His Dark Materials 1x07 – The Fight to the Death
“I did not
send for you!”
Continua
incrível… e agora estou TENSO para a grande conclusão de “A Bússola de Ouro”, e a julgar por aquelas últimas cenas, pela
maneira como o Lorde Asriel olhou para o Roger, as cenas serão fieis ao livro,
horríveis de se assistir, e vai ser difícil processar tudo o que estamos
prestes a ver nesse Season Finale. Eu
estou adorando a série. Minha reclamação sempre foi, há vários episódios, a
respeito da relação entre humano e daemon, que não acho que tenha sido
suficiente explorada para que fosse claro àqueles que não leram o livro, mas,
no mais, tudo está incrível. A temporada foi inteligente em integrar parte da
história de Will, apresentada apenas em “A
Faca Sutil”, ao mesmo tempo em que separa “A Bússola de Ouro” de forma equilibrada, mantendo a ordem e o
ritmo do livro de Philip Pullman. Lyra já está no norte, Lorde Asriel já está
livre…
A traição já pode acontecer.
Depois de
cair do balão de Lee Scoresby, Lyra é capturada por um urso de armadura e
levada prisioneira de Iofur – e essa é uma das passagens mais interessantes do
livro, quando Lyra engana Iofur,
sabendo que tudo o que ele mais quer na vida é ter um daemon (!), e então ela se faz passar pelo daemon de Iorek.
Supostamente, Iorek teria sido o primeiro urso a conseguir um daemon, e ursos
têm daemons humanos, assim como humanos têm daemons animais… faria sentido. Enganando Iofur, Lyra o
manipula sugerindo se tornar seu
daemon e, assim, consegue convencê-lo a não matar Iorek na chegada ao castelo –
o aletiômetro contou a Lyra que Iorek
está vindo resgatá-la. Para provar que é um daemon, Lyra pede que ele faça
a ela uma pergunta que “apenas um daemon saberia”, e então ela usa,
astutamente, o aletiômetro para conseguir a resposta.
Lyra é
traiçoeira, esperta… inteligente.
Convencendo o
Iofur a “receber” Iorek e agir como se a batalha fosse sua ideia, Lyra consegue
a Iorek uma batalha justa – Iorek
pode perdê-la, e é um risco que infelizmente ela tem que correr, mas ao menos
ele não vai ser brutal e injustamente morto na sua chegada. Iorek explica a
Lyra que realmente precisava dessa
batalha, para acabar com a tirania de Iofur, mas a batalha é sangrenta e
angustiante, e é ruim ver o Iorek caído ao chão, quase morto, enquanto Lyra
fala com ele, chorando, e Iofur percebe que ela
estava mentindo e não é um daemon. Dali em diante, Lyra não consegue mais
assistir enquanto a batalha chega ao seu fim atrás dela, com Iorek matando
Iofur. É uma cena rápida e bem menos grandiosa que no livro, mas consegue
transmitir sua mensagem, e Iorek ascende ao trono, como era seu direito,
nomeando Lyra como “Silver Tongue”.
Em paralelo,
acompanhamos a história que se desenvolve em nosso mundo, no mundo do Will. É angustiante como a casa
de Elaine, sua mãe, é invadida em
busca das cartas que o marido deixou para ela – Lorde Boreal vai fazer de tudo para conseguir descobrir o que
Grumman sabia, e as cenas dele contra Elaine são ameaçadoras e tensas… e eu
sofro pela maneira como ela parece “louca”, quando na verdade só sabe demais. Ela sabe que querem
informação de seu marido, e ela não vai entregá-las. Ela vai buscar o filho na
escola, e quando Elaine e Will voltam para casa, encontram tudo revirado em busca das cartas de John Parry. Will, protetor,
tira a mãe de casa e a leva em segurança até a casa de um vizinho, e então
volta sozinho para casa, em busca das cartas do pai, ainda à salvo. Enquanto
ele está lá, à noite, dois homens invadem a casa novamente, e ele acaba causando a morte de um deles ao fugir.
Exatamente
como diz a sinopse de “A Faca Sutil”.
“Will tem 12 anos e acabou de matar um homem
[…]”
O episódio
termina com o reencontro de Lyra e Roger, e o caminho até o perverso Lorde
Asriel. Já sofri o tempo todo em ver a Lyra com o Roger, um Roger todo fofo e
agora todo corajoso, dizendo que “vai acompanhá-la”, dizendo, quando eles vão
até a prisão/laboratório de Lorde Asriel para entregar-lhe o aletiômetro, que
“vai proteger a Lyra”. Isso me parte o
coração… bem como aquela fala de como “eles só vão fazer mais isso e podem
voltar para casa”, ou o abraço dos dois, que é a coisa mais fofa e mais triste
do mundo. A atuação de James McAvoy está apavorante, bela e precisa no fim do
episódio: exatamente o Lorde Asriel do fim de “A Bússola de Ouro”. Ele surta ao ver Lyra (“I did not send for you”), numa mistura de raiva e medo, mas ele
“se acalma” e muda completamente quando vê que Lyra não está sozinha… que o Roger também está ali.
Ali, ele
assume uma expressão diferente.
Assustadora.
ANSIOSO PELO
ÚLTIMO EPISÓDIO. Mas eu vou sofrer assistindo…
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