The Promised Neverland 1x08 – 021145
“Eu não precisava mais dela, por isso a eliminei”
O EPISÓDIO
MAIS INTENSO DESDE A ESTREIA! “The
Promised Neverland” entra na reta final da primeira temporada (já!), e a
trama pega uns caminhos sombrios que nos angustiam, nos perturbam e nos
instigam para saber o que essas crianças
podem fazer para escapar. Era para o dia da grande fuga estar se aproximando, mas ela nunca pareceu tão distante quanto nesse momento, e o
episódio é essencial para entendermos um pouco mais sobre a Irmã Krone
(enquanto Isabella arma para ela e a entrega para a Vovó e para um demônio
devorador de carne humana), ao mesmo tempo que serve para conhecermos a Mamãe e
a sua psique perturbada, em toda aquela sequência final repleta de suspense, de
horror e de uma frieza sem tamanho… é perturbado e doentio, e “The Promised Neverland” não tem medo da
história que está contando.
Começamos
onde o episódio passado nos deixou: quando Isabella entrega à Irmã Krone um
recado da “Matriz” – “Número 18684, Irmã
Krone. Estamos alocando você no cargo de Mamãe da Fábrica 4”. A Irmã Krone
fica surpresa e feliz com a notícia, enquanto Isabella diz que “recomenda o seu
trabalho há algum tempo e por isso a escolheram quando abriu uma vaga em outra
Fazenda”, mas Krone não deixa que a sua alegria anuvie seu entendimento da
situação, e ela percebe que Isabella está insistindo em mandá-la embora, em
“arrumar as malas e sair o mais rápido possível”: Isabella quer se livrar dela, e ela não vai deixar. Alguma coisa a
Irmã Krone encontrou e ela acha que isso pode ajudar a derrubar a Isabella, e
estamos CURIOSÍSSIMOS para saber que segredo é esse da “Mamãe”. Mesmo notando
que tudo é muito estranho, a Irmã
Krone aceita a decisão.
E parte.
As crianças,
enquanto isso, se perguntam onde ela está, a procuram, sentem sua falta,
enquanto ela passa pelo portão, e conhecemos a Vovó… a Irmã Krone, então, cai
que nem um pato em toda a armação de Isabella. Ela entrega à Vovó o “recado”
que encontrou, e também conta que os gabaritadores
já sabem do segredo e estão planejando fugir, mas a Vovó já parece saber disso
e, portanto, não lhe dá atenção… ela diz que, se eles estão sob controle, está
tudo bem. Temos até um breve flashback
de como as coisas eram “no tempo dela”, quando ela foi uma Mamãe, e a vemos
chamar de volta uma menina que estava lá
em cima do muro, pronta para escapar… e a Vovó ainda completa: “Não vejo com bons olhos sua tentativa de
prejudicar Isabella, Irmã Krone”. Aparentemente, Isabella é muito importante, e Krone não estaria
preparada para assumir seu lugar.
“Tifari”.
Quando a Irmã
Krone enfim percebe que ela foi
enganada e que não existe vaga nenhuma na Fábrica 4 para que ela se torne
Mamãe, já é tarde demais. Ela ri de sua estupidez, mas não tem tempo de fazer
nada. O portão se fecha antes que ela possa retornar, e então um demônio
aparece para devorá-la… e a edição das cenas foi DE ARREPIAR, certamente.
Enquanto acompanhamos com tensão um suspense infinito do demônio se aproximando
da Irmã Krone, também vemos, em paralelo, as crianças na Casa, “agradecendo
pela comida”, e uma série de flashes
que nos levam de volta à vida de Krone, de uma criança que não foi entregue aos demônios, à mulher que, agora, sonha em ser
Mamãe – um sonho que jamais se
concretizará. A vemos criança, recebendo a boneca que sempre a acompanha, o dia
em que foi levada perante um demônio, sua escolha…
Então, quando
recebeu a escolha de ser devorada ou ceder ao sistema e se tornar uma Mamãe, e
ela escolhe continuar viva, vemos o
que veio depois disso. A implantação do chip que controla a sua vida, os
treinamentos ao lado das outras futuras Mamães (e são tantas que pensamos na quantidade de “Fazendas” que existem por
aí), que inclui estudar, aprender a bordar e a lutar… por fim, a cena ficou
tanto macabra quanto melancólica, e a Vovó assiste com um sorriso perverso no
rosto. A Irmã Krone até tenta correr, mas ela cai, rasteja até o portão, e não
adianta. Já era para ela. O demônio a
pega na mão e, com a outra, espeta uma flor branca em seu coração… enquanto ela
morre e vemos a vida desaparecer de seu rosto agora pálido, a flor ganha vida,
em um vermelho vivo, de todo o sangue que suga do corpo da Irmã Krone. E é pesado.
Sua última
mensagem é para as crianças, que não a escutam:
“É melhor vocês escaparem, pirralhos… vocês são bons
de pega-pega, não são? Fujam… fujam mesmo… sobrevivam. E destruam de vez este
mundo desgraçado!”
É
surpreendente como a morte de Krone me
entristeceu.
Não estava
esperando por isso.
Depois da
morte da Irmã Krone, que tomou a primeira metade do episódio, voltamos para as
crianças, que estão perto de sua fuga, e precisam colocar um plano em ação:
Emma e Norman escalarão o muro pela primeira vez, para estudar os arredores, e
Ray está responsável por distrair a Mamãe, enquanto Don e Gilda ficam do lado
de fora de uma janela, de onde Ray sinalizará para eles caso não consiga
distrair Isabella, e então eles terão tempo de correr até Emma e Norman, e
cancelar o plano imediatamente. Mas tudo
acaba dando errado. Quando Ray vai falar com a “Mamãe”, ela fala sobre como
“eliminou a Irmã Krone”, e é evidente como aquilo tudo é um aviso a Ray, uma
ameaça: “Eu não precisava mais dela, por
isso a eliminei”, ela diz. Depois disso, ela encerra o acordo com ele e diz
que ele foi útil, por isso o manteve ao seu lado, mesmo que ele fosse “um
traidor mentiroso”.
COMO EU TEMI
PELA VIDA DE RAY!
Agora,
Isabella diz que vai controlar as crianças pessoalmente,
e então tranca Ray em um quarto e vai em busca de Emma e Norman, que ela sabe
que devem estar próximos ao muro, por causa do radar que sempre carrega
consigo… e Ray não tem meio de avisar Don e Gilda, porque ele está trancado.
Quando a Mamãe sai da casa e Don e Gilda a veem, já é tarde demais para eles
fazerem alguma coisa… a única coisa que Don faz é ir atrás de Ray, e arrebenta
a porta do lado de fora; depois, ele corre atrás da Mamãe: eles precisam dar um
jeito de detê-la a qualquer custo, porque se Emma e Norman não puderem estudar
os arredores, eles não terão chance nenhuma. MAS, INFELIZMENTE, ELES NÃO
CONSEGUEM DETER ISABELLA. Então, Emma e Norman não têm chance alguma de escalar
o muro, e tentam se fingir de inocentes, porque não foram pegos no flagra.
Mas não
adianta.
“Dez anos vivemos juntos, mas é a primeira
vez que converso com vocês sem ter que atuar”, a Mamãe diz ao encontrá-los,
e podemos notar O QUANTO ELA É PERVERSA. Tudo é muito perigoso e nos enche de
agonia, mas ela pede que eles deixem de fingir que “são crianças boas e
obedientes”, porque todos já sabem da verdade: “Aqui, estão apenas a cuidadora e as crianças de gado”. É com tanta
FRIEZA que ela diz isso, e esse foi o episódio essencial para que entendêssemos
como tudo funciona, como Isabella é perturbada, e é angustiante como ela diz
coisas horríveis e como parece acreditar numas atrocidades e absurdos que diz…
e me incomoda que ela diga isso tudo num tom de voz leve e calmo, um sorriso no
rosto, porque isso intensifica significativamente todo o horror do que está
dizendo… toda a sequência me causou
alguns calafrios!
“Mas não me entendam mal. Eu amo todos vocês. Admiro
todos vocês, com sinceridade. […] Amo vocês e não quero que sofram. Não quero
que todos vocês sofram. A vida aqui é feliz, não é? Uma casa aconchegante cheia
de amor e comida deliciosa. Onde crianças podem morrer satisfeitas, sem sequer
conhecer a fome, o frio ou a verdade. O que há de infeliz nisso tudo?”
Tipo? TUDO!
A Mamãe tenta
convencê-los a desistir do plano… diz que é impossível fugir, e que o lado de
fora é perigoso – ela estende a mão e os convida a voltar e “viver uma vida
repleta de felicidade” (?), mas Emma e Norman não aceitam qualquer sugestão
dessas… eles já sabem de tudo, por isso não vão se calar, não vão mais se
esconder. ELES VÃO LUTAR. Mas talvez eles
não tenham chance nenhuma contra Isabella. Como vimos, na primeira parte do
episódio, todos as futuras Mamães passam por um intensivo treinamento que envolve
combate, e então embora eles tentem vencê-la, eles não conseguem… e Isabella
joga baixíssimo quando QUEBRA A PERNA DE EMMA para que ela não possa mais
fugir… a cena da perna quebrada, a dor de Emma, a angústia disso tudo e, pior,
a Mamãe fazendo carinho nela e dizendo que “tudo vai ficar bem”. Doente demais.
Isabella
ainda diz a Emma (e eu acho que isso é o que mais nos incomoda) que ela
“avisou” que ela desistisse, mas diz que fazia tempo que ela não a abraçava, e
ela está feliz. COMO ELA PODE ESTAR FELIZ POR TER QUEBRADO A PERNA DA GAROTA DE
11 ANOS E AGORA ELA A ESTAR “ABRAÇANDO”? Isso tudo demonstra o quanto a “Mamãe”
já perdeu seus traços de humanidade, sua compaixão, e qualquer decência… é
apavorante. Olhando para Norman, ela pergunta se ele também entendeu a mensagem. Resumidamente, eles estão presos e
não há mais o que possam fazer… por fim, Isabella conta que “eles são as
melhores crianças que já criou”, e por isso precisa protegê-las, como “a melhor
refeição a ser comida apenas por
alguém digno”. WOW. Antes de levar Emma de volta para a Casa, a Mamãe ainda dá
uma notícia a Norman:
Sua remessa foi agendada.
Ele é o
próximo.
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