Lost in Space 2x08 – Unknown



“It’s not a risk. It’s math”
COMO EU ADORO NOVOS PLANETAS! Eu sei que eu já comentei isso, mas sempre foi isso o que me fascinou nas produções do gênero… como é BOM ver a Maureen colocar em prática o seu plano e chegar a um novo lugar que podemos explorar, ainda que apenas pelo ar, e temos esses visuais lindíssimos que “Lost in Space” sempre nos entrega, com seus efeitos competentes. O episódio foi interessantíssimo, mostrando o motim liderado por Maureen Robinson, mas também mostrando um pouco mais do possível lado humano (?) da Dra. Smith, e um desenvolvimento no que apenas começamos de ver no episódio passado em relação à “conexão” de Will e o Robô… aquele final FOI MUITO BOM. Muitas pessoas não esperavam por aquilo, nem eu, na verdade, mas eu adorei! Gosto muito do Will, mas ele vai ter que aprender mais sobre o conceito de “amizade”.
O Robô não precisa fazer tudo o que ele manda…
MOTIM. O episódio começa com os Robinsons planejando tomar o controle da Resolute para que possam colocar o plano de Maureen em prática – eles têm mais ou menos o tempo de o Robô colocar o motor para funcionar para convocar uma tripulação (tipo o Don, que está em prisão domiciliar desde que salvou Penny e os demais do vácuo do espaço), conseguir informações úteis, passar pela segurança e invadir a ponte de comando. E EU GOSTEI TANTO DE VÊ-LOS TENDO ESSA ATITUDE, INDEPENDENTE DE QUALQUER CONSEQUÊNCIA – para eles, era mais importante salvar as 500 pessoas que Kamal e Hastings estavam dispostos a deixar para trás do que qualquer outra coisa. Amei ver o poder da Maureen entrando naquela ponte, enfrentando Kamal, convencendo um dos seguranças a ajudá-la, e então ela toma o controle da Resolute.
A Capitã durante o motim.
O plano é muito bom, apesar de arriscado – o planeta que eles têm à frente, que é a única esperança que eles têm, é um gigante gasoso rico em amônio, justamente o elemento de que precisam em abundância para limpar a água que conseguiram no outro planeta do agente que reage a metal e os transforma em pó. Por enquanto, não é seguro ter essa água na Resolute, mas os cientistas da Resolute já sabem como acabar com o vírus da ferrugem, eles só não têm como produzir o “antídoto” em tempo hábil… mas e se eles tiverem amônio à disposição? Eles tampouco têm o tempo para as Jupiters irem até lá buscar amônio suficiente, então Maureen vai levar a própria Resolute, abrir os dutos e deixar que o amônio entre… pode parecer arriscado, mas existe muita matemática envolvida: ela sabe que pode dar certo. E eu amo toda a sua determinação!
<3
A chegada ao planeta é de cair o queixo – QUE LUGAR LINDO! Possivelmente perigoso demais e tudo, e eles nem podem pousar, porque é apenas um gigante gasoso, mas aquilo é verdadeiramente perfeito… amei o visual, amei as cores, e amei como eles conseguiram transmitir todo o perigo que o lugar representava também. E enquanto partes da Resolute cedem, Maureen tem o Robô do lado de fora, todo f*da, fazendo reparos no meio do voo e na atmosfera tóxica do planeta… uma cena incrível. Mas nós sabemos que as coisas não podem ser tão fáceis. Então, temos o problema de Hastings tentando impedir o plano de Maureen de dar certo, porque ele não se importa com as 500 pessoas que estão sendo abandonadas: ele só se importa em chegar a Alpha Centauri. Portanto, ele vai fazer de tudo para atrapalhar e devolver o comando a Kamal.
E, infelizmente, ele sabe uns segredos de Maureen…
John e Judy ficam presos, sem poder contar a Maureen o que Hastings planeja fazer, e embora John peça que a Dra. Smith a avise, ela acaba pegando um caminho mais longo para fugir de Samantha, que quer lhe apresentar sua mãe (ela sempre fica diferente ao ver a garota, porque foi ELA quem matou o pai de Samantha), então ela não consegue chegar a tempo… a tensão toma conta, e nada pode ser impedido. Hastings abre uma escotilha que não devia ter sido aberta, tirou Maureen do controle da nave, e agora mais algumas pessoas podem morrer por sua culpa… e essas pessoas são Don e Ava. EU FIQUEI TÃO DESESPERADO PENSANDO QUE O DON PODIA MORRER, embora não achasse que “Lost in Space” fosse realmente ter coragem de matar um personagem como o Don, que é, provavelmente, o personagem mais carismático que temos.
E depois que ele salvou a Penny, então…
Maureen não demora para entender o que está acontecendo, então ela sai para resolver o problema – “Math can’t account for human error”. E se a culpa é dela, ela não vai deixar que Don e Ava morram… as cenas são eletrizantes, de Maureen pegando uma cápsula de manutenção para sair da Resolute e ir até o lugar onde Ava e Don estão, e fechar a escotilha do lado de fora, que é a única maneira de salvá-los. Dá um nervoso vê-la tentando fechar a escotilha, e um alívio proporcional quando ela enfim consegue e vemos o Don ser resgatado em segurança. O mais legal de tudo é que Hastings, enquanto isso, volta à ponte de comando, achando que Kamal vai direcioná-los a Alpha Centauri, mas ela aprendeu algo nesse tempo de motim: ela confia no plano de Maureen. Afinal de contas, “não é risco; é matemática”. Então, ela vai limpar a água e buscar os que ficaram para trás!
Também acompanhamos o Will com o seu Robô, e Penny parece ser a primeira a reparar em como o Robô está diferente… antes, por exemplo, ele sempre andava atrás de Will, para ver o que ia acontecer, como se só quisesse protegê-lo. Agora, ele anda à frente e quem o segue é o Will. Will não quer ouvir, porque confia nele, mas o Will não está acostumado a ter um amigo – ele está acostumado a ter um Robô que faz tudo o que ele manda. Ele percebe que isso mudou, então, quando o Robô passa direto por pessoas presas, mesmo que o Will mande (!) ele ajudar, porque ele está indo atrás de outra coisa: “Danger, Friend”. E nos perguntamos a que “amigo” ele se refere, mas devíamos ter sabido… o “Homem de Lata” vai atrás do “Espantalho”, que está sendo maltratado na nave… e ele está certíssimo! Achei triste a cena dele com o amigo nos braços.
E ele não vai mais obedecer, não vai mais ajudar. Não essas pessoas.
Por isso, amei aquele final, com o Will dizendo que ele “precisa levá-los embora”:
“No, Will Robinson”
Ha!


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