra de música, ou quando ele diz que “provavelmente não se
lembram dele” e respondem: “Você é o cara
que atendeu o celular”. Ou o “Sua mãe
também está morta?” “Ele acabou de dizer isso!” Na leitura do testamento, então,
descobrimos que Sally lhe deixou a responsabilidade de seguir a tradição da
família e reger o coral até uma competição importante… e, se ganhar, ele tem direito às suas ações de uma empresa.
Paulina fica indignada: “Eu esperei por anos
para que a Sally morresse!”
Darrin não aceitaria
o “emprego” se não fosse a proposta de ganhar 150 mil dólares no fim, mas ele
descobriu que ele tinha muito mais
que fazer em 6 semanas até a competição do que imaginou. O coral tinha poucos membros, não estava alinhado, e o primeiro ensaio
foi uma vergonha hilária de se assistir. Mas ele não desiste. Darrin os faz
cantar, vai à rádio dar entrevista e abrir audições para o coral, audições
essas que ficam cada vez menos exigentes.
Primeiro, eles precisam ser da igreja e tudo o mais, no fim, Darrin já está
pedindo que se anuncie em termos de “Pagões
podem se inscrever”. O que importa é que
as pessoas saibam cantar… e tampouco são muitas pessoas com talento que
aparecem nas audições – e eu adoro como esse tipo de história sempre inclui
umas audições bizarras que nos divertem, antes que o coral vá para a frente.
Mas Darrin
percebe que ele mesmo vai ter que “caçar” os talentos da cidade. Na barbearia,
por exemplo, ou na sua amiga e crush
de infância, Lilly, com uma voz maravilhosa e experiência musical – mas Lilly não
tem interesse em se juntar ao coral da igreja porque, assim como MaryAnn no
passado, ela foi expulsa por Paulina por “cantar músicas profanas”, mas ela
acaba atendendo ao pedido de Darrin… não por
ele, mas por Sally. E, ao voltar, Lilly é MARAVILHOSA contra Paulina, a
comparando a uma “lixa”. E ali o coral ganha um upgrade bem-vindo, porque Lilly pode ser a solista de que eles
estavam precisando, além de entender bastante sobre isso e estar disposta a
ajudar… é ela quem fala sobre tons, e é ela quem fala sobre “posicionar os
cantores”, todas coisas que Paulina conhecia,
mas que não estava disposta a dizer porque não queria que o coral sob a
regência de Darrin tivesse a chance de ser um sucesso.
Paulina,
inclusive, astutamente os faz perder o prazo de inscrições, e foi o momento do
filme em que eu realmente fiquei com
raiva dela. Mas Darrin é “especialista em resolver problemas”, e consegue
uma oportunidade para que o coral ainda possa se apresentar na competição: eles
só precisam entreter um grupo de presidiários, o que acaba não sendo tão
difícil nem tão assustador quanto parecia a princípio. De quebra, quando Darrin
descobre que “existe entre eles pessoas que cantam melhor que seu coral”, ele
consegue três novos membros para o coral, e então O CORAL DECOLA. Eles ensaiam,
eles se divertem, e eles realmente se apresentam maravilhosamente bem… tanto que vemos, a cada culto, o número de
fiéis presentes aumentando, porque eles QUEREM estar em uma igreja descolada e pra cima como aquela!
Eles estão
quase prontos para a “Explosão Gospel”!
EU ADORO A
CENA DE “RAIN DOWN”! <3
“Gonna raise my hands and dance
Gonna give Him all I can
Everytime I call His name
His love rains down on me
Gonna lift my voice and sing
Of the love and joy He brings
Everytime I praise His name
His love rains down on me”
O problema é
que Darrin ainda tem um grave problema com mentiras…
lá no início do filme, quando assumiu o coral, ele dissera a todos que era “um
produtor musical”, e agora ele prometera metade (!) do valor que Tia Sally
deixara para ele para a maior parte dos
integrantes que recrutou para o coral. E Paulina faz questão de trazer isso
tudo à tona, fazendo com que todos se decepcionem com Darrin – todos, inclusive
Lilly, que já sabia que ele não era um
produtor musical, porque não é burra, mas que se decepciona quando ele
atende ao telefone e, provocado, aceita ir embora para Nova York, onde Rosa
conseguiu recuperar o seu emprego… mas as coisas na cidade mudam sem Darrin por
lá. Lilly deixa o coral, Paulina o reassume, e Darrin volta para Nova York,
onde descobre que não é feliz. Não é
ali que ele quer estar, mas com os amigos do “vilarejo”!
Por isso, ele
volta no último instante…
E PRECISA
ARRUMAR TUDO.
O coral já
saiu para a Explosão Gospel, mas Lilly se recusou a ir. Então, ele precisa
conversar com Lilly, convencê-la a estar com eles, e chegar a tempo da
apresentação na competição. E é muito bacana como eles se voltam contra
Paulina, a estraga-prazeres, e a tiram do coral por votação justa – “Obrigado, Paulina, por ter se certificado
de que todos nós fôssemos batizados!” Então, eles se apresentam como “Os
Resistindo às Tentações”, nome que Darrin deu ao coral em homenagem a Lilly, e
eles se cantam lindamente, vencendo a competição, sem suspense algum, porque sabíamos que eles ganhariam. As ações da
Tia Sally, agora, valem pouco mais de 300 dólares, no entanto, mas felizmente não era mais por isso que
Darrin estava lutando, há muito tempo. Ele descobriu uma nova vida, agora
está FELIZ DE VERDADE, e ainda se casou com Lilly.
É um final super fofo! AMEI O FILME! *-*
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Esse é um dos filmes mais marcantes da minha vida! Eu adoro "Resistindo às Tentações", porque me faz lembrar de uma época maravilhosa da minha vida: minha adolescência. É claro que eu já ri muito com as milhares de vezes que assisti a esse filme. Mas além de me fazer rir, "Resistindo às Tentações" me faz chorar, com seus momentos de emoção e o valor que o filme passa quando o assunto é enxergar que existe algo mais valioso do que o dinheiro. Eu amo o clima que o filme traz, de igreja pequena de interior, o que me faz lembrar dos anos que passei dentro de uma mais ou menos parecida com essa. E isso me emociona demais! Principalmente quando o assunto é a alegria contagiante dos cultos, e eu não estou falando das cenas engraçadas de pessoas recebendo "espíritos" (Risos), eu estou falando da alegria de ter musicas vibrantes como "Rain Down", que te faz querer levantar da cadeira e dançar, porque tem uma letra pra cima e fala sobre como faz bem deixar Deus entrar em sua vida, pois quando você chama pelo nome dEle sua chuva de amor cai sobre você. "Resistindo às Tentações" me aproxima de Deus. E é engraçado como um filme considerado, de certa forma, cômico pode exercer esse poder sobre mim. Mas, de fato, ele exerce! E eu amo tudo isso!
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