The Twilight Zone 1x09 – The Blue Scorpion



“Here sits Professor Jeffery Mingus Storck, a man who holds a doctorate in anthropology, but possesses little true knowledge of himself. Today, Professor Storck is surrounded by the many familiar artifacts that shaped his father's life, and the one unknown object that ended it. As a scientist, he's about to embark on his darkest research project yet. His conclusion will lie somewhere between the barrel of a gun and the outer regions of The Twilight Zone

Jeff é atormentado por uma visão aterradora quando chega na casa do pai, enquanto fala no telefone com a mulher com quem está se separando… o pai, Otis Storck, acabou de tirar a própria vida e deixou para trás apenas um bilhete bastante intrigante: “I LOVE HIM MORE THAN YOU”. O episódio, então, nos mostra um pouco mais da trama enquanto Jeff passa, provavelmente, pelas mesmas coisas que seu pai passou antes do momento em que tirou a própria vida – enquanto entendemos quem é o “ele” no bilhete do pai, aquele que ele amava mais que o filho. Não é o melhor episódio da temporada, mas tem um bom ritmo e é TENSO, enquanto levanta todo um questionamento a respeito do que acontece quando as pessoas amam mais os objetos do que as pessoas ao seu redor… é uma temática relevante e bem tratada…
Revistando a casa do pai após a sua morte, Jeff encontra, dentro de um cofre, uma caixa em formato de coração, e uma bala com o seu nome – JEFF. Assim como ele também viu uma bala com o nome do pai depois da sua morte, mas o nome se apagou eventualmente… e, a partir de então, coisas estranhas começam a acontecer, como o fato de todo mundo ao seu redor parecer se chamar Jeff. É um pouco atormentador. Mas as coisas ficam muito mais intensas quando Anne, sua ex-esposa, lhe entrega uma caixa, enviada pela polícia, com a arma que o pai usou para tirar a própria vida… uma arma antiga, com o desenho de um Escorpião Azul, e que parece valer muito dinheiro. Quando liga para algum lugar para se livrar da arma, Jeff descobre que ela é uma arma de 1952, fabricada em Cuba, e existem pessoas dispostas a darem até 50 mil dólares por ela.
Ou mais!
Mas não parece que a arma “vai se deixar vender”. Enquanto fala no telefone com Bob Jeff (!), Jeff é alarmado pelo disparo sozinho da arma – e parece que a pesquisa de uma de suas orientandas, Grace, tem muito a ver com o que ele está vivendo nesse momento. Grace fala sobre a sensação de que tudo ao seu redor tem vida, e sobre a teoria de que até objetos inanimados teriam almas, e embora ela pareça maluca ao dizer isso tudo, é mais ou menos o que Jeff está começando a perceber na presença da Blue Scorpion. Então, a arma atormenta Jeff até que, como o pai, ele esteja a ponto de se matar, mas ele para no último instante, e devolve a arma para o cofre… quando ele deixa o quarto por causa da campainha, no entanto, retorna e a encontra em cima da cama, além de um cara que se apresenta como Eulogio Cienfuegos… o fabricante da arma?
“The Blue Scorpion loves you more than anyone”
ENTÃO A ARMA ERA O “HIM” DO BILHETE DO PAI! Um pouco assustado, Jeff resolve se livrar da arma, e a leva para vendê-la, mas antes quer atirar com ela uma única vez, para destruir a bala com seu nome – é aqui que vemos que, embora ele veja “JEFF” gravado na bala, a mulher não vê nada. O homem da loja, no entanto, que naturalmente também se chama Jeff, deve ter visto o nome. Quando Jeff tem a Blue Scorpion na mão para atirar com ela pela primeira vez, as coisas meio que saem de controle, e algo toma conta dele. Ele se prepara, ele fica tenso, e então ele atira, e enquanto atira, uma e outra vez, ele começa a brincar, a se divertir, e a gostar daquilo, o que deixa tudo bastante DOENTIO. Mas ele não consegue destruir a bala com seu nome. Todas as outras que colocou são usadas, menos a que tinha o seu nome. Mas ele acha que a arma nunca o machucaria.
Jeff a leva consigo, a coloca carinhosamente numa gaveta do seu escritório, com uma lanterna, porque “a Blue Scorpion tem medo do escuro”, e então percebemos que, cada vez mais, ele está perdendo o juízo. Na audiência do divórcio, ele a leva consigo na mochila, e parece disposto a usá-la para acabar com outro Jeff, o novo namorado de sua ex-esposa, e ali ELE ESTÁ MAIS DESCONTROLADO QUE NUNCA. Perigoso, ele reage às exigências da mulher nas negociações, e no fim fica louco, diz que ela pode ter tudo o que quiser e enfiar no c*, menos a sua Blue Scorpion. Então, ele diz em voz alta aquilo que o pai lhe disse no bilhete de suicídio: “I love him more than I ever loved you”. Doente, obcecado, possuído. Dali em diante, não se pode mais esperar que algo bom venha de Jeff… ele está determinado a matar o outro Jeff, e espera seu momento, do lado de fora da casa da ex-esposa.
Ali, as coisas MUDAM. Um cara tenta assaltá-lo, e então temos uma sequência de tensão em que parece que Jeff morrerá com a bala que tem seu nome, mas ele consegue derrubar a arma, que cai no painel do carro, apontada para ele, e durante a briga dele com o assaltante, a arma dispara sozinha, matando o outro cara. Então já sabemos que ele também se chamava Jeff. Jeff Barrett, na verdade. Quando a polícia chega, eles colocam Jeff no chão, mas amenizam a violência quando veem que o cara morto bate com a descrição das invasões de casas que vêm ocorrendo na região, e JEFF AINDA FICA COMO HERÓI. A bala com seu nome é destruída com outro Jeff, ele consegue tudo o que queria no divórcio e a gratidão da ex-mulher (o que não faz sentido), além de um cargo importante na Universidade… quando a polícia lhe devolve a Blue Scorpion, ele se livra dela de uma vez por todas, a jogando em um rio, onde dois meninos, indo brincar, a encontram.

“Human beings have a funny way of treating things like people. But today, they'll learn that as long as objects are valued more than lives... tragedy will forever be manufactured here in The Twilight Zone

E todo o ciclo recomeça.
Com KYLE, dessa vez.

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