MARIMAR – “Siempre, siempre manda el amor”
Que delícia de novela! Thalía dá vida à sua
segunda Maria na “Trilogia das Marias”, dessa vez na forma de María del Mar, ou Marimar. Uma garota humilde que mora à beira da praia com os seus avós, e que
vive da pesca e de algumas verduras e ovos roubados da Fazenda Santibañez, até
que a sua vida mude completamente ao conhecer e se apaixonar por Sérgio…
definida pelas marcas e pessoas que a fizeram sofrer, Marimar é uma personagem
forte e marcante de Thalía, tornando essa uma novela surpreendente por essa
Maria, exclusivamente, retornar com um impetuoso desejo de vingança que não
pode ser detido… diferente de Maria do
Bairro, por exemplo, Marimar não
tem a vilã mais icônica das novelas mexicanas, mas nos conquista pela dualidade
formada por Marimar e Bella Aldama, ambas a mesma pessoa, de facetas muito
distintas.
Marimar
chegou ao fim em Agosto de 1994 (há exatos 25 anos), com os espectadores ansiosos para saber como é
que a personagem conseguiria superar tudo o que lhe foi posto no caminho, e
como poderia, enfim, viver o grande amor de sua vida ao lado de Sérgio
Santibañez. Depois de 150 capítulos (na versão original, apenas 74 na versão internacional,
porque os capítulos eram mais longos), a jornada da segunda Maria chegava ao
fim. No México, a audiência se preparava para assistir a “Impero de Cristal”, enquanto no Brasil, a novela foi imediatamente
sucedida por “Maria do Bairro”, a
última Maria de Thalía, tendo em vista que a novela, embora de 1994, só foi
exibida pelo SBT entre o fim de 1996 e início de 1997. No seu país de origem,
antes da estreia da última Maria, a Televisa ainda exibiu “Si Dios me quita la vida”. No nosso país, Marimar é uma das recordistas de reprises!
E nós
adoramos cada uma!
Como eu disse ao longo das postagens, acredito que
Marimar é uma história de VINGANÇA,
de certa maneira, ou de muitas maneiras.
Começamos conhecendo uma Maria ingênua e perigosamente livre, um tanto quanto
“selvagem”, marcada pela teimosia e pela impetuosidade. Tudo para ela é
intenso, assim como a paixão que sente por Sérgio Santibañez desde o momento em
que ela o salva de Nicandro, no primeiro capítulo… e então ela descobre que pode “estar sofrendo de amor à primeira vista”.
Todo mundo tenta alertá-la de que isso não é saudável, de que se apaixonar por
um homem como Sérgio, tão distante de sua realidade, não pode dar certo… mas ela cai totalmente. E ele não é
maldoso, a princípio, e pensa mesmo em ajudá-la e protegê-la, mas ele não está
casando por amor, e esse é o grande problema.
Marimar foi continuamente maltratada e humilhada.
Fosse por Sérgio que não a amava, ou acreditava que não a amava, fosse por seu
pai arrogante, ou por Angelica, a cruel madrasta que não quer ver Sérgio com
uma “imunda da praia”. As humilhações chegam ao ápice de Marimar ter a cara
enfiada na lama para retirar de lá uma pulseira, e ser mandada injustamente
para a prisão. Não bastasse esses feitos terríveis, a crueldade de Angelica não
conhece limites quando manda que Nicandro incendeie a choupana que Marimar
dividia com os avós na praia… então
Marimar, depois de uma carta falsa que dá força à sua raiva, vai embora de San
Martín de la Costa e recomeça a sua vida. Afinal de contas, ela conhece
Gustavo Aldama, que decide cuidar dela e torná-la uma moça da sociedade…
educada e elegante.
Depois ela descobre que ele é seu pai.
Assim, nasce BELLA ALDAMA.
Com Bella Aldama como a protagonista de Marimar, a novela se torna quase que inteiramente
sobre vingança. A Marimar escondida
dentro da inflexível Bella Aldama ainda ama Sérgio com todo o seu coração, mas
a carapaça amargurada a torna seca e dura, e ela se vinga, um a um, de todos
aqueles que a fizeram sofrer. E NÓS A AMAMOS POR ISSO! Afinal de contas, cada
um merecia o castigo que levou, como quando ela faz Renato implorar-lhe por
dinheiro emprestado, ou Angelica retirar as promissórias da Fazenda do meio da
lama… nada mais justo! O seu golpe
final de vingança é retornar poderosa para San Martín de la Costa, a nova dona
da Fazenda Santibañez, que ela rebatiza como Hacienda Los Abuelos, e expulsar de lá aqueles mesmos que a
expulsaram, quando ela era apenas a “imunda da praia”. Mas Marimar continua boa por dentro.
Marimar
deixa saudade por isso tudo, pela brilhante interpretação de Thalía, que
encarna tanto a faceta ingênua de Marimar quanto a frieza de Bella Aldama, que
às vezes se assemelha a outras vilãs de novelas mexicanas, como Paola Bracho, mas em uma mesma personagem. No fim, eu acho
que a mensagem era de que “Cuando manda
el corazón / Siempre, siempre manda el amor”, porque Marimar amava Sérgio
Santibañez apesar de tudo, e queria estar com ele… e eu quero acreditar que sim, eles foram felizes depois de todas as
confusões esclarecidas. O sucesso de Marimar,
que por sua vez é um remake da
venezuelana La Indomable, ganhou
versões nas Filipinas (a primeira em 2007 e a segunda em 2015), além de um remake venezuelano em 2008 e um remake feito pela própria Televisa,
intitulado “Corazón Indomable”, em
2013.
Um verdadeiro sucesso!
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