[Series Finale] Shadowhunters 3x22 – All Good Things…



“I am and I will always be your loving husband”
Eu não sei bem o que eu estava esperando, porque mesmo os livros eu parei na leitura do segundo, mas eu achei um finzinho bem fraco para a série. É compreensível que a série tenha sido cancelada antes da estreia da segunda parte da terceira temporada e, por isso, eles tiveram apenas dois episódios extras para resolver todas as tramas que ainda estavam abertas, mas dois episódios é o tempo de um filme, eles certamente podiam fazer algo melhor. Então, infelizmente, o episódio final de “Shadowhunters” parece uma colagem tosca de uma série de cenas sem sentido, colocadas à força para “encerrar tramas”, e faltou emoção e profundidade nas cenas, mais aleatórias impossível. O pior é que eram cenas que talvez precisassem estar ali, e talvez quiséssemos ver, mas a superficialidade do roteiro meio que não me deixou aproveitar nada.
Para começar, o início patético do episódio. O pessoal tinha descido ao Edom, e Lilith estava lá, toda ameaçadora dizendo que “não podiam vencê-la”, e ao invés de termos uma grande batalha final, tudo é risivelmente resolvido EM MENOS DE 5 MINUTOS, de forma extremamente conveniente. Quando Izzy enfrenta Lilith, o Fogo Celestial toma conta dela e, para salvar a vida da amiga, Clary a conecta a todos, para que eles possam dividir o fardo e lutar contra o Fogo Celestial. Até aí, tudo bem. Mas quando Izzy se salva e se livra do Fogo Celestial, isso magicamente resolve TODOS os problemas que eles desceram ao Edom para enfrentar. Lilith foi destruída, Edom está entrando em colapso, o que quer dizer que não existe mais motivo para Magnus ficar preso lá embaixo, e então todos facilmente retornam para a Terra, de volta para suas vidas.
Como se a série estivesse acabando ali… acontece que, por mais que eu torça por Magnus e Alec, por exemplo, ou por Isabelle e Simon, a série se concentrou excessivamente nisso e deixou de lado outras coisas que também gostaríamos de ver, como aquela batalha no Edom, que não aconteceu. Mas tudo bem, não vou negar que não gostei da cena de Simon e Izzy fazendo sexo, porque passamos muito tempo esperando pelos dois, e eles enfim mereceram ser felizes. Basicamente, todos estão felizes. Sizzy. Clace. Malec. Mas Jonathan ainda está à solta, e não dá para esperar que ele não vá fazer algo. “Mercy is for humans. And I’m no longer human”. Mesmo assim, Magnus e Alec PLANEJAM UM CASAMENTO PARA AQUELA NOITE – não faz mais sentido esperar. E a cerimônia será no próprio Instituto, porque passará uma boa mensagem a outros como eles.
Um shadowhunter e um feiticeiro se casando no Instituto.
Como eu disse, no entanto, as cenas são descuidadamente jogadas, e elas parecem convenientes e forçadas demais. Como a cena de Magnus com Lorenzo, ou a cena de Alec e Maryse sobre Robert, e mesmo a cena de Clary pedindo a Isabelle que considere ser sua parabatai. Embora as duas fossem amigas, eu não consegui sentir essa conexão entre elas de verdade, não consegui ver uma preparação que as levasse a se tornarem parabatai, eventualmente. Também não gostei do reencontro de Clary com Luke, e pouco do encontro de Clary com o espírito de sua mãe, mandado de volta à Terra com um aviso dos Anjos para Clary: ela deve parar de usar o seu dom de criar novas runas, porque os Anjos não estão satisfeitos, como se ela estivesse atrapalhando a ordem natural das coisas. Se ela volta a usar o dom, ele desaparecerá.
Por completo.
A última ação do episódio é o ataque de Jonathan ao Instituto de Los Angeles, deixando apenas Robert e Max vivos, para que eles passem uma mensagem a Clary: Jonathan vai destruir todos os Institutos do mundo, deixando Nova York por último, para que Clary assista e saiba que o mundo sucumbiu por sua causa. Esse “reino de terror”, matando a torto e a direito, no entanto, dura pouquíssimo e tampouco é a ação que esperávamos. Clary vai até Toronto “conversar” com o irmão, e ela diz que o ama e sempre o amará, que “ele sempre será seu menino na torre”. Então ela o abraça, cria uma nova runa, a última, ganha asas e o mata, naquele mesmo lugar, enquanto chora. Era para ser uma cena emotiva, mas faltou emoção, e pareceu apenas preguiçosa e breve. Foi simples, mas Clary resolveu todo o problema dos demais naquele momento.
“Goodbye, Jonathan”
Mas criou um maior para ela… suas runas estão desaparecendo.
Finalmente, VEMOS O CASAMENTO DE MAGNUS E ALEC, e eu sempre digo que eu tenho uma queda terrível por Matthew Daddario. E, como não podia ser diferente, ELE ESTAVA GOSTOSO E GATO DEMAIS NO CASAMENTO! A cena também é rápida, mas aqui existe emoção real, porque esses são os melhores episódios de “Shadowhunters”. Maryse já traz lágrimas nos olhos quando entra com Magnus, e é lindo como o beija e o abraça, entregando-o a seu filho, e então eles trocam seus votos. “I am and I will always be your loving husband”. Magnus e Alec se casam, se beijam, E É UM MOMENTO LINDÍSSIMO, PROVAVELMENTE O MOMENTO MAIS LINDO DE TODO O EPISÓDIO. E eu não posso deixar de comentar que, em várias ocasiões, esses dois levaram a série nas costas, então talvez eles merecessem até uma cena mais longa do que a que tiveram.
Durante a cerimônia de casamento, Clary percebe que em breve terá perdido todas suas runas, sua Visão e a memória do Mundo das Sombras, então ela começa a se despedir, e o que era para ser extremamente emocionante também parece corrido e sem tempo, o que torna a sequência rasa… Clary se despede de Simon, de Jace, e então começa a ver tudo desaparecer. Quando anda para fora do Instituto, ainda durante o casamento, ela está chorando desesperada, em dor, quando a última runa desaparece… e, ao desaparecer, Clary muda sua postura. Confusa, ela percebe o sentimento estranho dentro de si, percebe que está chorando, mas não sabe o porquê, e não vê mais o Instituto atrás dela. Então ela vai embora, para viver uma vida de mundana, e deixa para trás uma carta a Jace, explicando tudo o que aconteceu. Agora, ele tem que entender.
UM ANO SE PASSA desde que Clary deixou de ser uma shadowhunter, e então vemos um pouquinho de cada um dos personagens, e como suas vidas avançaram nesses 12 meses. Alec tem uma posição ainda mais importante na Clave, enquanto Izzy se tornou a Líder do Instituto de Nova York. Maia está abrindo um novo negócio. Simon está mais apaixonado que nunca, e treinando com Jace, para que também saiba lutar e se defender… na cena do treino, ele fala a Jace sobre como ele não pode seguir Clary, sobre como ele precisa deixá-la partir e seguir em frente, mas Jace não está preparado ou com vontade de fazer isso. Por fim, ele a segue uma última vez, a encontra em uma exposição de suas pinturas, sobre “sentimentos que não entende”, e então Clary o vê, embora não devesse vê-lo. A última cena a coloca de novo em contato com esse Mundo das Sombras, a faz lembrar-se vagamente do rosto dele e de seu nome…
Um recomeço.
Ainda há esperanças.

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