Sítio do Picapau Amarelo (2002) – Bruxa Mãe, Bruxa Filha: Parte 3



Derrotando a Bruxa Má do Oeste
CHEGOU A HORA DE LUA CHEIA ENFRENTAR A MÃE. “Bruxa Mãe, Bruxa Filha”, a última história de bruxas da segunda temporada do “Sítio do Picapau Amarelo”, conta a história de Lua Cheia, uma bruxinha boa que fugiu de sua mãe porque “não quer ser má”, e isso é uma decepção para Morgana, uma bruxa ruim que já fora presidenta do Sindicato das Bruxas, Monstros e Outras Criaturas Pavorosas. Agora, achando que a filha foi “capturada” pelo pessoal do Sítio do Picapau Amarelo, Morgana está disposta a atacar o lugar, e Lua Cheia escapa também do Sítio, porque embora não queira que a mãe faça mais maldades, ela tampouco tem a coragem de enfrentá-la – afinal de contas, ainda é sua mãe. Mas quando o “reino de terror” da Morgana começa a ficar sério demais e ela ataca a Dona Benta e a Tia Nastácia, por exemplo, ela tem que fazer algo.
Emília e Peninha acham que uma flecha do Cupido, que a bonequinha tem guardada em sua canastrinha, pode ser a solução dos problemas de todos – enquanto isso, a bruxa está atacando o Coronel Teodorico em sua “forma de monstro”, e lançando mais feitiços, como um que transforma a Tia Nastácia em uma criança, sem qualquer das memórias de ser a Tia Nastácia do Sítio do Picapau Amarelo… então, no meio de toda a confusão (essa história é cheia de “confusões”), Emília lança a flecha do Cupido, mas, ao invés de acertar a Morgana, acaba acertando o Coronel Teodorico… e ele fica todo caidinho pela bruxa roqueira. Enquanto ele a persegue, tentando abraçá-la e beijá-la (“Socorro, tira esse louco daqui!”), as crianças têm a chance de fugir enquanto pensam em outro plano para derrotar a bruxa… e Dona Benta, assistindo a tudo, fica MORRENDO DE CIÚMES do Teodorico!
A única coisa que lhes resta fazer agora que nada do que tentaram deu certo (alho, luz, flecha do amor) é pedir a ajuda de Lua Cheia: Peninha diz à garota que a bruxa encolheu a Dona Benta, transformou a Tia Nastácia em criança, e ela precisa fazer alguma coisa. Segundo a Emília, toda bruxa tem um “ponto fraco”, e Lua Cheia deve saber qual é o de sua mãe – então, ela tenta confiscar sua vassoura mágica para convencê-la a compartilhar o segredo de Morgana, mas o Tio Barnabé acaba fazendo isso de uma forma muito mais sábia e correta: faz Lua Cheia perceber que ela não pode negar ajuda a uma senhora tão boa como a Dona Benta, especialmente depois de ela tê-la acolhido quando ela não tinha para onde ir, ao fugir de casa… embora a Dona Benta nunca tenha sabido que ela estava ali no Sítio. Mas o mesmo vale para as crianças: as crianças a acolheram.
Agora, ela precisa ajudá-los!
Por isso, Lua Cheia acaba aparecendo, enfim, para a mãe, que fica emocionada e feliz ao reencontrá-la – “Oh, minha filha! Você veio me ajudar a acabar com esses vermes inúteis, não foi, minha filha?” Mas Lua Cheia não mudou, e diz que NÃO ESTÁ ALI PARA ISSO. Morgana tenta convencê-la de que ela é má, mas Lua Cheia diz que não é ruim, e não adianta a mãe gritar ou cuspir fogo, porque ela não é como ela. Então, Morgana parte para um lado bem materno de fazer drama, chamá-la de ingrata e acusá-la de “cravar uma faca em seu coração”, com direito a “Onde foi que eu errei? Ai de mim!” e tudo. Mais uma vez, ela diz a Lua Cheia que ela é uma vergonha para ela, mas então acaba se distraindo quando descobre a Cuca e o Pesadelo bisbilhotando, porque a jacaroa pretende tomar o Sítio do Picapau Amarelo, traindo a própria Morgana.
Então, Morgana dá a Lua Cheia a “honra” de se livrar deles, entregando-lhe sua varinha de condão, mas mais uma vez a garota se recusa a fazer maldade… como castigo pelo desgosto e anos de desobediência, Morgana diz que Lua Cheia vai se casar, e começa a caçar um noivo que seja horrível o suficiente – os candidatos são o próprio telespectador, quando Morgana conversa com a câmera, um vaso de flor, um piano, a própria Cuca e, por fim, ela acaba decidindo que o noivo deve ser o feioso do Pesadelo. Mesmo que Lua Cheia diga que não vai se casar, a Bruxa não lhe dá opção, e a coloca vestida de noiva, num casamento EXTREMAMENTE BIZARRO. O pessoal do Sítio está sentado como espectador, enquanto o Saci toca o violino e a Cuca toca o piano. QUE COISA MARAVILHOSA QUE É A CUCA TOCANDO O PIANO. Então, Lua Cheia entra com o noivo.
O casamento tem até o clássico “Se alguém tiver alguma coisa contra esse casamento, que fale agora ou se cale para sempre”, e a Narizinho se levanta para tentar impedir a cerimônia, dizendo que “o noivo é um monstro”, mas Morgana a manda “deixar os elogios e os cumprimentos para depois”. Então, ela segue o casamento, perguntando se Pesadelo aceita se casar, na pobreza, na tristeza, na doença… e só. E Pesadelo aceita, apenas para não ser transformado em sapo pela vingativa Morgana. Quando Lua Cheia precisa responder, no entanto, ela diz que “não”, e a mãe parece nem a escutar, declarando os dois marido e mulher de qualquer maneira… não fosse pela Emília e os seus planos mais malucos, esse casamento teria mesmo acontecido! Mas Emília entra carregando uma porquinha e diz que O NOIVO JÁ É CASADO COM AQUELA PORCA.
SENSACIONAL.
Depois disso tudo, Lua Cheia se cansa de ver a mãe fazendo maldades, e diz que não vai mais permitir que isso se prolongue. Então, com um feitiço poderoso, ela faz o dia clarear, com direito a arco-íris e tudo – ao ver Morgana desesperada com o arco-íris, por medo de chuva, Emília se dá conta de que o “ponto fraco” que estavam tentando descobrir da bruxa é a ÁGUA, e num lance bem Bruxa Má do Oeste, Pedrinho e Peninha jogam um balde de água sobre ela, mas ao invés de ela derreter, como em “O Mágico de Oz”, ela acaba ficando congelada. Com a bruxa congelada, suas maldades chegam ao fim, Dona Benta e Tia Nastácia voltam ao normal, mas Lua Cheia ainda está triste, porque não queria que a mãe ficasse assim – só queria que ela deixasse de ser má. Dona Benta diz que ela gosta tanto de sua mãe que vai conseguir o que quer…
Ela só precisa dar amor à mãe para derreter o gelo do seu coração.
E como num passe de mágica (!), Lua Cheia consegue derreter o gelo do coração de sua mãe com o amor. Quando é descongelada, Morgana fala de modo diferente, se comporta diferente, e até pede um abraço para a filha… Emília diz que “isso não é conversa de bruxa”, e então todos “fazem-de-conta” que Morgana é uma fada – E ELA VIRA UMA FADA! Com o amor vencendo o mal, mãe e filha vão embora, para a Terra do Nunca, onde podem recomeçar sua história… e, talvez um dia, o pessoal do Sítio pode ir visitá-las! Com tudo resolvido, também é a vez do Peninha se despedir do pessoal do Sítio do Picapau Amarelo, e como ele não gosta de despedidas e não quer que eles o vejam chorando, ele diz que vai embora da mesma maneira como chegou: invisível. Então, ele parte, deixando para trás apenas a peninha que usava no boné, como recordação.
E, assim, uma nova história se inicia no “Sítio do Picapau Amarelo”, encerrando oficialmente as tramas de bruxas da temporada – quando o Zé Carijó vai até o ribeirão para pescar, porque “está morrendo de fome”, ele acaba pescando, ao invés de um peixe, uma garrafa com um mapa de um tesouro dentro dela. Mas, enquanto ele olha para o mapa e tenta entendê-lo, um peixe o ataca e rouba seu mapa. Enquanto isso, dois piratas brasileiros estão em um pequeno barco no rio, animados com a possibilidade de encontrarem um tesouro, mas Long John Silver fica furioso ao descobrir que Billy Osso o jogou na água quando “fez uma limpeza” no barco ou qualquer coisa assim… e é assim que o caminho desses dois piratas se cruza com o do Zé Carijó, os três em busca de uma mesma garrafa com um mesmo mapa, saindo de um mesmo rio para o Sítio do Picapau Amarelo…

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