[Series Finale] Legion 3x08 – Chapter 27
“Mother,
should I build the wall?”
UM EPISÓDIO
LINDÍSSIMO E UM FIM EMOCIONANTE E BELO PARA A SÉRIE! Eu gostei demais desse episódio, do início ao fim,
e particularmente gostei muito do tom calmo
que ele teve… era o grande momento da “batalha final”, e tudo foi muito mais
intenso do que eu imaginava, mas de um movo completamente
diferente daquilo que eu esperava. “Legion”
nos conduziu, então, por um momento muito introspectivo de pura emoção, repleto
de esperança, mas com um tom melancólico que não sei bem explicar… e aquela
introdução, que falava sobre como “esse era o final, e o começo, e o final” realmente faz muito sentido quando o
episódio chega ao fim e percebemos o quanto aquele
momento era realmente o fim e o começo… sem contar que dá o pontapé inicial
para todo o legado futuro, tudo o que conhecemos como “X-Men”.
Percebi que o
episódio seria emocionante desde o princípio, quando vemos a trajetória de
David, de um bebê a uma criança, um adolescente e, depois, o adulto que
acompanhamos desde a primeira temporada… e
as cenas nos levam de volta, brevemente, a vários momentos que acompanhamos em
“Legion”. Tem um tom de nostalgia já. Agora, David é quem fala sobre as
“Lições da Viagem no Tempo”, com o Capítulo Zero, que fala algo sobre como o que fomos não dita, necessariamente, o que
seremos. “Because if we don’t believe in change, then we
don’t believe in time”. SENSACIONAL. Com a Switch passando mal, prestes a sucumbir,
novamente David diz que “isso vai acabar em breve”, porque “ele vai consertar
tudo”, e então ele e o pai se apresentam para a batalha final, diferente do que
esperavam, porque agora temos dois
Farouks no passado.
“This is…”
“…my Farouk”
A “batalha
final” será dividida em duas partes: uma do David contra o Farouk do passado, e
outra de Charles contra o Farouk do futuro… enquanto isso, os demônios do tempo
atacam a casa do Bebê David, que continua protegido não apenas pela mãe, mas
por Syd, Kerry e Cary… e eu AMEI a edição do tempo falhando, a maneira como as
cenas vão e vem… de arrepiar. O mundo
está acabando, os demônios estão chegando, e todos lutam bravamente contra essa
destruição, enquanto Gabrielle, a mãe de David, chega à conclusão de que “eles
são deuses”, embora não sejam… mas Syd não sabe por quanto tempo mais poderá
segurar, por isso mentalmente pede que, seja lá o que David está fazendo, que
ele faça depressa… mas enfrentar Farouk não vai ser fácil… e não poderia ser fácil. As cenas da batalha de Farouk e David são
ÓTIMAS.
Até porque
não é Farouk vs David, mas Farouk vs Legion. Temos vários Davids atacando
Farouk, chamando-o de “monstro”, e Farouk detém um após o outro, até que todos
eles apareçam juntos e, naquele momento, parece que David tem a vantagem…
realmente parece que ele vai poder destruir Farouk de uma vez por todas… mesmo
contra Legion, no entanto, Farouk acaba vencendo, e David é confinado a uma
camisa de força, em um lugar isolado, onde Farouk diz que ele perdeu porque ele é um bebê, frágil e assustado: “A baby
who is unloved and knows he is unloved”. Então, David começa a dizer que “é
uma boa pessoa e merece ser amado”, como já foi dito várias vezes na série, e
isso nos leva ao EMOCIONANTÍSSIMO momento musical em que David e a mãe cantam “Mother”, do Pink Floyd. AQUILO NÃO
PODERIA TER SIDO MAIS PERFEITO.
QUE CENA DE
ARREPIAR!
Escolha
perfeita de música, a interpretação foi pungente, emocionante, a edição é
linda, com um quê clássico, me fez pensar muito em “Across the Universe”, especialmente “Happiness is a Warm Gun”. Com tantas cenas musicais lindíssimas ao
longo de “Legion”, precisávamos de
uma nesse nível para encerrar a série… me arrepiou! Amei como, no fim da
música, temos os “outros” Davids surtando e extravasando ao fundo, enquanto
vemos Kerry lutar contra os demônios do tempo, e é ali, talvez, que o tempo
começa a mudar de fato… porque, naquele momento, a mãe conversa com o Bebê
David… ali, a mãe promete que ela vai
cuidar dele, que estará lá com ele. E com a força da mãe e com essa promessa,
David consegue “revidar”. O jogo vira, ele subjuga Farouk, e anuncia: “Time to die”. E, ali, nós sabemos que
ele é capaz de matar o Farouk.
Enquanto
isso, acompanhamos Switch. Mais fraca do que nunca, ela perde todos os seus
dentes, volta para o corredor do tempo, onde ela é recebida pelos demônios, e
então ela se rende… diz que “é hora de
dormir”. Depois de morrer, então, o pai aparece para dizer que ela entendeu
o tempo agora: um oceano, não rio, portanto mais forte do que qualquer um pode
controlar… agora, Switch desperta não mais uma humana, mas um ser
quadridimensional “com dentes de sabedoria”, e essa é uma das melhores coisas
desse episódio: a identidade final de
Switch. Não apenas uma humana, não “ninguém”, como David chegou a nomeá-la,
mas o PRÓPRIO TEMPO. Ou qualquer coisa assim… ela está pronta para ir adiante,
para conhecer a existência por completo, mas antes de ir embora, ela quer fazer
uma última coisa… e ela vai até Syd.
Paralelo a
isso, David está prestes a vencer sua luta física contra Farouk, o matando
sufocado com as próprias mãos, enquanto Charles Xavier conversa com o outro Farouk, e o monstro fala
sobre como ama o garoto, depois de
passar 32 anos em sua mente e ver e pensar tudo o que David viu e pensou. Ele
diz a Charles, então, que “mudou”, e que não está ali para derrotar o David,
mas para ajudar na sua jornada… Charles, então, lhe faz uma “proposta”, um acordo
para que ele não precise morrer, e quando David está quase matando sua versão
do Farouk, Charles aparece pedindo que ele pare, e o tira de lá. Afinal de contas, “The war is not the answer, it is the
problem”. Ele não quer barbaridade, ele não quer que seu filho faça isso, e conta a David que
fez um acordo, que eles respeitarão o
direito de existir de Farouk, e Farouk respeitará o deles…
Naturalmente,
David acha isso estranho, não está totalmente inclinado a aceitar, mas Charles diz que, dessa vez, as coisas
serão diferentes… dessa vez, ele está ali por ele, e não o abandonará: “Let me be your father”. A CENA EM QUE
CHARLES ABRAÇA O DAVID É MUITO MUITO MUITO BONITA E EMOCIONANTE! Enquanto isso,
o Farouk do futuro conversa com o perverso Farouk do passado e, com os óculos
que sempre carrega consigo, mostra a ele toda a sua história, tudo o que viveu
com David, o “amor” que sente pelo “garoto”. E isso muda o Farouk do passado, que tira os óculos chorando e aceita o
acordo… não haverá mais nada daquilo que outrora acontecera. Graças a isso,
então, “Switch” conversa com Syd e diz que o
universo os reconhece, reconhece sua existência, e a sua existência é
importante… mas avisa que o David que conheceram está prestes a sumir.
“The David you know is almost gone. His past changed. […] Everything
will be new”
TUDO VAI
MUDAR. TUDO VAI RECOMEÇAR.
Através de
Switch, uma “encarnação” do tempo, e sua explicação a Syd, entendemos o que
está prestes a acontecer: David finalmente conseguiu mudar o passado, salvar a própria vida e, consequentemente, o
mundo… agora, tudo será reescrito. Nada do que existe continuará existindo, não
daquela maneira ao menos… e Syd pergunta se ela vai “morrer”, e não é bem isso…
mas quase. Amei toda a reflexão, amei toda a melancolia do desaparecer, do “deixar de existir”, ainda que seja o que, no fim,
todos queriam. Embora a “nova” Syd
provavelmente terá uma vida muito melhor que essa Syd. Switch agradece Syd
por tê-la ajudado quando ela era humana, a abraça, e então desaparece, deixando
Syd continuar alguns minutos mais por ali, antes de ser reescrita, antes que
tudo volte… e por mais melancólico que seja tudo isso, quando Kerry lhe
pergunta o que aconteceu, ela responde: “I
think we saved the world”.
<3
David tem a
chance de recomeçar agora, e o que ele fará? Ele não sabe… será um bebê,
primeiro. Depois um garoto, um jovem, um homem… apenas viver sua vida. E não
procurará Farouk quando crescer, porque não lhe interessa essa proposta de
“dominar o mundo” nem nada assim. Então, uma luz toma conta de David quando ele
aperta a mão de Farouk, e aquele é o momento do REBOOT, aquele é o momento em
que tudo muda… aquele é o FIM, mas também
é o COMEÇO. Um RECOMEÇO. São lindas as cenas de Syd e Kerry, e a de Cary e
Kerry, e então pouco a pouco a nova linha do tempo começa a ser escrita…
Charles volta para casa da viagem, ele e Gabrielle conversam sobre tudo o que
aconteceu, e como não conseguem fazer
isso um sem o outro, mas agora acabou… agora David está em segurança, e
crescerá sem um monstro na cabeça.
Charles
também promete que não fará mais viagens, não haverá mais derramamento de
sangue. Afinal de contas, “ele sempre quis se tornar um professor”. É a
introdução ao Professor X. A última cena acontece ao lado do berço do Bebê
David. Temos Syd olhando para ele, antes de “morrer”, e o David adulto aparece
ao seu lado, para se despedir, antes
de desaparecer também… a conversa é breve, mas linda, e então eles se despedem.
A última coisa que Syd diz é: “David? Be
a good boy”. E ENTÃO OS DOIS DESAPARECEM, porque aquelas versões deles já
não existem, e tudo é aberto, tudo é possível nessa nova vida que vão escrever
agora, nesse recomeço da história… é o fim de “Legion”, mas o início de uma vida, e eu achei o final emocionante,
bonito e, como eu já comentei, com um tonzinho de melancolia… amei, encerrou a
série muito bem!
Foi, enfim,
uma bela jornada…
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