Star Trek: Discovery 2x08 – If Memory Serves
“How is it
I can remember tomorrow?”
AH, QUE
INTRODUÇÃO MAIS PERFEITA PARA ESSE EPISÓDIO! Tudo bem, tudo bem, todo o
episódio foi INCRÍVEL, e eu já adorei o Spock de Ethan Peck, em todos seus
momentos. Mas “If Memory Serves” se
inicia da forma mais bela possível,
com um “Previously” nostálgico e nos moldes da série clássica, nos levando a um
episódio de 1965 (!), “The Cage”, o
primeiro Piloto filmado de “Star Trek”
– um episódio protagonizado pelo Capitão Pike e Mr. Spock, em uma visita a
Talos IV… portanto, esse episódio nos
leva de volta para onde tudo começou, e é a melhor forma de trazer Spock de
volta e incorporá-lo à USS Discovery… especialmente agora que o capitão da nave
é Christopher Pike. O episódio é longo, profundamente emotivo, e traz
algumas poucas respostas, enquanto nos instiga para o que veremos no restante
da temporada com Spock e o mistério do Anjo Vermelho.
Michael está
com destino traçado até Talos IV, e eu adoro a chegada deles lá. Spock ainda
está bastante distante, como que se estivesse preso dentro de sua própria
mente, mas isso não o impede de ajudar Michael a chegar até o misterioso planeta das flores azuis que cantam –
passando por um suposto buraco negro,
que era uma ilusão, eles pousam no
planeta, onde Spock é recebido por Vina, uma humana residente permanente de
Talos IV, e em quem Michael Burnham ainda não sabe se pode confiar… mas ela os
convida a ir ao subsolo e encontrar os talosianos, seres humanoides que
conversam por telepatia e têm a habilidade de criar poderosas ilusões por todo o universo. Eles podem curar Spock e mostrar a Michael as suas memórias, mas eles pedem algo em
troca: as próprias memórias dela
sobre o que aconteceu entre os irmãos em Vulcano, há tantos anos.
É MUITO
MARAVILHOSO PODER ENTRAR NA MENTE DE SPOCK! Voltamos ao dia em que ele viu o
Anjo Vermelho pela primeira vez – foi quando Michael saiu de casa,
aventurando-se pela floresta do Deserto de Vulcano, e Spock teve um sonho que
considerou um presságio… um sonho em que
a via sendo atacada por um monstro e morria. Então, Spock desperta
assustado e conta aos pais sobre o que viu e onde viu Michael na floresta, e eles chegam lá a tempo de salvar a
sua vida… então, através de Spock, o Anjo Vermelho salvou a sua vida porque ela provavelmente precisa desempenhar um
papel importante para impedir o que aparentemente vem a seguir… anos
depois, o Anjo Vermelho volta a aparecer para Spock, o atraindo para um planeta remoto e mostrando-lhe “o fim”:
toda a vida no Universo destruído em uma aniquilação geral.
“Now… you see?”
Isso era o
que Spock queria que Michael visse, esse é o motivo pelo qual ele a levou até
Talos IV com ele, e então podemos ver Ethan Peck interpretar Spock de forma completa, e eu ADOREI A SUA
INTERPRETAÇÃO. Ele colocou todas as facetas dos Spocks que já conhecemos,
tornando-o real e o mesmo personagem que amamos – a lógica e aparente frieza em
sua voz encobrindo o seu lado humano,
a voz e o modo de falar remetendo aos atores que anteriormente interpretaram o
personagem. É o Spock de sempre, e esse é
o grande acerto dessa fase de “Star Trek: Discovery”. Os talosianos também
mostram a Michael, através das memórias de Spock, o momento em que ele escapou
– a cena pela qual ele está sendo acusado de assassinato, mas não existe assassinato algum. Spock é inocente, como Michael e Pike sempre acreditaram.
Então, Spock
e Michael pedem que Pike venha por eles…
Antes de
partirem de Talos IV, no entanto, os talosianos cobram de Michael o que
exigiram como pagamento: suas próprias memórias sobre o que aconteceu entre ela
e Spock em Vulcano – a dor que acabou com
a relação entre os humanos, e é um momento MUITO FORTE E MUITO TRISTE.
Michael junta suas coisas e decide ir embora, porque sabe que a família de
Spock está correndo risco com ela ali, porque existem pessoas intolerantes que
não aceitam a humana sendo criada como vulcana, então ela decide partir para
que possa protegê-los, mas o pequeno Spock, ainda não totalmente versado na
Lógica, não entende o quanto isso é complexo.
Ele AMA a Michael, e não quer que ela vá embora – e Michael entendeu que ele
não a deixaria partir, então fez a única coisa na qual conseguiu pensar: quebrou a conexão emocional que existia
entre eles.
Ela diz que
“não o quer por perto”, e me partiu o coração quando ele protesta, tão
pequenino: “But you’re my sister!” O
diálogo é fortíssimo, e entendemos o porquê de Michael e Spock não serem mais
os irmãos que outrora foram – “I don’t
want a freak like you as a brother” “But I love you” “What? You’re not capable of love”. Imagino o quanto o Spock seria diferente se Michael não tivesse tomado essa decisão e falado com
ele daquela maneira. Spock a amava, a idolatrava, e ela tinha prometido
ensiná-lo mais sobre “seu lado humano”… ele
pensava em um dia ir viver na Terra. Mas ele sofre depois disso e, com a
partida da irmã, ele se fecha completamente para o seu lado humano, foge das
emoções e se dedica exclusivamente à LÓGICA e à natureza vulcana. Agora, muito
tempo passou desde aquele momento, e ainda que Spock a entenda, ele não pode perdoá-la.
Vai ser legal
explorar a relação dos dois ao longo da temporada!
Ao fim do
episódio, a USS Discovery dá um jeito de enganar a Seção 31, quando ambos
brigam para resgatar Spock e Michael, e parece que o Capitão Pike abriu mão de seus amigos, embora ele
jamais teria desistido com tanta
facilidade. De todo modo, foi IMPAGÁVEL ver a cara de tacho de Leland
quando ele percebe que o “Spock” e a “Michael” que ele capturou são, na
verdade, projeções talosianas, enquanto os dois verdadeiros estão em segurança
dentro da USS Discovery – COMO FOI BOM VER O SPOCK SE JUNTANDO À DISCOVERY! E eu acho que teremos ótimas cenas dele ali…
mal posso vê-lo interagir com Saru, por exemplo! E a USS Discovery, agora,
está fugindo da Federação, por terem resgatado e/ou “sequestrado” um suposto
assassino e uma suposta traidora, mas eles têm uma missão a cumprir, e não vão
abandoná-la agora.
Em busca do Anjo Vermelho.
Para impedir “o fim”.
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