Vale o Piloto? – Weird City 1x01 – The One
“Forget the
science, we work!”
QUE SÉRIE
MAIS GOSTOSA! A estreia de “Weird City”
traz Dylan O’Brien e Ed O’Neill nos papéis principais de uma história inusitada – o episódio tem um tom descontraído e, quiçá, com uma
influência da paródia, ao mesmo tempo
em que é genial em toda a construção de sua ficção
científica bizarra. O universo é bem constituído, ainda que de forma breve,
separando as pessoas que vivem “Above the Line” das pessoas que vivem “Below
the Line”, mas o grande trunfo do
episódio está mesmo na química dos atores e na história fofa que eles compartilham, quando recorrem a um “app de
relacionamentos” para encontrarem “a pessoa”. O episódio pode ser engraçado,
apaixonante, um tanto quanto triste e ainda contém uma boa crítica aos tempos
em que vivemos – no fim, o grande
problema da humanidade é COMO ela utiliza as coisas geniais que cria.
“In a not
so distant future, in a city not unlike your own, society has divided itself in
two. The Haves live Above The Line, the Have-Nots, Below. Like, literally, they built a barrier between themselves
called ‘The Line’”.
Adoro o
gênero da série, e eu adorei a abordagem descontraída – até porque ela se
diferencia, por isso, de outras produções antológicas do gênero, como “Black Mirror” e “Electric Dreams”. E a tecnologia está lá, mesmo nos lugares mais
simples, como num carrinho de frutas frescas Below The Line. Então, Stu chega
atrasado (porque, aparentemente, ele sempre
chega atrasado) para encontrar uns amigos em um restaurante, e o diálogo deles
explica algo bem interessante sobre a diferença de vida Acima e Abaixo da
Linha: Above The Line, as pessoas são “designadas” a espécies de “almas gêmeas”
desde o nascimento… mas Stu cresceu Below The Line, então ele não foi designado
a ninguém e não teve ninguém designado a ele: portanto, ele ainda precisa sair
em “encontros”. Então, Stu ouve falar, pela primeira vez, sobre uma nova
proposta…
The One That’s The One.
Stu Maxsome,
então, vai até os laboratórios do aplicativo para achar o seu “um”, e ele passa
por uma série de perguntas esquisitas
(bizarras e divertidas, mas um tanto quanto preocupantes,
talvez), e depois das perguntas e exames feitos, ele paga pela consulta com um
chip no pulso e vai embora: a pessoa certa
para ele será mandado à sua casa hoje, à meia-noite. Então, Stu, interpretado
pelo fofíssimo do Dylan O’Brien, que se sai incrivelmente bem no papel e nos
conquista a cada segundo, se arruma todo para esperar essa pessoa especial, treinando o que vai dizer e tudo… mas, às 12:15, ninguém ainda chegou, então ele desiste
– mas então alguém bate à sua porta… atrasado.
Como ELE sempre chega ATRASADO. E é um cara mais velho, interpretado por Ed
O’Neill, que se apresenta como Burt: “I’m…
your One That’s The One”. E EU AMEI.
Inicialmente,
eles acham eu houve algum “engano”. Eles são muito diferentes, supostamente, e
tampouco são gay, mas antes que Burt vá embora, eles começam a conversar, a rir
e a se entender… ainda que seja bem breve.
Mesmo que não achem que sejam “a pessoa certa um para o outro”, eles resolvem
sair para jantar de todo modo – afinal de contas, eles já tinham planejado
aquilo pra noite, e estavam com fome! Juntos, eles descem para Below The Line,
onde Stu cresceu e onde Burt trabalhou por muito tempo… e então cada vez mais fica evidente o quanto eles são parecidos e o
quanto podem dar certo. Começa quando eles fazem o pedido e pedem exatamente a mesma coisa e exatamente ao mesmo tempo, mas depois
eles continuam conversando, e rindo e se divertindo juntos… eles até brigam
para ver quem deles vai pagar a conta.
“Well, that was fun”
“Yeah, that was a blast”
No fim
daquele “encontro”, eles já estavam pensativos.
Afinal de contas, os dois se divertiram muito. Na despedida, Stu quase abraça o Burt, e o Burt olha para ele com um
sorriso no olhar que é muito fofo. Mas fica por isso mesmo – no dia
seguinte, eles retornam ao laboratório, e a chegada já é UM MOMENTO PERFEITO.
Eu adorei o médico dormindo, Burt e Stu se assustando um com o outro, os gritos
dos três… eu não consigo entender bem
COMO é que o Dylan O’Brien consegue ser tão LINDO mesmo naquele momento como
quando ele está gritando – acho que é o quê de comédia, lhe faz muito bem,
certamente. Ninguém ali nos laboratórios os escutam, e eles precisam ir embora
sem que nada seja “resolvido”. E
acabam indo embora juntos… “Good to see
you. What are you doing? Wanna
get lunch or something?”, Stu pergunta.
Na cena seguinte, Stu e Burt ACABARAM DE
FAZER SEXO – E QUE CENA DELICIOSA. A mudança é drástica e divertida, e
mostra os dois caindo na cama, sem fôlego, ambos muito felizes com o que acabou
de acontecer entre eles – “That was
crazy. Had no idea that was gonna happen” “Me neither”. E mesmo que seja
uma cena bem comportada, em fico
impressionado com como a cena é EXCITANTE, de todos os modos. E, a partir dali, percebemos que esses dois
podem ser absolutamente fofos… depois de fazerem sexo pela primeira vez, eles
saem juntos para almoçar, para conversar e rir, e a química desses dois! Quem
diria? Adorei aquela cena do sorvete, e adorei aquela cena dos dois dormindo um
do lado do outro, e o Stu acordando todo fofo ao lado de Burt e indo abraçá-lo,
com o sorriso mais infantil e mais belo estampado no seu rosto.
Depois disso,
chega a hora de conhecer as famílias.
Burt está todo nervoso sobre conhecer os pais de Stu, mas eles acabam se dando
muito bem – Stu até temeu que eles fossem dizer algo devido à idade de Burt,
mas os pais adoraram que ganharam alguém com quem conversar sobre “os velhos
tempos”. Stu, por sua vez, vai conhecer os filhos de Burt, e eu adoro como Burt
diz que, nesse caso, é diferente,
porque se não gostarem dele, ele pode mandá-los gostar e pronto. E eu RI MUITO
do Stu com medo de ser comparado à mãe deles. “Dad! You didn’t tell me he was super hot!” Então, Stu tem uma cena
bem legal com Booj, o filho grandalhão de Burt que age como uma criança, e no fim eles acabam se dando muito bem,
também, o que é lindo. E a cena ainda conta com momentos bizarros como Stu
garantindo a Booj: “I don’t wanna be your
mom”.
SEIS MESES
DEPOIS, Stu e Burt estão casados, continuam felizes
juntos, e agora são os dois “Mr. Maxsome”, o que eu achei LINDINHO. Mas o
pessoal do aplicativo aparece para dizer que houve um engano e, portanto, eles não são a “pessoa certa” um do outro… o
que é um absurdo, como eles dizem. Afinal de contas, eles estão juntos há um
ano, são casados e felizes. “Listen, we don’t care what you say,
ok? We’re satisfied with these results. We really love one another,
we’re happy”. Aqui, o episódio fica mais triste do que nunca, porque a “ciência”
determina que eles “não são a pessoa certa um para o outro”, e querem
obrigá-los a se separar, ainda que eles estejam visivelmente felizes um com o outro e querendo passar
o resto da vida juntos. É lamentável e,
infelizmente, profundamente real. Porque às vezes as pessoas confiam tanto
em tecnologias que se esquecem de pensar por si mesmas…
E de tomar suas próprias decisões.
QUE TIPO DE
PESSOAS NOS TORNAMOS?
Essa é a
grande crítica do episódio – “Forget the
science, we work!” Stu e Burt são forçados
a se separar e designados a novas pessoas,
e o mais triste é que eles não querem se
separar. “This could’ve been great”
“That WAS great!” Burt é mandado para outro lugar, Stu tenta sair com a
mulher que agora foi designada para ele, mas não existe nada de especial entre eles… e Stu chora vendo os pets
virtuais e pensando em Burt, e eu quase morri em vê-lo chorar sentido daquele
jeito… felizmente, Stu percebe que “não está fazendo nada” e que “deveria estar
fazendo”. Então, ele sai correndo e gritando por Burt, mas acredita que chegou tarde demais para impedi-lo de
partir. Mas, como eles são feitos um para o outro SIM, eles SEMPRE SE ATRASAM. “Why am I always late?” “Good think I’m always late too”. Então eles se encontram, se
abraçam, se beijam…
E É A CENA
MAIS LINDA DO EPISÓDIO. “Screw science”
E PASSAM A
SER FELIZES JUNTOS, ABAIXO DA LINHA! <3
ESTREIA
ESPETACULAR.
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