The Promised Neverland 1x09 – 031145

“Não vamos permitir que você morra”

CARAMBA, EU NÃO AGUENTO MAIS SOFRER AO LADO DESSAS CRIANÇAS! Que episódio pesado, que episódio triste, e que final mais sem esperanças… sinceramente, não sei mais o que podemos fazer. Esse episódio foi intenso, melancólico, e teve um pouquinho de tudo. Depois de quebrar a perna de Emma na floresta para impedir a fuga próxima, a “Mamãe” anunciou que o “envio” de Norman tinha sido agendado, e para o dia seguinte. E NÓS AMAMOS TANTO O NORMAN! Fiquei o episódio todo angustiado, porque queria protegê-lo a qualquer custo – assim como Ray e Emma, que não estão preparados para perder o amigo. Duas cenas foram marcantes (de forma dolorosa) nesse episódio: uma delas quando Norman está se fazendo de forte, mas chora quando vai buscar água para Emma e está sozinho; a outra, aquele final que frustra todos nossos planos.

Só me pergunto: E AGORA?!

Ainda na floresta, Norman está em choque com a informação de que será “enviado” no dia seguinte, e Ray se preocupa, também, com a perna quebrada de Emma, mas Isabella garante que “a quebrou do jeito certo” e não vai deixar cicatrizes… ISABELLA É PERVERSA. Dentro de um ou dois meses, a perna de Emma deve estar totalmente curada, “a tempo do aniversário de Ray”. Mas Ray é decidido demais, e ele não vai desistir… ele não vai deixar que Norman morra. Enquanto Gilda e Don se lamentam, perguntando-se o que farão em seguida, Ray, sem paciência, diz que a perna de Emma vai sarar e que a corda “é só fazer outra” – o importante, agora, É SALVAR A VIDA DE NORMAN. E eu quase chorei junto com Norman quando ele finalmente se vê sozinho e toda a pose de forte e calmo, que é a fortaleza das crianças, se desfaz…

E ele chora.

Quando volta para o quarto, antes de abrir a porta de Emma, ele respira fundo, coloca de novo seu sorriso sereno no rosto e entra com o tom de voz leve, e eu admiro muito isso nele, embora me faça sofrer demais. Mas ele encontra Ray lá dentro com Emma, e eles já chegaram a uma decisão: “Não vamos permitir que você morra”. Se ele morrer, os últimos 6 anos da vida de Ray não terão significado nada… o plano é fingir que Norman fugiu sozinho, e então ele desativa o rastreador, se esconde na floresta e fica por perto até a perna de Emma sarar, e então todos poderão fugir juntos. Norman coloca um monte de dúvidas e questionamentos sobre o plano, mas Ray está exaltado e irredutível: ele não vai deixar que Ray morra. E, além do mais, existe as “Normas de Criação”, que indicam que as crianças devem acreditar que estão em um lugar “seguro e livre”.

Portanto, não haverá um aumento tão grande na segurança.

Mas, depois de escutar tudo o que os amigos têm a dizer, Norman diz que ele não vai fugir, porque ELE NÃO VAI CORRER O RISCO DE COLOCÁ-LOS EM PERIGO. Além de correrem o risco de aumentar a segurança da Fazenda, ele também diz que, quando acreditarem que ele fugiu, a Mamãe poderá mandar Ray ou Emma em seu lugar, e ele nunca permitiria isso… Norman diz que podem tirar sua vida, mas ele não pretende entregar nada mais. É corajoso e consciente. E, por vários segundos, nos desesperamos junto com essas crianças! Então, animada, Emma levanta a mão e dá uma ideia: e se Ray quebrasse a perna? Afinal de contas, ela mesma está machucada, então não deve ser enviada no lugar de Norman, se o Ray também estiver machucado, então… animadas, as crianças conversam de quebrar a perna ou o braço e ficar doente…

Qualquer coisa é melhor que deixar que Norman morra.

Norman ainda está relutante, e é Emma quem o convence, dizendo que o plano é fugir com TODO MUNDO, e se esse “todo mundo” não inclui Norman, então ela não aceita… “Vamos viver juntos, Norman!” AI, QUANDO ELE CHORA DE EMOÇÃO, QUE LINDO! O episódio ainda traz uma conversa sobre como o Ray descobriu toda a verdade, e ele diz que “sempre soube”. Acontece que Ray é um caso raro da medicina, uma pessoa capaz de se lembrar de tantas coisas, inclusive de sua época de bebê, ou de quanto era um feto… e são apenas fragmentos, mas todos detalhados. Ele se lembra dos outros bebês na Fábrica, ele se lembra de serem separados em grupos de cinco, e se lembra da chegada à Fazenda por um túnel, para lá do Portão. Portanto, o Portão os levará ao quartel-general dos demônios e às 5 fábricas adjacentes, cheias de humanos e demônios, mas não o exterior.

A única saída é o muro na floresta.

Mas será mesmo?

Naquela noite, Mamãe conta às demais crianças sobre a “adoção” de Norman no dia seguinte, e elas reagem de formas distintas, e é de partir o coração… sofri vendo as crianças chorando, mas ao mesmo tempo dizendo uma série de “Parabéns!”, e também sofri com aqueles que diziam que iam sentir saudade, aqueles que diziam que “queriam brincar muito com ele no dia seguinte”, antes de ele ser enviado, e aqueles que pediam que ele escrevesse cartas para eles. É preciso muita frieza para não surtar naquele momento, e uma garota chama a atenção de Norman, uma garota que diz “Parabéns!”, como quase todas as outras, mas cujos olhos estão com lágrimas escorrendo sem parar… então, sem saber o que mais poderia fazer, Norman a abraça para acalmá-la, e é um dos momentos MAIS TRISTES de todo o episódio, que já foi bem triste.

No dia seguinte, então, as crianças acordam já tensas. E Norman segue o plano: corre pela floresta, pula a cerca que é o limite até onde as crianças podem ir, amarra a corda numa árvore e a usa para escalar o muro. Lá de cima, ele respira fundo, o ar puro, e não conseguimos de fato entender o que ele está sentindo… enquanto isso, Isabella dá pela falta de Norman, e todos ansiosos esperam enquanto ela olha o radar, e se assustando quando ela sorri. Ao se virar, ela diz: “Bem-vindo, Norman”, o recebendo de volta. POR ALGUM MOTIVO, ELE RETORNOU, E NINGUÉM CONSEGUE ENTENDER. Ele está sereno (mas quanto chorou antes, como quando foi buscar água?), e quando Ray o chacoalha, nervoso (“Seu desgraçado! Por que voltou?!”), ele explica que não tem intenção nenhuma de fugir e que tem algo a contar. E é o que tem do lado de lá do muro.

Um penhasco. Impossível escapar por ali.

No fim, fica só a desesperança e o desespero.

O QUE ELES AINDA PODEM FAZER?!

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