MIB: Homens de Preto – Internacional (Men in Black: International, 2019)
“The
world’s not going to save itself”
A pergunta
que não quer calar depois de assistir a “MIB:
Internacional”: ONDE EU CONSIGO UM PAWNY PARA MIM?! Os “Homens de Preto”
estão de volta – da última vez que os vimos, em 2012, eles estavam com
tecnologia que permitia a viagem no tempo (e eu, naturalmente, adorei!).
Inicialmente, é estranho pensar em um “MIB”
sem Will Smith como protagonista, mas Chris Hemsworth e Tessa Thompson estavam
incríveis em seus papéis e, por se tratar de uma organização que impede ameaças alienígenas de atacarem a Terra, era
fácil de colocar novos agentes em
evidência, ainda mais agora, que o filme se expande além do território
americano… no início do filme, uma sequência ou outra (especialmente de Molly
criança com o alienigenazinho) me fez pensar em “Animais Fantásticos e Onde Habitam”, e é inevitável não pensar em “Doctor Who”.
Afinal de contas,
estamos falando sobre humanos e alienígenas convivendo pacificamente, enquanto
outros aliens causam problemas, e eu pensei particularmente na interação do
Doctor de David Tennant com os Judoons. De todo modo, eu achei interessante
como o filme se mantém no mesmo universo, mas ele é independente da trilogia
clássica, e como o modo de fazer comédia e de fazer “MIB” mudou. Particularmente, eu achava os dois primeiros (de 1997
e 2002) bastante nojentos, e eles
talvez tivessem um humor mais pastelão, algo que já foi parcialmente revisado
para o terceiro filme, em 2012. A quarta entrada na franquia “Homens de Preto” traz uma mulher como
uma das protagonistas (e ela é uma personagem incrível!) e uma trama
interessante com direito até a espionagem
e traição dentro da própria
organização, na sede de Londres.
O filme
começa nos apresentando o Agente H, em uma missão de 2016 na qual ele
supostamente derrotou a Colmeia, uma
perigosa ameaça alienígena. Depois, o filme nos leva 20 anos no passado para
nos apresentar Molly Wright, ainda criança, no momento que definiu toda a sua vida futura. Seus pais presenciaram uma invasão
alienígena e, como é de costume, os Homens de Preto os neutralizaram, mas foram
embora sem ir atrás de Molly, porque
presumiram que ela estivesse dormindo… nos 20 anos seguintes, Molly fez de
TUDO para encontrar os misteriosos “Homens de Preto”, sabendo que havia alienígenas entre eles, mas
ninguém parecia acreditar nessas histórias. Eu gostei MUITO da apresentação de
Molly, e de como ela é uma mulher inteligente e determinada, que descobriu tudo
o que pôde dos MIB sozinha.
Molly acaba
esbarrando em uma operação toda e tenta invadir a sede dos Homens de Preto, mas
é imediatamente descoberta… mas a sua inteligência e o fato de não trabalhar para ninguém e, mesmo
assim, ter conseguido chegar até eles faz com que ela cause certa impressão na Agente O, que resolve lhe dar uma chance – assim, ela é mandada
como “Agente M” para a base dos MIB em Londres, onde ela conhece o gostoso
Agente H (“H” de “Hemsworth” ou de “HOT” mesmo?), e rapidamente se coloca em
uma nova missão… parece ser um dom. Com o Agente H, então, ela vai para um
clube noturno (amei a entrada, no melhor estilo “Três Espiãs Demais”) onde tem que proteger Vorpo, mas o alienígena
acaba morrendo durante o ataque de uns gêmeos perigosos, e deixa com ela um
estranho objeto, pedindo que ela o proteja… ele
não o deixa com H porque “ele mudou”.
E ainda não
sabemos o que isso significa.
A Agente M
acaba, então, cantando uma bola que se mostra muito mais importante do que ela inicialmente previra: ela fala que
se Vorpo foi atacado, então é porque existe
um espião dentro dos Homens de Preto – afinal de contas, poucos sabiam de
sua localização. Assim, M e H são colocados no caso para descobrir o tal traidor,
e acabam em Marrakech, onde conhecemos O MELHOR PERSONAGEM DESSE FILME: PAWNY.
Pawny é a coisinha mais fofa,
praticamente um POP Funko andante, e com a morte de sua rainha, ele jura
lealdade a M… mas tudo nele é absolutamente encantador. Seu modo de falar, seus
comentários, suas piadas, seu sarcasmo, suas expressões… e sua lealdade. Ele é
muito fofo, muito querido e extremamente importante, tanto para o clima do
filme como para o clímax, quando a vida da Agente M é colocada em perigo e ele
cumpre a promessa que fizera mais cedo, de protegê-la.
A ação do
filme nos leva por uma interessante perseguição de “moto” e uma queda no meio
do deserto, onde M descobre que o objeto entregue a ela por Vorpo (o objeto que
os gêmeos do mal estão tentando roubar) é, na verdade, uma poderosíssima arma
que, regulada na menor força, é capaz
de abrir um cânion no deserto… imagina o
que ela pode fazer em sua força máxima? Logo depois de eles descobrirem o
poder da arma de Vorpo (e de Pawny servir de mensageiro entre H e M, que estão
meio que “de cada virada” um pro outro), no entanto, a arma é roubada e levada
para Riza Stravos, uma criminosa que também já teve um caso com o Agente H no
passado… então, ele vai ter que visitar a
ex, com todo um teatrinho de “oferta de paz”, numa tentativa desesperada de
roubar a arma de volta antes que ela caia em mãos erradas.
AMEI TODA A
SEQUÊNCIA! Pawny estava MARAVILHOSO tentando se fingir de um bichinho de
estimação qualquer (“Miau, miau. Au, au.
Etc., etc.”), Chris Hemsworth estava GATO DEMAIS com aquela calça rosa e
camisa branca (sem contar que teve aquele momento em que ele pega um martelo do
chão, no melhor estilo “Thor”, e
ainda comenta: “Acho que o jogo virou”;
uma referência de respeito, o Capitão América estaria orgulhoso), Riza foi
inteligente para saber que tudo era uma
grande armação, e Molly é essencial para toda a resolução, quando
descobrimos que o “segurança” de Riza é, na verdade, aquele mesmo alienígena
que Molly, quando criança, ajudou a escapar… então, ele fica do lado de Molly, e permite que ela e H (que
descobrimos se chamar “Henry”) escapem e levem com eles a arma. Os gêmeos
são mortos pelo Agente T, e parece que tudo acabou bem.
Fim.
Não?
Mas toda a
trama de TRAIÇÃO nos Homens de Preto volta à tona, e há uma trama final a ser
desenvolvida, e eu gostei MUITO de como isso
aconteceu. De volta a Paris, onde o filme começou, Molly pergunta a Henry exatamente como ele derrotou a Colmeia
há 3 anos, e então ela percebe que ele
não se lembra de verdade – ele foi neutralizado, e só se lembra do que foi
colocado em sua mente durante a neutralização. Então, ele não derrotou mesmo a Colmeia, e o Agente T não é mais
realmente o Agente T: ele é o espião dentro da MIB. Assim, ele se
transforma em um alienígena no melhor estilo “Alien” e o final do filme tem alguns momentos muito bacanas, como
o Pawny salvando a vida de M no buraco de minhoca, o H tendo um momento com o
verdadeiro T, ainda alcançável em algum lugar no meio do alienígena, e M sendo uma agente badass derrotando o vilão e a
possível infestação na Terra.
Com o sucesso
nessa missão, as coisas começam a mudar para todos. Agente H sobe ao maior
cargo da organização em Londres, com a ausência de High T, e Molly é
incorporada oficialmente à organização, como Agente M, mas ela voltará para os
Estados Unidos, com a Agente O, o que quer dizer que ela e H não trabalharão
mais juntos… mas ela deixa Pawny para trás, como um presente a H, porque,
supostamente, “suas chances de sobreviver sem ela são zero”. O filme não é nenhuma grande obra-prima, não vai marcar gerações, mas tem
carisma, tem química entre os atores principais, e tem aquela diversão gostosa
e meio despojada de “MIB: Homens de
Preto”. Antes de terminarmos, H e M ainda saem voando num dos carros
supermodernos da organização, e eu devo dizer que aqueles últimos segundos são
uma referência a “De Volta Para o Futuro”,
não? É muito parecido com o DeLorean
levantando voo no fim do primeiro!
De todo modo,
se fosse no filme da viagem no tempo, eu não teria dúvidas!
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