Deixe a Neve Cair (Let It Snow, 2019)
“Às vezes, só temos que deixar a neve cair…”
UMA FOFURINHA
DE NATAL DA NETFLIX! “Baseado” no livro homônimo escrito por Maureen Johnson,
John Green e Lauren Myracle, o filme, embora conte uma boa e envolvente
história, destoa bastante do que esperávamos após a leitura do livro… lembro-me
de que li o livro em 2014, e por isso os detalhes da trama já me escapam da
mente, mas lembro-me de ter amado e ter me apaixonado pelos personagens. O
livro é composto de forma interessante, unindo três contos românticos de Natal.
O primeiro deles era “O Expresso Jubileu”,
e o nome de “Julie” nem chega a ser comentado no filme (!); o segundo era “O Milagre da Torcida de Natal”; e, por
fim, tínhamos “O Santo Padroeiro dos
Porcos”, que era o encerramento que deixava tudo incrivelmente mais mágico. Eram três contos supostamente
“independentes”, mas que se uniam de forma bela…
Porque era a história da Véspera de Natal em
uma cidadezinha.
Mas o filme é
bom, não me entenda mal. Só é diferente.
Julie é uma
garota buscando um elfo para a coleção de sua mãe, que acaba esbarrando em
Stuart, um astro do pop que está casualmente no mesmo trem que ela… o trem que fica preso na neve. Senti falta
da constante menção à “noite da maior nevasca do ano”, porque nem foi uma
nevasca tão forte no filme… Julie, aqui, ganha uma mãe doente e a aceitação em
uma faculdade de peso, mas ela não sabe se deve ir, porque não quer deixar a
mãe sozinha. Assim, Julie e Stuart inusitadamente vão se aproximando, com
destaque para a cena do trenó, que eu adorei, e a cena do Stuart dançando com a
mãe e o avô de Julie na casa dela… detestamos, naturalmente, a Janet
agente que manda na vida de Stuart e
o tira de lá, acabando com todo o clima dos dois… não sem que, antes, ele consiga dar um conselho para ela: ela devia
contar à mãe sobre a faculdade.
Em paralelo,
conhecemos Tobin, um cara atrapalhado que é apaixonado por sua melhor amiga – e
que é um destrambelhado. Temos a história do seu mamilo sangrando (!), o ciúme
que ele sente de J.P., porque Angie parece estar se dando muito bem com ele
(foi tristinha a cena da igreja!), e a missão de levar até a Waffle Town um
barril de bebida para que Keon possa dar
uma festa de Natal no local… ele acaba roubando a bebida de uns gêmeos
mal-encarados que adoram pegar no seu pé, mas é difícil fugir deles com a
Carla, o carro debilitado de Tobin, que acaba descendo uma rua íngreme, furando
o pneu e atolando em um banco de neve… fiquei triste com o Tobin todo borocochô
sozinho no carro, no frio, depois de ele ter meio que brigado com a Angie na
saída da igreja… porque a Angie também é
apaixonada por ele, mas talvez não soubesse antes.
Por fim,
conhecemos Addie e Dorrie. Addie está toda paranoica achando que o seu
namorado, Jeb, vai traí-la com outra garota e que vai terminar com ela
justamente no Natal, e acaba às voltas pela cidade com a divertidíssima
Mulher-Alumínio, cuja função do alumínio
nunca descobrimos. Dorrie, por sua vez, é a amiga que precisa segurar as
pontas, dar um choque de realidade em Addie, mas que enfrenta, também seus
próprios dilemas e decepções… acontece que ela gosta muito de uma garota, e
essa garota entra na Waffle Town, onde ela trabalha, acompanhada de uma série
de outras líderes de torcida, e tudo
bem que a Dorrie é totalmente sem jeito ao ir falar com ela na frente das
amigas e tal, mas a garota também a trata
muito mal. E, ao mesmo tempo em que a trata mal na frente dos outros, ela a
segue ao banheiro e a beija.
Complicado…
Talvez o
filme tenha perdido um pouco da profundidade do livro. Não posso entrar em
detalhes aqui porque, como eu comentei, eu li o livro há muito tempo e muita
coisa já não está mais na minha memória… mas eu senti falta da “Jubileu”, que
era a minha personagem favorita no livro, mas que ficou muito mais apagada na
versão em filme. E embora eu tenha gostado da adição da história de Dorrie, eu
senti que faltou a ênfase no porco, sem contar que a história de Addie foi bem
mudada… no livro, Jeb já tinha realmente terminado com ela, e nós o vemos
triste pelos dois primeiros contos inteiros, tentando ligar para ela, e depois
descobrimos que quem tinha sido uma babaca com ele era a Addie – ela precisava
crescer e se tornar uma pessoa melhor não apenas pelo Jeb, não apenas pela sua
amiga, mas por ela mesma… e era uma mensagem extremamente bonita do livro.
Foi fraco no
filme.
O clímax do
filme, assim como no livro, é a junção de todos os núcleos, embora no livro a
festa não chegue a acontecer. Aqui, vemos todos os casais se reunirem e se
acertarem. Julie acaba na festa na Waffle Town, e Stuart aparece de surpresa, e
eles trocam um beijo apaixonado, e ela admite que “um dia pode mudar tudo”. Talvez eles se encontrem em Nova York.
Tobin, por sua vez, consegue se declarar para a Angie no terraço da Waffle
Town, e é uma cena bem fofa e “tradicional”, mas ela gosta… porque também já percebeu que está
apaixonada por ele. E então eles se beijam apaixonadamente. E, por fim,
temos a Kerry explicando a Dorrie porque a tratou daquela maneira, e é porque,
diferente dela, ela não se assumiu ainda, e a segurança de Dorrie a assusta um
pouco, mas ela a beija, e as líderes de torcida suas amigas aprovam. Ah, e
Addie e Jeb provavelmente vão se acertar…
É um filme
fofinho.
Uma celebração
ao amor, à neve e à época natalina…
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