Samantha! 2x05
“Pra ser a pior, tem que ser uma em um milhão”
AI QUE
EPISÓDIO SENSACIONAL! Samantha está indo para o teatro, e é uma verdadeira loucura – “Dessa gente, Dodói, dá pra esperar qualquer
coisa”. Samantha não sabe muito bem o que esperar quando chega para os
ensaios da “peça de uma mulher só” que vai fazer… nem o texto ela recebeu, mas
logo descobre que o tema é mais delicado
do que esperava: “a solidão de uma órfã”. E isso, surpreendentemente, leva
Samantha para um caminho de memórias que nos apresenta o passado de Samantha e
detalhes para os quais nunca antes nos
atentamos. Assim, além de ser extremamente divertido, o episódio ainda
consegue trazer um quê de emoção enquanto nos permite conhecer mais uma faceta da Samantha! Também
temos a deliciosa participação de Laila, que está mais divertida do que nunca, e um roteiro hilário para o Brandon!
Carmem estava
completamente descontrolada durante
os ensaios, e EU ME DIVERTI HORRORES! Adorei aquele balão laranja com “todo o
amor que Samantha recebeu”, que ela estoura e espera que Samantha chore, mas Samantha “só fica meio
surda”: “Carmem, deixa eu te explicar uma
coisa: eu não choro desde os cinco. Deixa a cara horrorosa”. E as coisas
ficam ainda mais malucas (“Okay, a
televisão te estragou um pouco como ser humano”) quando Carmem faz um exercício com camisa de força”, e
aquela sequência toda é uma das coisas mais loucas, claustrofóbicas e
divertidas da série! Mas, contra todas as possibilidades, os exercícios
bizarros de Carmem para que Samantha pense que “está saindo do útero” fazem com
que ela reviva um trauma: o de ter sido abandonada pela mãe na porta de uma
emissora de TV e encontrada por Cigarrinho.
A história de Samantha.
Enquanto
isso, a escola liga para Dodói e pede que ele vá à escola porque “os filhos
entraram numa briga”. Quando ele chega lá, a mulher explica que os filhos
“saíram feridos por dentro”, e que tudo começou porque o Brandon se identificou
como um autor negro, e um coleguinha disse que “ele era só um garoto branco”.
Basicamente, Cindy o defendeu, chamou o outro garoto de “racialmente
insensível” (!), e agora a professora quer que Dodói e Samantha contem a
verdade a Brandon: que ele é adotado.
MAS BRANDON É MESMO ADOTADO? Acontece que Dodói nunca soube nada disso, mas,
parando para pensar sobre o assunto, ele realmente nunca viu nenhuma foto de
Samantha grávida na época, e as chances de ele ter um filho branco são de uma
em um milhão… a professora até diz que as chances de ele ter um filho albino eram maiores que ter o Brandon.
Cindy escuta
toda a conversa, e acaba contando tudo a Brandon, E OS DOIS COMPARTILHAM CENAS
TÃO FOFAS! Eu amei o “Não importa de onde
você veio, tá? Você é meu irmão” seguido de um abraço, mas como é uma série
de comédia, também temos aquele divertidíssimo comentário “A mamãe não tem nenhuma foto grávida, ela deve ter achado ele em algum
lugar. E ela adora achar coisas de graça”. Mas Samantha não leva a sério
essa teoria de Brandon ser adotado: afinal de contas, quais são as chances de ela, que só pensa em si mesma, ter uma
filha como Cindy, que se preocupa com o mundo? Segundo ela, menores que uma em um milhão. Tão fofinho como
Samantha diz que “filhos não se explicam”. Então, Dodói vai conversar com
Brandon sobre isso (“Eu não sou um órfão
adotado? […] Entendi. É pior ainda: eu sou um filho bastardo de um caso que a
mamãe teve numa praia do Paraná!”), e é outra cena fofa.
AMEI!
<3
A próxima
surpresa e maluquice de Carmem nos ensaios é trazer alguém que desperte as veias dramáticas e
traumatizadas de Samantha: Laila. “Oh,
Carmem, eu não preciso de substituta. O dia que eu precisar, eu morri. [Pra
Laila] Não vai tendo ideia”. Eu devo dizer que EU ADORO A DUPLA SAMANTHA! +
LAILA. DEMAIS! “De perto, a gente é
#gêmeas”. As duas protagonizam várias das cenas mais divertidas do
episódio, como sempre, e Carmem as aproxima significativamente ao amarrar uma à outra pelas suas camisas de
força. E pode ter sido cruel, mas eu ri do “#nudenoteatro” e a Samantha dizendo que a Laila “tem um mamilo
maior que o outro”. Porque é justamente o
tipo de comentário que se espera de alguém como a Samantha. Com as duas em
cena, então, A DIVERSÃO ESTAVA GARANTIDA! E
Carmem manipulando as duas.
Laila acaba
traumatizada e sofrendo, sentindo-se uma “aberração”, e Samantha tenta provar
que também sabe fazer algo dramático,
e quando chega toda maquiada para ser “o fantasma da mãe de Laila”, ela faz um
discurso sobre como “só não tem mãe quem não merece”, e se apresenta como “a
mãe que nunca a amou e a abandonou como
um papel higiênico reciclado da existência”. O interessante da cena é que,
no meio de um texto tão bom e divertido, há dramaticidade e isso nos permite conhecer mais a Samantha, porque o que
ela está dizendo é o que ela sente, o que ela acha que o fantasma de sua própria mãe diria caso aparecesse
para ela, e é de partir o coração, na verdade. Ela se sente um vazio, um nada,
no fundo do poço… e então a sua “atuação” se torna real, então ela chega aonde
Carmem queria que ela chegasse desde o começo.
Adoro,
também, como Samantha mostra, um pouco mais a cada episódio, que SE IMPORTA SIM
COM AS PESSOAS. É de um jeito “Samantha!” de ser, mas ela se importa. Ao ver o
sofrimento de Laila e o trauma por causa dos mamilos, ela acaba com a palhaçada
de Carmem de usar Laila apenas para que Samantha tenha algo que a faça sofrer –
o “Mas e a Laila?” foi lindo, e o “Vem, Laila, chega de ser usada. Vamos!”
foi melhor ainda, quando ela pega a mão de Laila e a leva embora daquele
sofrimento! Com direito a uma “declaração de amor” (?) muito fofa: “Você tem razão. Tem muita coisa ruim na
internet. Pra ser a pior, tem que ser uma em um milhão” “Ai que lindo isso”.
SAMANTHA SENDO TOTALMENTE FOFA! Mas ela segue na peça, e agora terá que
enfrentar um outro problema: a sua
incapacidade de dizer a palavra “órfã”, essencial pro roteiro.
“Essa palavra aí”
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