American Horror Story: 1984 9x05 – Red Dawn



“There’s no Montana. Only Zuul”
E NÃO É QUE AMANHECEU O DIA?! Mais uma vez, estou aqui para dizer que estou amando essa temporada de “American Horror Story”. Ela não é sofisticada, complicada ou pretensiosa… e justamente por isso, acaba ficando muito boa! É um roteiro gostosinho dentro da proposta de “American Horror Story” que nos entretém e nos prende! Novamente, uma galera morreu… mas, como é comum, ninguém estão realmente morto. Ou está, mas isso não quer dizer que não continuam vagando pelo Acampamento Redwood. O dia amanheceu, as coisas mudaram, e estamos naquele delicioso ponto da temporada em que nos perguntamos: PARA ONDE VAMOS AGORA?! E eu adorei que “1984” fez isso justamente agora, porque o 9x06 vai ser o EPISÓDIO 100, e ele deve trazer muitas surpresas, um recomeço… deve ser um verdadeiro marco.
Teremos algum tipo de “crossover surpresa”?
Mr. Jingles e Richard estão indo para Los Angeles!
As teorias para o Episódio 100 são várias, e eu estou curioso, mas confiante de que teremos algo bacana – até porque “Red Dawn”, com o amanhecer do dia, chegada da polícia e morte de mais da metade dos personagens, redefiniu os rumos da temporada… e é interessante notar que o nome da temporada NÃO É “Camp Redwood” nem nada assim – o que quer dizer que não estamos necessariamente presos a esse lugar, apenas a esse ano, 1984. É possível que exploremos outros lugares e tramas. O episódio nos leva de volta a 1980, para quando conhecemos uma faceta do pai de Donna, em uma sequência bem de slasher movie, com ele matando uma garota que ele traz para casa… ou quase a matando. Os órgãos para fora e tudo o mais, típico de filmes do gênero. E a sequência é importantíssima, porque nos confere background para Donna.
Isso lhe dá uma motivação.
Entendemos, então, porque Donna fez tudo o que fez – o pai é um serial killer e ela quer entender se o pai já foi o homem que ela amava e admirava, ou se ele sempre foi um assassino. Claro que ela não está tentando “entender” isso da forma mais saudável possível, mas enfim… em 1984, de volta ao Acampamento, Donna tem cenas tanto com o Mr. Jingles quando com Richard Ramirez. Com o Richard, primeiro, é logo depois que ela o vê levitar e ressuscitar, naquela sequência bem macabra, e ele explica que “renasceu, com a ajuda de Satã”. Depois, ela tem uma cena com o Mr. Jingles, e é uma conversa interessante, porque ele fala sobre como foi Margaret quem fez tudo e como ele nunca matou ninguém até aquela noite, e então Donna pede que ele a mate então… mas ele não quer matá-la, seria muito fácil. Ela vai ter que viver com o que causou.
E só tem uma pessoa que Jingles ainda quer matar.
Margaret.
Falando em Margaret, ela tem mais alguns assassinatos para a sua conta – primeiro, ela engana o pessoal falando sobre dois campistas do outro lado do lago, mas ela só quer estar sozinha com Chet em um lago para que possa matá-lo – “There’s nothing on the other side. I just have to get each one of you alone with me. So I can kill you”. Ela chega a cortar a sua orelha e o joga na água, mas não o vemos morrer… de qualquer maneira, não faz muita diferença: vivo ou morto, ele deve retornar futuramente. O segundo assassinato do episódio cometido por Margaret é do Xavier. Xavier banca o Robin Hood (!) e atira no Mr. Jingles com flechas até matá-lo, o que é uma cena bem interessante, e depois que ele morre, Xavier vai verificar se Margaret, que está por ali porque o Mr. Jingles estava tentando matá-la, está viva – não só ela está viva, como ainda o mata logo em seguida.
O Mr. Jingles, por sua vez, renasce, quando Richard pergunta se ele aceita Satã.
Creepy.
Brooke também tem algumas cenas interessantes, embora, em alguns pontos, corridas. Ela pensa ver o Ray do lado de fora da cabana e sai correndo atrás dele, e então os dois conversam, de coração aberto, e pensam no quanto querem viver antes de morrer, o que pode acontecer naquela noite, e então ela acaba o beijando e os dois transam – foi abrupto, mas também é uma situação extrema, então não posso julgá-la. Só me pergunto se ela estará grávida, porque então teremos “Murder House” + “Apocalypse” novamente, e uma superpopulação de Anticristos na série. De qualquer maneira, a melhor cena da sequência é, depois do sexo, quando Brooke diz que “está com sede”, e vai buscar água na geladeira… e o que encontra lá dentro? A CABEÇA DECEPADA DO HOMEM COM QUEM ELA ACABOU DE FAZER SEXO!
Sensacional.
“Are you dead too? Is everyone in this whole fucking place dead?”
Então, Brooke foge, encontra Montana, e as duas brigam ferozmente a 20 minutos do amanhecer… e continuam brigando quando o sol desponta, e vemos as crianças, futuras campistas, cantando animadamente no ônibus que as está levando para o lugar – e elas são recebidas com a visão de Brooke matando Montana a facadas, e a cena é bizarramente CÔMICA. Amei a expressão das crianças, os gritos, a cara da Brooke… e então tudo desanda para a moça. A polícia chega, ela vai presa, Margaret esfaqueia a própria perna para dizer aos policias que “Brooke ficou louca e atacou todo mundo”, e então, como eu disse, fica a pergunta: PARA ONDE A TEMPORADA ESTÁ INDO?! E eu sinceramente não sei, mas eu ainda quero ver a Margaret sendo descoberta e pagando por tudo o que fez… de algum modo, isso virá nos próximos episódios.
O episódio termina com aquela sensação gostosa de recomeço, e de não sabermos mesmo para onde vai… eu gosto da incerteza, eu gosto das possibilidades que isso proporciona. O episódio deixa evidente, de uma vez por todas, a forma como as pessoas que morrem ali permanecem ali, e não podem sair, num estilo meio “Murder House”, com a Violet tentando deixar a casa, sem sucesso… agora, isso acontece com Ray, quando a ambulância que o carregava vai embora, e ele fica para trás, preso ali, junto com um monte de outras pessoas, como a Montana, numa espécie de “purgatório”. Mas eu ainda me pergunto onde estão algumas pessoas, como o Trevor… será que apenas pessoas culpadas de algo ficam? Apenas pessoas que realmente mereçam estar no “Purgatório”? Em paralelo, vemos Mr. Jingles e Richard, que não são fantasmas, mas ressuscitados, saindo livremente e pegando a estrada…
Rumo a Los Angeles.
A 166 milhas.

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