La Usurpadora (2019) – Paola usurpa o lugar de Paulina
Um jogo de usurpação.
PARA MIM, A
MELHOR PARTE DESSA NOVELA! A nova versão de “La
Usurpadora” não deixa de me surpreender, e quando Paola engana Paulina para
capturá-la e as coisas acabam não saindo como
ela planejava, Paola faz a melhor coisa que podia fazer como vilã: usurpa o lugar da irmã que usurpara o seu.
É SENSACIONAL. Infelizmente, Paulina está em uma fase em que pensa em “ajudar a
Paola”, tentando cumprir a promessa que fizera à mãe antes de sua morte: que não se vingaria dela, e que tentaria se
aproximar dela. Então, Paulina realmente acredita que algo mudou em Paola desde a morte de Olga, mas só tem uma coisa que
a Paulina disse que é realmente verdade: Paola
precisa de ajuda psiquiátrica. Paola está até tendo sonhos com a mãe
dizendo que ela é “seu único amor”, que “ela não tem irmã”, porque ela sonha com isso.
Com esse amor
que nunca teve.
Nava é o
único que parece enxergar Paola como ela realmente é: uma criminosa. Carlos fala que ela é “a mãe de seus filhos”;
Paulina fala que ela é “a única família que ela tem”. Mas eu me pergunto: QUE
FAMÍLIA?! As duas não têm relação nenhuma, a não ser de Paola tentando matar a
Paulina, se isso conta… Nava tem razão: Paulina corre risco enquanto Paola estiver
livre, e ele quer fazer de tudo para protegê-la, e Carlos diz que “Paulina tem
a ele para protegê-la”. Paulina está confusa entre os dois, e ela acaba
beijando o Nava no elevador, só para intensificar essa confusão, mas me parecia
claro que a Paulina TINHA QUE FICAR
COM O NAVA. O peixe morto do Carlos nunca fez algo de útil, eles não têm
química (não adianta, não têm!), e o roteiro não se preocupou em desenvolver
uma história para eles, para tornar crível que eles fiquem juntos.
Para mim, não é crível nem que ela tenha
dúvida!
Nava é tão
maravilhoso que ele ajuda em todos os plots.
Ele incentiva o Pedro a fazer a coisa certa, por exemplo, e o Pedro vai lá,
conta a Pascual que é gay e renuncia ao cargo, mas conta o que descobriu, sobre
Molina estar por trás das fotos de Lisette divulgadas… E ENTÃO ELES ACABAM COM
O MOLINA. É apenas uma cena em todo o encerramento da novela, mas é
sensacional. O vemos acabado, todo
sujo de sangue, machucado, inchado, implorando para que parem e soltando a
língua para não apanhar mais. É
reconfortante vê-lo tão desesperado, se encolhendo e chorando, depois de tudo o
que fez. Pedro, por fim, entrega a Lisette a carga que Diego escreveu,
explicando tudo, e ela vai conversar com ele, o ouve, em uma cena que eu
adorei, porque ela o escuta, o perdoa, e diz que, sim, ela gosta muito dele… mas gosta mais de si mesma.
“Sí te quiero. Mucho. Pero me quiero más a mi”
Paola, por
sua vez, ganha uma aliada: Arcadia. A cena de uma contra a outra é interessante
porque aprofunda a personagem de Paola, mostra mais de seu sofrimento e de sua
tristeza na vida inteira. Quando Paola começa a falar de Olga, Arcadia a
interrompe e diz que “ela lhe deu tudo”, mas tudo o quê? Ela a deixava para lá e ia jogar, e foi só essa a
relação de “mãe” que Paola conheceu. “Você
se importa tão pouco comigo que nem se deu conta”. Paola está recrutando
todos para o seu lado. Arcadia. Manuel. Wilson. E Paulina foi inocentemente
burra ao cair no jogo de Wilson e acreditar que ele tinha mesmo uma carta de
Olga para entregar-lhe – quando ela o segue até o estacionamento, Wilson acaba
sendo assassinado (!) por Manuel, de máscara, que sequestra Paulina e a leva
para um teatro abandonado ou algo assim.
Todos se
preocupam com a segurança de Paulina…
E é aqui que
a troca vai acontecer. Paola vem falar com Paulina, diz à irmã que a mãe
“morreu chamando apenas seu nome e nem se lembrou de Paulina”, e então se
prepara para matá-la, o que ela sempre quis, mas Teresa chega, e tudo vira uma
confusão… armas apontadas, possível matança a seguir, mas então não vemos o que acontece. Acompanhamos
Nava, Pedro e Irene chegando ao lugar, uma operação toda para salvar Paulina,
mas quando eles chegam ao palco do teatro, eles
não estão mais lá. Encontram apenas o colchão em que Paulina estava, sujo
de sangue, e nos perguntamos se alguém
morreu. E então paramos para pensar em tudo, em como Paola estava com o
cabelo como o de Paulina, mas preso, e como ela estava usando batom claro, o que nunca acontece,
porque Paola é marcada justamente por causa de seu batom vermelho…
Quando Nava
encontra uma das irmãs sentada na escada, chorando e desesperada, nós
imediatamente nos perguntamos: QUAL DAS DUAS É? PORQUE PODERIA SER QUALQUER UMA
DAS DUAS. Como não nos mostraram a cena e como sempre soubemos que Paola é o cúmulo da dissimulação, eu já estava
esperando que fosse Paola se passando
por Paulina, mas eu gosto de como a novela segura o mistério por várias cenas,
criando um suspense interessante em que ficamos procurando, em cada detalhe,
dicas para saber com quem estamos
lidando, afinal de contas. Nesse trecho, que foi mais curto do que eu
esperava, a novela ganhou uns 1.000 pontos a mais comigo, porque eu adoro esse
mistério todo. Foi muito gostoso de
assistir e buscar informações. Quando “Paulina” diz que “mataram Paola”, eu
não tive mais dúvidas de que era ela.
Paola
Miranda.
Afinal de
contas, Paola é dissimulada, jogadora… e interpreta perfeitamente. Foi uma Paola icônica, roubando da irmã o
lugar que ela roubara dela. A história de “Paulina” é muito mal contada…
ela diz que, durante uma briga, ela se soltou e escapou e “antes de fugir, viu
Teresa atirar em Paola”. Tudo tão simples, tão conveniente… depois, ela também
chora, dizendo que perdeu tanto a mãe quanto a Paola… e então a confirmação
100% vem na cena com a Lisette, e eu adorei a interpretação de Sandra
Echeverría, porque ela precisava nos passar a mensagem de que era a Paola
fingindo ser a Paulina no figurino de Paola. E a sutileza da interpretação é
genial. Conseguimos ver no abrir de braços para abraçar a Lisette e no sorriso
dela o quanto é forçado, o quanto é caricato… não é a maneira sincera como Paulina se aproxima de Lisette.
Sim, é a
Paola.
A cena
continua, quando Paola rapidamente dá um jeito de dispensar Lisette, dizendo
que “precisa descansar”, e Paola se sente na frente do espelho, confirmando
nossas suspeitas: a sua expressão inegável ao se sentar na frente do espelho e
tirar o aplique que estava usando para ser a Paulina… EU AMEI COMO O A NOVELA
FEZ ISSO TUDO! Mas Paola não pretende ficar ali, não pretende retornar à sua
vida se passando por Paulina. Ela está ali porque foi a única coisa que lhe
ocorreu quando tudo saiu de controle no teatro com a chegada de Teresa e seus
comparsas, levando Paulina sequestrada e tudo o mais… ela foge com Manuel, e
sabe que o lugar mais seguro para estar é na casa presidencial, se passando
pela “sonsa” da Paulina – mas “é
desgastante ter que agir como uma idiota para se passar por Paulina”.
Agora, ela precisa escapar de lá.
Dentro de 24
horas.
Monse, a
maravilhosa Monse, é a primeira a perceber que tem algo estranho… Paola é grosseira, o que Paulina nunca foi, e
faz perguntas para as quais devia saber a resposta, como “onde está seu
computador”, que ela emprestara para Lisette. Também é estranho ver “Paulina”
interagindo com Arcadia, e bebendo com ela… Paola rapidamente volta para o seu
batom vermelho, e é uma babaca com a Lisette… Lis está toda animada com o
projeto que Paulina a ajudaria a escrever, mas Paola não lhe dá atenção e só
pega o computador de volta. Então, graças às suas desconfianças, Monse resolve
testá-la, e joga muito bem… ela entra no quarto, pergunta se “Paulina” precisa
de mais alguma coisa, e diz que quer ir embora mais cedo, para “ver a mãe e o
filho”. Paola sorri, finge carinho e diz que “tudo bem, linda”, e então Monse
se assusta.
Paulina sabe que Monse não tem filho.
PEGA NO PULO.
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Eu amo o trecho em que ela reclama que só tem maquiagem rosa! hahaha
ResponderExcluirSensacional! Ela no lugar da Paulina é uma das partes mais legais da série, achei aquilo incrível!!!
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