Lost in Space 2x07 – Evolution
“I thought
Will was his friend”
Estamos vendo
o Robô EVOLUIR, e eu gosto do que isso faz a ele… parece cada vez mais evidente
que o que está nascendo entre o Robô e Will é, agora, uma relação de verdade. Embora o Will sempre chamasse o Robô de
“amigo”, o Robô sempre estava ali, andando atrás dele, o protegendo de tudo e
fazendo todas as suas vontades… mas isso
é “amizade” de verdade? Agora, o Robô está se tornando mais independente, e
as cenas dele com Gypsy no deserto são a prova mais linda disso – Maureen, Ben
Adler e Will desceram para buscar o Robô, e agora estão voltando para a
Resolute, para que ele possa ajudar o
motor a funcionar e a nave a voar, mas precisam atravessar o deserto e seus
perigos para isso, e o Robô aprende um pouco mais sobre amizade e perda. E a
palavra é justamente essa: “aprende”.
O ROBÔ ESTÁ APRENDENDO, e isso é muito importante!
O começo do
episódio mostra os primeiros momentos do reencontro de Robô e Will, e são
momentos lindos em que eles matam a
saudade um do outro, desenhando mais coisas na parede da caverna e se
divertindo… eu ri da reação do Robô ao ver o cavalo, assustado, então o Will
ensina que se trata de um amigo: “Friend,
Will Robinson”, e é interessante o paralelo que é feito durante todo o
episódio entre o Robô e Gypsy, o cavalo. Porque
Gypsy é um “amigo”, mas usa um freio para controle, fica amarrado… e eles não
têm nada que prenda o Robô dessa maneira… ele tampouco gostaria que eles
tivessem. Amei ver o Will ensinando o Robô a “cuidar” de Gypsy, fazendo
carinho, dando comida, e Ben Adler assiste totalmente incrédulo, porque ele não
confia nessa conexão e nessa lealdade… ele também pensara que tinha isso com o
Espantalho.
Mas não
tinha.
Percebemos
que o Robô está, talvez, começando a questionar
algumas atitudes de Will… tipo o próprio freio da Gypsy, que o Robô tira.
Depois, uma manada perigosa de animais alienígenas os ameaça (“Danger, Will Robinson”), mas o Robô não
segue o Will, como ele pede… quando ele vê que Gypsy ficou preso em umas
pedras, justamente por causa do freio recolocado nele, o Robô fica para trás
para proteger seu novo amigo… É TÃO
FOFO O ROBÔ FICANDO PARA PROTEGER O CAVALO, e depois o Will o encontra, quando
a poeira da manada baixa, dando comida para a Gypsy. Ben Adler pergunta a
Maureen por que ele não obedeceu ao Will, e ela explica que ele ficou para proteger o amigo. “I thought
Will was his friend”. O fato de ele não ter obedecido ao Will é ruim? Ou só
significa que o Robô não é, como alguns pensavam, um escravo do Will?
Em uma das
melhores cenas do episódio, Gypsy acaba caindo, infectada por um corte
(provavelmente da manada que passou por ela), e o Will, triste, explica ao Robô
que o Gypsy não é como ele, não pode ser
consertado. E foi lindo o Robô se abaixando ao lado do Will e imitando a
maneira como ele acaricia o cavalo… e é ele quem se levanta e pega uma pedra
para marcar o lugar de sua morte, sofrendo e em luto – algo que pessoas como
Ben Adler não acreditavam que o Robô pudesse fazer. Mas ele sente. Vendo isso tudo acontecer, Ben Adler, felizmente,
cancela o plano original no último momento, impedindo que o Robô entre em um
container projetado para prendê-lo.
Eles sobem para a Resolute acompanhados do Robô, não como prisioneiro, não
forçado a ajudar, mas ajudando porque ele
quer, porque ele se importa… e não apenas com Will, com outras coisas vivas
também.
Mas dá para sentir como isso ainda vai dar
errado.
Enquanto
isso, na Resolute, estivemos acompanhando a jornada de John, que, quando a Capitã
Kamal intercepta um sinal sobre o qual não quer lhe contar, acaba pedindo a
ajuda de alguém totalmente inusitado: a Dra. Smith. E ela ajuda. As cenas são ótimas, e eu gostaria que investíssemos mais
nessa versão da Dra. Smith em “Lost in Space”, porque ela é egoísta,
faz de tudo para se dar bem, mas ela é mesmo
má em seu cerne? Com a ajuda da Dra. Smith, John consegue invadir uns lugares
proibidos e eles descobrem o que era o sinal: o som de uma nave alienígena. Ou melhor, o som de várias naves alienígenas, vindo de todos
os lados… depois de descobrir isso, no entanto, descobrimos que a Dra. Smith denunciou o John desde o começo, e
então, dissimulada, ela deixa que o levem, se fazendo de pessoa correta, e
ganha até uma posição mais alta.
Um cargo de confiança…
Aquilo me
estressou de uma maneira, até eu perceber, com notado alívio, que tudo isso ainda era parte da parceria dos
dois – até a prisão de John foi armada, porque ele precisava de alguém em
um escalão mais alto, alguém que pudesse estar ao lado de Kamal para ele. E esse alguém foi a Dra. Smith. E ela
não tarda a descobrir quais são os próximos passos da Resolute: não existe água à bordo para todos, e eles
planejam deixar para trás todos que ainda estão em terra, umas 500 pessoas
– e se os Robinsons não quiserem que isso se concretize, eles mesmos vão ter
que fazer algo contra Hastings e Kamal – algo
tipo um motim. Tem um planeta por perto que pode lhes dar alguma esperança, mas eles teriam que
“sequestrar” a Resolute para ir até lá, e eles sabem que teriam que enfrentar
as consequências… mas não fazer nada
significa abandonar 500 pessoas.
E eles nunca escolheriam essa alternativa.
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