[Season Finale] Elite 3x08 – Polo
“I got feelings, bitch”
C*RALHO, QUE
FINAL FODA!!! Eu não sei o que será de “Elite”
na quarta temporada, com a saída de alguns personagens, e eu espero que
possamos ter uma nova história tão boa
quanto essa, mas, nesse momento, eu tenho que elogiar o quanto foi BOM o
final da terceira temporada. Eu gostei do desfecho da trama, e de como tinha muita coisa para acontecer depois da
morte de Polo, e como aqueles jovens se uniram de uma forma que nunca pensamos que eles fariam – foi
lindo e emocionante de se assistir e, como muita gente comentou, o episódio
teve gostinho de Fim de Série, e
teria sido bom encerrar aqui, com “Elite”
em seu ápice, para deixar eternas saudades… o episódio nos entrega as cenas que
vimos em flash forwards, todas agora com contexto, enquanto acompanhamos a
construção da morte de Polo – e as consequências dela.
Primeiro, uma
resposta que muitos ansiavam: o que Polo
estava fazendo na festa, depois de tudo. Ele queria fazer algumas coisas, e
eu gostei de ver o personagem tomando
algumas decisões acertadas antes de sua morte. Ele já tinha terminado tudo
com Cayetana, já tinha confessado às mães que fora ele mesmo que matara Marina,
e agora ele queria contar a Lu e Nadia, pessoalmente, que convencera as mães a
não cancelarem a bolsa delas em Nova York, e queria contar a Guzmán que ia se
entregar naquela mesma noite, e queria pedir perdão. Para isso, no entanto, ele
precisava falar com Cayetana e descobrir onde
ela tinha escondido o troféu: ele quer que a polícia o encontre, e que
todos saibam que foi ele quem matou Marina, para que possam “acabar com aquilo
de uma vez”. E então começamos a ver as cenas que vimos ao longo da temporada.
Temos a Lu,
por exemplo, já bastante alterada
pela bebida, dizendo que ele é “um filho da puta que acabou com a vida de todo
mundo”, e quando Polo pede para falar com ela, e ela joga a bebida nele diz que
“ele acabou com a sua vida”. Depois, Polo vai ao bar, pedir uma bebida, e é o
momento em que Omar o trata com hostilidade e quer que ele se retire, e Ander
interfere, pedindo que ele sirva logo o Polo, mas quando ele tem que fazer outra coisa, ele acaba
deixando para trás a faca que usava para cortar limão… também já alterado pela
bebida, Samuel pega a faca e quase faz uma loucura, mas Guzmán o impede,
naquela cena em que Samuel pergunta se “agora ele vai defendê-lo”, mas Guzmán
tem razão: se ele faz isso agora, o que
vem depois? Quando esse pesadelo vai acabar? Então, Samuel pensa nisso e
acaba deixando a faca para trás.
Mas quer que
a mãe de Rebeca “dê um susto” em Polo.
E ela diz que
ela não fará isso.
Guzmán,
então, fala com Polo, e diz que acabou de impedir alguém que vinha ali para
matá-lo, mas também diz que não poderá
impedir todos naquela discoteca que querem matá-lo, e então pergunta o que ele veio fazer ali, e Polo diz:
diz que está ali porque quer se entregar, porque vai fazer isso, mas antes quer
dizer a Nadia e a Lu que elas ainda têm a bolsa em Nova York, e quer contar
para ele que “acabou”. A cena é FORTE. Guzmán é frio, como ele seria, não tinha
como agir diferente com o cara que matou a sua irmã. Não naquele momento, ao menos. “Muy bien. Fuera de aqui”. Polo
pergunta se quando ele sair da cadeia, algum dia, Guzmán vai perdoá-lo, e
Guzmán diz que “jamais”. É uma cena muito forte, e nós começamos a nos compadecer de Polo, um pouquinho, mas ninguém pode
julgar Guzmán, porque é o que 98% das pessoas fariam e diriam.
Então, vemos
o momento em que Valerio pede a bebida cuja garrafa sabemos que vai ser a arma do crime. Cayetana diz que não vai
permitir que “Polo os separe”, e então Lu aparece do nada, pega a bebida e sai
bebendo no gargalo, enquanto observa o Polo de longe, e quando Nadia a
repreende, ela diz que “sabe que ela quer arrebentar aquela garrafa na cabeça
dele tanto quanto ela, então não se faça”. Então, Lu esbarra em alguém, a
garrafa cai no chão e se quebra toda, Nadia e Guzmán se abaixam para juntar os
pedaços, mas o gargalo voa longe… e é
a própria Lu quem o pega, e então segue Polo até o banheiro, onde ele está
secando a camisa. DALI EM DIANTE, TUDO É EXTREMAMENTE TENSO. Lu manda Polo ir
embora, e Polo responde dizendo que sabe
que não é bem-vindo, mas pergunta o
que fez para ela, porque, segundo ele, não fez nada para ela.
Mas e Carla?
E Ander?
E Guzmán?
Lu diz que sempre vai proteger os seus, e naquele
momento parece que Lu seria capaz de matá-lo. Não porque ela ansiara por isso,
não porque ela planejara nada, mas porque ela estava alterada, porque ela
estava bêbada, com uma arma na mão (o gargalo do champanhe), e ela não
respondia por seus atos… e eu acho que foi justamente o que o Polo percebeu. Porque ele a provocou. Ele diz que
“Guzmán nunca a amou” e manda ela “parar de se rastejar atrás dele”, e então
ele pega cada vez mais pesado,
perguntando se “alguém já a amou”, e nós já não sabemos se ele está realmente
sendo maldoso, se ele está sendo burro, ou se ele está provocando ela porque sente que ela seria capaz de matá-lo e
no fundo talvez seja isso que ele queira.
E, então, naquele momento, A LU ACABA MATANDO O POLO, DA FORMA MAIS TOLA
POSSÍVEL.
Foi um
acidente, mas foi um acidente muito mais
inocente que o acidente da primeira temporada. Polo matou Marina em um acesso de raiva, algo o possuiu
naquele momento. Não foi o que aconteceu com Lu. Como eu disse, ela estava
bêbada e estava com o gargalo da garrafa na mão, e só isso… então, quando ele
fala e fala e fala, coisas humilhantes, isso sobe à cabeça dela e ela pede que ele cale a boca e, naquele momento, ela
vai em direção a ele contra a parede. Ela não pensa, ela nem percebe o que fez,
até que seja tarde demais. Até que o vidro da garrafa esteja enviado em seu
peito, e percebemos imediatamente o choque tomando conta dela. O desespero ao
perceber o que aconteceu, repetindo que “não queria”, e ele diz que sabe. Porque eu REALMENTE acho que ele
sabe. As lágrimas escorrem dos olhos de
Lu, e nós estamos como ela.
“Polo, perdóname”
Polo ainda não morre. Ele consegue sair,
debilitado, do banheiro, e Carla encontra Lu lá, sabendo que foi ela, e sabendo
que foi acidente. Enquanto isso, alguém esbarra em Polo, ele se desequilibra, e
então ele bate no vidro que foi fragilizado há
alguns episódios quando Rebeca deu um soco (merecido) em Samuel, e cai lá
de cima… nós sabíamos o que ia acontecer, nós sabíamos mais ou menos como e,
mesmo assim, é ANGUSTIANTE de se assistir. Mas a sequência toda é uma obra de
arte! E o desespero de Guzmán é real, o que eu não achei que fosse, quando vi a
cena em flash forward. Todo veem o
corpo e se amontoam ao redor dele, e quando Guzmán chega, Polo ainda está vivo,
e Guzmán tem tempo de dizer “Te perdono”,
UM MOMENTO FORTÍSSIMO E IMPORTANTÍSSIMO! Polo não consegue responder, mas
segura sua mão e então morre.
Mais em paz do que antes.
Ele precisava daquele perdão.
Dali em
diante, eles precisam lidar com a polícia, e uma grande surpresa é que TODO
MUNDO SABE QUE FOI A LU QUE MATOU POLO – e todo mundo também sabe que FOI UM
ACIDENTE. Estão todos JUNTOS, ao redor de Lu, pensando no que fazer. Carla diz
que foi um acidente, mas Lu ainda está em choque, ainda está mal, ainda está
dizendo que a culpa é sua, mas todos
se unem para protegê-la. Nadia diz que eles dirão que não foi intencional, mas tanto Valerio quanto Samuel interferem,
dizendo que a polícia não vai acreditar.
Eles a viram jogar bebida em Polo naquela mesma noite, e à polícia não importa
a verdade… a única coisa que lhes importa é encerrar o caso o mais rápido possível.
Então, Samuel diz que todos eles já sofreram demais com essa história, e agora
é hora de “acabar com essa merda para sempre”. Vão sair dali todos juntos e livres.
Mas como?
A começar
pelas digitais na garrafa… a garrafa tem as digitais de Lu, é uma prova contra
ela, e eles não podem quebrar a garrafa, porque faria barulho e chamaria a
atenção para eles, e eles seriam pegos. Então, Valerio sugere: “E se as digitais dela não forem as únicas?
E se encontram as digitais de todos nós na porra dessa garrafa?” Carla
complementa: “Seria como se não
encontrassem nenhuma”. Cayetana está inconformada ainda, mas eu devo dizer
que EU AMEI O QUE TODOS FIZERAM PELA LU. Amei mesmo! E a cena é brilhante, um
verdadeiro ritual, enquanto a garrafa passa de mão em mão, e todos
propositalmente deixam suas digitais. Antes que Nadia toque a garrafa, Guzmán
diz que “ela estaria colocando em risco sua bolsa em Nova York”, e então
explica que Polo fez as mães voltarem atrás (para o desespero e culpa maior ainda de Lu), mas Nadia não volta
atrás:
“Se vamos a Nova York, vamos juntas”
E PEGA A
GARRAFA.
Todos estavam
maravilhosos, com destaque para Nadia e para Carla, inicialmente… para Valerio
e Samuel, no planejamento. Para Ander, Guzmán, nas ideias. Tudo foi se
encaixando. Rebeca até pensa que eles
podem tentar fazer com que pareça um suicídio, mas eu acho que essa
história ainda pode voltar a aparecer na nova temporada, porque eles precisam das digitais do próprio Polo para que seja
um suicídio, e quando Cayetana, como a “viúva”, vai até o corpo dele, ela
acaba se cortando, e então o sangue dela se mistura com o dele na cena do
crime, e eu já aprendi com “You” que
isso não é bom… mas quando a polícia chega, Cayetana e Rebeca saem depressa de
lá, a garrafa jogada… por ora, parece que a polícia vai acreditar na história
do suicídio, porque assim “eles têm um culpado que não pode contestar”, mas
isso até novas informações virem à tona…
Né?
Quando a
polícia chega e eles sabem que vão
ser interrogados, a primeira ideia é “que ninguém viu nada”, mas Lu diz que alguém a viu, quando ela pegou o gargalo
e entrou no banheiro, mas ela não consegue se lembrar quem foi. Então, temos
aquela cena que vimos no episódio de Ander, quando ele diz a Omar que vai se entregar, vai dizer que o odiava, e
“ele já está quase morto de qualquer maneira”, mas Omar diz que “não vai
deixar que ele sacrifique para proteger alguém”. Ander protesta, diz que “eles
precisam de um bode expiatório para despistar a polícia”, e Guzmán tem uma
ideia parecida com o conceito das digitais na garrafa: “Um não. Precisamos de muitos mais”. Então, eles decidem que eles vão se acusar mutuamente. Cada um vai
dizer que viu uma pessoa diferente entrar no banheiro atrás de Polo, e vão
confundir a polícia…
Afinal de
contas, se a polícia tiver uma testemunha de que Lu entrou no banheiro com o
gargalo atrás de Polo, ela está acabada, mas se houver uma testemunha que diz
ter visto Lu, uma que diz ter visto Guzmán, uma que diz ter visto o Samuel, o
Valério e assim por diante, então esses
depoimentos não vão valer nada. E é o que eles fazem, E EU ACHEI ISSO UM
MÁXIMO. Rebeca acusa Samuel, Samuel diz que se
soubesse quem foi não diria, mas dá a entender que pode ter sido Valerio,
Valerio diz que foi Cayetana, Cayetana diz que foi Ander, Ander diz que foi
Guzmán, Guzmán diz que foi Omar, Omar diz que foi Carla, Carla diz que foi
Rebeca, e Malick diz que não viu nada.
A cena foi tão icônica e tão irônica
que eu me diverti, enquanto as “testemunhas” mudavam e mudavam, e a
investigadora parecia cada vez mais inconformada.
Então, ela
chama Lucrecia: é a hora que ela diz a
Nadia que não consegue, e Nadia diz que “ela tem que mentir”, tem que dizer que
viu outra pessoa entrar, seja quem for. E Valerio pede uma história a mais, que ela minta mais uma vez, mas dessa vez não por
ele, mas por ela mesma. Então ela vai. Lu, como vimos em seu episódio, está
muito nervosa, e a investigadora é direta, perguntando se foi ela e dizendo que
“acha que ela está mentindo”, e Lu está mesmo muito nervosa, com a voz
falhando, com medo, e parece mesmo que ela está mentindo… mas então ela
consegue se recompor o suficiente para ser a Lu que conhecemos e que amamos, e
então ela faz um discurso que é sensacional, contrariando a investigadora e dizendo
que não, ela não a conhece… e que
eles eram sim amigos, que todos ali são amigos, que eles são uma família.
“¿Y qué va
a saber usted? Polo sí era mi amigo. A pesar de todo... todos somos amigos. Una
familia, más bien. Y puede que no nos digamos ‘te quiero’ todos los días...
pero usted no tiene ni puta idea de todo lo que he pasado con esta gente. Año
tras año. ¡Y lo que nos queda de vida! Si estoy así es porque me arde el alma
de saber que los seres humanos más increíbles que he conocido… vuelvan a pasar
por toda esta mierda. Como fue con Marina. Porque no se lo merecen. Así que... si
estoy llorando, se me quiebra la voz... y no sé qué hacer es porque I got
feelings, bitch. Pero yo no lo hice”
E, por ora,
isso é o suficiente. A saída é melancólica, embora bonita. O abraço de Valerio
e Lu. O beijo de Guzmán e Nadia. A despedida de Carla e Samuel, porque ela está
indo embora (“¿Aceptarás visitas?” “Depende.
¿Traerás macarrones?”). Rebeca
abraçando Cayetana. Omar e Ander se olhando de longe (depois de Ander ter dito
que precisava dele e ter confessado
que inventou a traição). Aquilo mudou
a vida de todos. Rebeca está cansada de cadáveres, de polícia, de ameaças.
Carla está indo embora, e deixa Valerio como sua representante nos negócios de
família, que agora estão no seu nome. E a caixa com o troféu usado para matar
Marina vem à tona, e quando a polícia chama as mães de Polo, embora seja um
momento delicado, elas confessam que foi ele, e dizem que ele tinha confessado para elas naquela mesma noite. E a história se
encerra.
É todo um
ciclo que chega ao fim.
Vemos, ainda,
Omar, Nadia e Lu indo embora, e temos momentos importantíssimos. Temos o Yusef
dizendo a Omar que “sente muito por aquele menino”, e se esforça para chamar o
Ander de “seu namorado” pela primeira vez. A Lu está LINDA, mas ninguém foi ali
se despedir dela, e ela tem a coragem de dizer a verdade pela primeira vez, e a
mãe de Nadia é uma fofa e diz que ela
sempre terá uma família ali, em um momento emocionante. E ela pede que “Lu
cuide de sua pequena”, e Lu diz que o fará, “como ela cuidou dela”. É TÃO
LINDO. Também temos “a mensagem mais brega” que Guzmán deixa para Nadia, e “a
mensagem mais brega” que Nadia, “competitiva”, deixa para ele, e é lindinho. E
temos o Omar desistindo de ir para Nova York, e é lindo o momento em que ele
olha para Nadia e nenhum dos dois precisa dizer nada. Os dois entendem, ela o
apoia, e então ele volta correndo para o hospital, para estar com Ander nesse
momento tão importante.
E o sorriso de Guzmán enquanto Ander e Omar
se beijam?
COMO EU AMO
ESSES PERSONAGENS, E COMO VOU SENTIR FALTA DELES.
Como será uma
quarta temporada sem Lu?!
Mas essa
temporada vem… a Neftlix já renovou a série para a 4ª e a 5ª temporada, e eu
não sei qual será a trama, e não sei se será bem-vinda uma nova história de assassinato na Las Encinas, com um novo elenco.
Talvez seja hora de fazer algo diferente.
Talvez gostássemos mais de acompanhar alguns personagens em suas vidas
pós-colégio? De todo modo, vamos aguardar e ver que história “Elite” pretende nos contar nos próximos
dois anos. No fim do episódio, temos uma cena intrigante, dois meses depois de todos os acontecimentos, quando um novo ano letivo está começando na escola.
Vemos Guzmán e Samuel de volta aos seus uniformes, amigos agora. Vemos Ander e
Rebeca chegando. E um aluno novo, lindo em seu uniforme de Las Encinas: Omar. E eles não parecem conhecer ninguém
naqueles corredores. Ainda. E ainda temos Cayetana, limpando o chão.
Como sua mãe
fazia. Carma, né?
UM FINAL
ESPETACULAR. Que série, que temporada! <3
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