Star Wars, Episódio IX: A Ascensão Skywalker (Star Wars: The Rise of Skywalker, 2019)



“And I… am all the Jedi”
EU AMEI TANTO ESSE FILME! “A Ascensão Skywalker” tem uma responsabilidade tremenda, sendo o Episódio IX, porque não é apenas o encerramento da mais nova trilogia, mas de toda a franquia – o filme gerou algumas controvérsias, mas eu as ignorei por completo sentado na sala do cinema, e amei cada pedacinho do filme, cada novo personagem, cada retorno inesperado, cada fan service que nos trouxe de volta a Estrela da Morte e Tattooine, por exemplo. Rey, em quem a nova trilogia é centrada, ganha finalmente um passado e um “sobrenome”, e eu gosto muito dessa questão da escolha… o nome que lhe foi imposto versus o nome que ela escolhe. Também acompanhamos o encerramento de ciclos, tudo com efeitos cada vez melhores, cenas de ação incríveis, e aquela manutenção do universo presente na introdução, no logo ou nas transições de cena, por exemplo.
FOI MUITO BOM! <3
E se encerra mais um capítulo da história dos Skywalker…
A primeira cena nos traz Kylo Ren, que talvez não seja o vilão icônico que Darth Vader fora, cuja máscara não será imortalizada como a de seu avô, mas ele é um personagem interessante e eu amo as suas batalhas de sabre-de-luz. O vemos conversar com Palpatine no início do filme, e é isso que empurra a trama adiante: Palpatine o incumbe da missão de matar Rey, que “não é quem ele acredita que ela seja”, para que ele possa ascender como o novo Imperador. Os inimigos, agora, não são representados pela Primeira Ordem, mas pela futura Ordem Final, e Kylo Ren continua fazendo de tudo para convencer Rey a vir para o Lado Sombrio da Força. O que eu mais gosto nessa peculiar relação de Kylo Ren e Rey é a conexão meio “Sense8” que eles compartilham. Gosto de como se veem, se ouvem, lutam em “diferentes” lugares…
Rey, por sua vez, encontramos pela primeira vez treinando o uso da Força – e o cenário e os efeitos daquela cena da Rey levitando, tentando se conectar aos Jedi do passado (sem sucesso), tornaram o momento épico. Amo a maneira como Rey é ágil, boa nas cenas de ação, como a Força é grande nela, embora não entendamos como ela consegue fazer algumas coisas… ela domina a técnica “These are not the droids you’re looking for” do Obi-Wan Kenobi, por exemplo, aparentemente sem esforço algum. As cenas de Rey usando a Força são ótimas, e em uma das mais intensas, ela enfrenta Kylo Ren enquanto os dois tentam segurar uma nave que está partindo e levando Chewbacca como prisioneiro, no melhor estilo X-Men. Aqui, Rey sofre achando que foi a responsável pela morte de Chewbacca, mas, de algum modo, ele acaba se salvando.
Ainda não sei bem como… mas estou feliz que ele esteja bem.
Como é de costume, o filme caminha por uma série de cenários e planetas diferentes, e é nesses lugares que conhecemos novas pessoas interessantes. Enquanto buscam pelo localizador que os levará até Exegol e a Palpatine, conhecemos personagens como Zorii Bliss, uma mulher que tem um passado com Poe, e que gera cenas divertidas e quase românticas; D-O, um novo droide para a lista de droides adoráveis da franquia; e o meu favorito de todos: BABU FRIK! O Babu Frik foi a coisa mais fofa desse filme, e nos arrancou as melhores risadas… tanto que foi tão reconfortante vê-lo e ouvi-lo de volta durante a batalha final em Exegol! Também temos uma trama legal para o C-3PO, que é capaz de traduzir uma adaga do idioma dos Sith, mas cuja programação o impede de dizê-la em voz alta… para isso, Babu Frik consegue tirar a informação dele, mas ele perde toda a sua memória.
E isso gera uns diálogos bem divertidos!
Como eu disse, “A Ascensão Skywalker” é, primordialmente, a conclusão de arcos. Nos despedimos da General Leia em um momento simples, mas emotivo… enquanto Rey enfrenta Kylo Ren nas ruínas da antiga Estrela da Morte, Leia usa suas forças vitais finais para falar com o filho, e tudo o que ela diz é “Ben”. Ela o chama pelo seu nome original, e isso o distrai por tempo o suficiente para que Rey o acerte com o seu sabre-de-luz. Antes que ele morra, no entanto, Rey salva a sua vida, com um novo poder da Força que ela descobriu mais cedo no filme, e diz a Ren que “realmente quis pegar a sua mão”, mas não a mão de Kylo Ren… a mão de Ben Solo. O esforço da mãe, a atitude de Rey e uma visão do pai (com Harrison Ford reprisando o seu papel como Han Solo) fazem com que Kylo Ren repense as suas atitudes e volte, então, a ser o antigo Ben Solo.
O que é importante para os momentos finais do filme…
Luke Skywalker, por sua vez, também faz sua aparição na forma de Fantasma da Força, quando Rey está bastante frustrada. Ela descobriu, recentemente, que é uma Palpatine (!), neta do grande Imperador do passado, e ela não sabe mais se conseguirá fazer o que precisa ser feito… quando ela tenta se desfazer do sabre-de-luz de Luke, no entanto, ele mesmo a impede, e também lhe encaminha para o seu destino: ele também lhe dá de presente o sabre-de-luz que pertencera a Leia (e eu AMEI aquela breve cena de Luke e Leia novinhos, treinando com seus sabres-de-luz), e mostra a Rey que ela não precisa do localizador para chegar até Palpatine… usando uma antiga nave já usada por Luke Skywalker, então, Rey parte para enfrentar o avô em Exegol, mas não sozinha: ela emite um sinal para toda a Resistência, para que eles possam segui-la.
Rey vs Palpatine. A Resistência vs A Ordem Final.
Particularmente, eu não gostei da cena de Ren contando a Rey que ela era neta de Palpatine, porque pareceu rápido, forçado e eu fiquei o filme todo esperando que fosse mentira. Não era. Mas, em contrapartida, o filme se redime quando leva Rey até Exegol, porque as cenas são PERFEITAS. Gostei do cenário, do tom escuro e macabro, e gostei muito de como Rey ajuda Ben Solo, entregando para ele um dos sabres-de-luz da família… no fim, no entanto, Palpatine acaba os subjugando, em uma cena deliciosamente macabra. Toda a energia da conexão de Ben e Rey, a Díade da Força, é a força vital de que Palpatine precisa para renascer, e por um momento quase perdemos as esperanças. “I am all the Sith”. Rey, no entanto, não desiste, e finalmente consegue ouvir todos os Jedi do passado (inclusive o Yoda!), respondendo a Palpatine da única forma que podia:
“And I… am all the Jedi”
EU FUI AO DELÍRIO QUANDO REY DISSE ISSO! QUE CENA MARAVILHOSA! Então, Palpatine solta seus raios, Rey luta com os dois sabres-Skywalker, e o vence lindamente. Jedi sobre Sith. A energia gasta, no entanto, quase lhe cobra a vida, e a teria cobrado, se não fosse o retorno de Ben, que retribui o favor dela na Estrela da Morte: lhe concede vida. Antes que ele mesmo morra em seu lugar, no entanto, ela consegue olhá-lo e reconhecê-lo como Ben, beijar-lhe, e Ben Solo morre leve, com um sorriso no rosto, seu corpo desaparecendo, como o de Leia. A Resistência celebra a sua vitória, mas a grande emoção final do filme fica para Rey indo até Tattooine, o lugar onde tudo começou, para enterrar os sabres-de-luz de Luke e Leia na casa dos Skywalker. Amei rever o cenário, os dois sóis, e aquele incrível momento em que perguntam seu nome.
“Rey”
“Rey who?”
“Rey Skywalker”
Com a benção dos Skywalker, agora fantasmas da Força…


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