Supernatural 14x15 – Peace of Mind
“The entire
town is so strangely picturesque”
QUE EPISÓDIO
GOSTOSINHO! Eu detesto quando a série não
muda, mas isso se refere muito mais a quando o roteiro apresenta propostas
inovadores e, então, o desenrolar dos acontecimentos não faz jus à premissa
bacana. Mas é bom ter um episódio gostosinho e básico de “Supernatural”, no qual eles podem enfrentar um caso normal, porque
isso me faz pensar que estamos lá nas despretensiosas primeiras temporadas… o
episódio é UM MÁXIMO, de verdade. Enquanto Castiel se preocupa com o quanto de
sua alma Jack perdeu ao matar
Michael, e deixa Dean para “supervisioná-lo”, ele sai com Sam para um “caso da
semana”, que o Sam encontra apenas porque não
aguenta ficar no bunker naquele momento… e o caso parece os levar de volta
no tempo, de forma divertida e um tanto quanto perversa, enquanto tentamos
entender o que está acontecendo.
Conrad foi a
primeira vítima de Charming Acres – ele explodiu, literalmente, depois de
“fugir” da cidade, e toda a construção da cidade é como se fosse um filme antigo ou algo assim. Amei absolutamente
tudo na construção da cidade! Amei a trilha sonora, amei os lugarzinhos, como o
Harrington’s, servindo milk-shakes como os da década de 1950, amei os
figurinos, e as próprias pessoas do lugar agiam como se estivessem em um filme… como quando Conrad pediu que Sunny,
sua namorada, fosse embora com ele, ou quando Castiel comentou “casualmente”
sobre como a cabeça de Conrad explodiu,
no meio da lanchonete, e todos pararam para olhar para ele… mas percebemos que
existe algo sinistro acontecendo por
ali, como a reação do Sr. Smith ao celular de Sam, ou o fato de as pessoas
parecerem saber que eles estavam por chegar para investigar…
E,
rapidamente, Sam acaba se envolvendo com o clima da cidade – aparentemente por
causa do milk-shake, depois o chazinho, mas o que imporá é que ele está mais
leve, menos preocupado, já disposto a ficar
e descansar, porque já é tarde e ele está mesmo muito cansado. Enquanto
isso, Justin Smith continua pensando no “celular” que viu na mão de Sam, e,
atormentado, ele se lembra de como comprou um celular em Houston, para sua
filha, e então se lembra de sua filha,
Rose, que ele deixou para trás para viver ali… numa espécie de fantasia que
parece não ter se movido no tempo. Até esse momento, ele tinha se esquecido
de tudo, e o celular o faz voltar a si, mas, ao recobrar o sentido, ele ouve um
zumbido angustiante no ouvido e acontece com ele o mesmo que aconteceu com
Conrad anteriormente: A SUA CABEÇA EXPLODE.
Esse é o
castigo para quem “vê” a verdade e tenta escapar.
Na manhã
seguinte, Castiel busca Sam por toda a cidade, naquele lugarzinho cada vez mais
bizarro, e quando não o vemos, já podemos saber que o Sam se tornou um deles. Castiel o encontra na casa da Sra. Smith,
que estava feliz demais para alguém
cujo marido acabou de morrer, mas quando ele tenta falar sobre isso com ela,
ela diz que ele está confuso e que seu marido “está bem”. Então, o Sam aparece, com uma roupinha toda certinha e antiga, e se
apresenta como Justin Smith. Parando para analisar o que está acontecendo,
tudo é, na verdade, muito assustador e
doloroso – porque mais do que “enfeitiçado”, o Sam “se deixou levar” porque
ele ansiava por deixar sua vida para
trás… o sofrimento, a morte das pessoas com quem ele se importava. Tudo o que
ele queria era um lugar em que pudesse “ser feliz”, de fato, e, ainda que uma
ilusão, aquele lugar lhe proporcionou isso.
Wow.
Castiel tenta
acordar Sam para a realidade (“Your name
is Sam Winchester”), mas nada adianta, e Castiel acaba expulso da casa por causa de sua “linguagem”. Então, Castiel volta
ao Harrington’s para confrontar Sunny, que pode estar por trás disso tudo, mas
tampouco é ela, embora ela saiba de
tudo: é Chip, seu pai, enfeitiçando a todos, fazendo-os acreditar em coisas que
não são reais – e nem é pelos milk-shakes.
Quando Sam, agora agindo como Justin, tenta atacar Castiel, o Anjo consegue
fazê-lo voltar a si falando sobre as pessoas que ele ama, como o Dean e o Jack,
e então ele desperta… e, justamente por isso, ele quase tem o mesmo fim de
Conrad e Justin, mas Sunny já não vai
mais permitir que o pai mate mais pessoas inocentes. Gritando para ele
parar, ela estende a mão e prende o pai em um mundo só dele, onde não vai poder
fazer mal a mais ninguém.
Ela não tinha outra opção.
Enquanto
isso, percebemos que Jack está diferente,
e Dean teme que toda a sua alma já tenha sido queimada, então ele o leva a uma road trip, para que Jack possa visitar
Donatello, e Dean possa saber se ele
ainda tem a sua alma ou não… a conversa é bonita, sobre como o “não ter
alma” não o faz necessariamente mal, como não o faz absolutamente nada: o que
muda é a ausência de pena, de empatia, de humanidade… o que é perigoso para o
Jack, uma vez que ele ainda estava aprendendo
a ser humano, mas Donatello o aconselha a, sempre que estiver em dúvida, pensar
“no que os Winchesters fariam”, e então ele terá as respostas para o que fazer…
por ora, parece o suficiente, mas Jack está diferente, e a morte de Michael
ainda deve ter consequências sérias… não
seria assim tão fácil. Por um momento, na última cena, não reconhecemos
Jack.
Por favor, não façam os Winchesters matarem
Jack.
Jack é a melhor coisa da série atualmente!
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