O Diário de Daniela – A confusão de Fátima
Em busca de um novo lar…
COMO EU ADORO
A MANEIRA COMO A MENTE DAS CRIANÇAS TRABALHA! Sempre digo que um dos meus
desenhos favoritos de infância é “O Fantástico Mundo de Bobby”,
justamente porque era capaz de representar brilhantemente
e com muito bom humor, a maneira como
as crianças entendiam o mundo. “O Diário de Daniela” não tem nem de
perto a inocência que o desenho tinha (porque é uma novelinha bem pesada!), mas
quando Fátima tira conclusões precipitadas com base em uma conversa que ouviu
sem querer dos pais, eu sabia que tinha
confusão no ar – e desde o primeiro momento eu matei a charada do que
estava acontecendo! Mas é compreensível, acredito… a Fátima já estava toda sensível porque o Christopher tinha
acabado de ir embora e, mesmo que eles trocassem cartas continuamente, ela
sentia muito a sua falta!
Fátima escuta
os pais falarem sobre “uma menina adotada”, e sobre como não há outra
alternativa que não “mandá-la de volta para o orfanato”, e então fica desesperada. Como qualquer criança em seu lugar, ela
entende o que é mais aparente, e não
tem maturidade o suficiente para abstrair e perceber que, talvez, os pais não estivessem falando dela.
Assim, Fátima fica triste ao descobrir
que é adotada, mas ainda mais triste ao descobrir que os “pais adotivos” querem
devolvê-la – porque ela não sabe o que
fez para merecer isso! Como os bons amigos que são, a turminha cuida dela,
e ela os agradece, dizendo que “eles são o único que ela tem no mundo”. Sem
coragem para encarar os “pais”, Fátima os evita enquanto pode, e vai dormir na
casa de Daniela, que chega a falar sobre conversar com o pai para que possam
adotá-la.
O plano de
Fátima, agora, é buscar seus pais
biológicos, para que possa morar com eles “até ser mais velha e então se
casar com Christopher”. Assim, como crianças determinadas e um tanto quanto ousadas, elas vão de ORFANATO em
ORFANATO em busca dos pais de Fátima, até conseguirem, por coincidência, uns
documentos com uma garota chamada “Fátima” que nasceu no mesmo dia que ela. Então, A CONFUSÃO ESTÁ FEITA DE VEZ! Com o
nome “Eva Garcia” em mãos, Fátima e os demais vão em busca daquela que
acreditam ser a mãe biológica de
Fátima, e a mulher mora sozinha em uma casinha pobre – o que não seria um
grande problema, se ela não parecesse tão malvada.
Ou tão PERIGOSA. A mulher é grosseira, grita bastante e se intitula uma “bruxa”
que lê a sorte das pessoas. Quando as crianças perguntam se ela deixou uma menina no orfanato, ela diz que
ela foi roubada.
É notável o
quanto a mulher é descontrolada, e eu
fico pensando nos riscos que essas crianças correram, tudo por tirar decisões e
não conversar com um adulto. Eva
Garcia diz que sua filha foi roubada de seus braços, e que ela a amava com todo
o coração, mas é difícil acreditar em suas palavras – quando ela pergunta o que eles sabem sobre sua filha, as
crianças acabam fugindo assustadas, e
quando Eva escuta o nome “Fátima”, ela se alarma. Grita o nome dela, a chama de
filha, mas Martín puxa a mão da amiga, protegendo-a e a levando para casa, onde
Martín e Daniela a deixam… naquela noite, Fátima escuta outra conversa dos pais
sobre “mandar a menina para um lugar onde
ela sofra muito”, e a verdade é que, maldades à parte, EU RI MUITO COM TUDO
ISSO! Afinal de contas, já tinha sido deixado bem claro que os pais de Fátima eram ESCRITORES.
A confusão era muito clara.
Mas sem
entender isso tudo, Fátima, coitada, sofre. Quando os pais de Fátima falam com
todas as palavras sobre “mandar a personagem do livro de volta para o
orfanato”, ela não está escutando.
Acreditando que está mesmo prestes a ser levada “de volta” ao orfanato pelos
“pais adotivos”, Fátima vai até a perigosa Eva Garcia e diz a ela que “é a
filha que ela perdeu”, e a mulher quase a mantém prisioneira… felizmente,
novamente assustada, Fátima consegue escapar, embora tenha tomado a decisão de
ir morar com ela, porque é a única alternativa que tem – “Aún que sea pobre, fea, mugrosa”, como ela diz (EU POSSO RIR
DISSO, NÃO?! HAHA). Mas para que possa ir morar com Eva Garcia, Fátima precisa
conversar com aqueles que acredita que são seus “pais adotivos”, e embora ela
tente, ela não consegue, e por pouco
a mãe não lhe fala da personagem do livro…
Por pouquíssimo.
Quem acaba
esclarecendo tudo é o Don Capu que, ao ouvir toda a história, acha isso tudo muito estranho e resolve ele mesmo
conversar com os pais de Fátima – a conversa, que é breve, resolve tudo muito
rapidamente, porque é tudo uma confusão por parte de Fátima e a personagem do
livro que seus pais estão escrevendo juntos, mas Don Capu pede que eles lhe
permitam “ensinar uma lição para as crianças”. Então, ele lê a história para
elas, e Fátima fica assustada ao reconhecer a “sua” história, e então vai dar
uma olhadinha no livro: escrito pela sua
própria mão. O alívio TOMA CONTA DELA quando percebe que tudo não passou de
um mal-entendido! Achei fofa a conversa dos pais com ela, explicando que eles
são uma família e que é com eles que ela precisa esclarecer qualquer dúvida que
tiver… é uma mensagem importante para as
crianças, por fim!
Basicamente:
CONVERSEM, ESCLAREÇAM!
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