[Series Finale] The Magicians 5x13 – Fillory and Further



“You’re not alone, you know?”
Exibido no dia 01 de Abril, todo mundo ainda esperando que o cancelamento da série seja uma pegadinha bem elaborada (e a verdade é que isso seria mesmo a cara de “The Magicians”), mas nossa série chega ao fim com um episódio surpreendente e emocionante. Eu queria assistir mais, eu terminei o episódio dizendo isso, porque há muita coisa a ser mostrada que encheriam temporadas e temporadas deliciosas pela frente, mas, ao mesmo tempo, a história de “The Magicians” FOI brilhantemente encerrada nesse episódio. O que “Fillory and Further” deixa em “aberto” (e eu não acho que seja “em aberto” mesmo) são pequenos detalhes, pequenos detalhes que costumam ficar em fins de filmes e livros, porque dali em diante a gente sabe o que vai acontecer e resta imaginar… foi um final digno e satisfatório para a série.
Que certamente vai deixar saudade.
O episódio começa com o pessoal celebrando um Natal adiantado, com direito à árvore e presentes do Papai Noel (!), e então eles recebem um coelho mensageiro que diz que Fillory precisa deles AGORA: o Dark King planeja abrir um portal para o Submundo naquela noite, então eles precisam colocar o plano deles em prática… vocês sabem, toda a história de DESTRUIR Fillory e usar a World Seed para dar vida a uma nova versão de Fillory. Eles organizam, planejam, e começam a colocar o plano em ação… Margo e Eliot vão para lá com o pocket world onde os Fillorians vão ser “guardados” até o nascimento do novo mundo, e então eles precisam voltar no tempo, destruir Fillory e dar um jeito de escapar antes que morram com a terra… depois, eles “só” precisam dar vida a uma Nova Fillory, e garantir que, de algum modo, a magia seja mantida no mundo.
“Simples”.
Também temos algumas surpresas bacanas no episódio, como o Hyman se recusando a ajudar e todos propondo que Hyman dê seu corpo para Charlton… afinal de contas, Eliot tem um homem na cabeça (!) sem corpo, e Hyman não quer mais o dele, porque prefere ser um fantasma espiando tudo, e eu AMEI ver o Charlton ganhar uma forma física, embora ele não consiga, tampouco, usar os poderes de Hyman, porque acabou de assumir o controle da sua nova forma… Julia, por sua vez, está prestes a dar à luz, e tem toda aquela tensão de não saber se ela vai sobreviver ou não. Penny não quer que ela passe pela mesma coisa que sua mãe passou, e tampouco quer afastá-la da própria filha, então eles estão prestes a realizar uma cirurgia que separe as duas, quando Dean Fogg aparece do nada e CORDA A CONEXÃO ENTRE MÃE E FILHA DE QUALQUER JEITO.
Depois disso, Julia parece prestes a morrer.
Mas temos uma série de revelações, uma série de detalhes que não chegamos a ver. Penny, desesperado, pede que Plum volte no tempo para que eles refaçam aqueles acontecimentos, mas Plum diz que não pode fazê-lo, porque aquela já é a segunda vez. E ela não entende, mas as coisas ficaram muito piores e muito rápido. Mas nem tudo está perdido, porque Dean Fogg não atacou Julia da primeira vez, e ele se lembra de time loops, então se ele o fez agora, deve ser por um motivo: e ele explica, então, que Julia e a bebê morreram da primeira vez, por isso ele, dessa vez, cortou a “conexão” entre elas abruptamente, para permitir que ele fosse reimplantado em outra pessoa, salvando a Julia e a bebê. E é TÃO LINDO que essa conexão seja feita, então, com Penny, que pode suportar essa conexão psíquica, e temos cenas emocionantes de Penny, Julia e Hope Quentin, a filha do casal… e Penny até ganha uns poderes de volta enquanto a segura!
E é ótimo, porque eles vão precisar deles…
Seb leva Eliot consigo para o Reino dos Takers, para que ele o ajude a trazer Lance de volta. Ou melhor, para que ele sele a porta e impeça os demais mortos de ressurgirem, mas Eliot sabe que não é só isso: ele não o trouxe junto só para ajudá-lo, mas porque sabia que ele ia tentar impedi-lo e, no fundo, é isso o que ele quer. Mas Seb abre a porta para o Submundo, e quando Lance passa para o lado de cá, aparentemente bem, ele pede que Eliot feche a Porta, antes que mais alguém passe… mas então vemos que NÃO ERA O LANCE, NO FIM DAS CONTAS. ERA MARTÍN CHATWIN, A BESTA. Assim, para encerrar a série, a Besta está de volta, e Seb foi enganado… foi usado, porque o irmão sabia que ele faria qualquer coisa para trazer Lance de volta, então ele se passou por Lance para que Seb o “resgatasse”, e agora tudo parece mais perdido que antes.
A Besta volta a abrir a Porta, deixa que as almas se libertem, enquanto Eliot e Seb parecem totalmente indefesos, incapazes de fazer qualquer coisa. A Besta está livre, e assim começa O FIM DO MUNDO. Martin Chatwin quase mata Eliot, mas Seb, felizmente, consegue salvá-lo a tempo, e então ele faz algo bacana: ele pergunta a Eliot qual era o plano, e manda Eliot ir em busca dos seus amigos e terminar o que planejaram, porque ele vai ficar ali e segurar os mortos… e quando Eliot diz, em uma cena bem emotiva, que não quer que ele morra, porque, no fim das contas, ele não é mesmo mal, Seb dá a entender que ele não morrerá… porque Seb não pode morrer. Então, Eliot volta para junto dos amigos, e eles percebem que alguém vai ter que descer e voltar o relógio, o que destruirá Fillory, e Margo se voluntaria para ser essa pessoa que fica para trás.
Afinal de contas, isso é uma coisa que ela aprendeu com Quentin: às vezes temos que nos sacrificar por quem amamos. Por isso, ela está disposta a se sacrificar por Josh e Eliot. Então, ela desce, volta o relógio, e assim começa A DESTRUIÇÃO DE FILLORY – O FIM DE FILLORY. Essa é uma cena impactante, e que tem tudo a ver com o fim de uma era. É como em “Harry Potter e as Relíquias da Morte”, quando vemos o Campo de Quadribol pegando fogo e o Castelo de Hogwarts sendo destruído… não importa se ele vai voltar mais tarde, se ele será reconstruído, a força daquela destruição acaba com a gente, dá uma sensação de que tudo está mesmo chegando ao fim. E, dali em diante, eu não consegui ignorar o fato de que estávamos mesmo nos despedindo de “The Magicians”, com um aperto no coração. Felizmente, Margo não precisa morrer.
Penny a salva, segurando Hope Quentin.
É LINDO! <3
Agora, então, eles só precisam conjurar uma Nova Fillory, e eles esperam que seja fácil, mas não é. Josh, Margo e Alice fazem a parte da magia, enquanto Fen colabora com as suas memórias, mas não basta descrevê-las: ela tem que doá-las. E é uma cena bem emotiva enquanto Fen pensa em Fillory, pensa em sua Fillory, e pensa em todas as maneiras como Fillory também podia ser um saco – todas as coisas que ela não quer replicar. Então, ela se permite criar algo novo, algo que é um pouco sua Fillory, a Fillory que todos conhecemos, mas que também é um pouco de cada um deles, um pouco do melhor da Terra também… uma nova casa. “Can't I just... have the best of Fillory? The best of us, of Earth. Plus the best of those cool movies Todd and I watched. That's the home I want. That's what we deserve”. E, então, a Semente responde.
Um novo mundo está nascendo.
E os quatro são levados com ele…
Assim, o episódio termina com os grupos separados, mas não é a primeira vez que isso acontece, e nós sabemos que eles vão encontrar uma maneira de se reunir novamente. Agora, preciso falar do fim que foi dado a Eliot, E COMO EU AMEI O QUE ACONTECEU COM ELE. Eliot se tornou um professor de Brakebills, parcialmente infeliz, porque ele sente falta de Margo e de todos os outros que desapareceram quando criaram a Nova Fillory, mas ele não está sozinho. Ele tem Charlton, que agora tem um corpo, mesmo que seja na forma de Hyman. A conversa dos dois é LINDÍSSIMA, e Eliot se pergunta se Seb pode ainda estar vivo, e Charlton é um fofo, dizendo que ele deve estar melhor agora, talvez com alguém que o ama – e está, ele está à salvo, com Jane Chatwin. Mas Charlton diz algo a Elliot, algo que nós já percebemos: QUE ELE NÃO ESTÁ SOZINHO. E então lhe faz uma surpresa, lhe devolvendo a pulseira que o Papai Noel lhe deu, agora com um feitiço…
Um feitiço que o faz ver Charlton em sua forma original. Não mais Hyman, mas o Charlton que esteve dentro de sua mente, o Charlton que o conhece tão bem, o Charlton que, de alguma maneira, ele ama. E é LINDO ver como o rosto de Eliot se ilumina ao vê-lo em sua forma verdadeira. “You look like you”. Dali em diante, a cena fica CADA VEZ MELHOR. Amei a maneira como Eliot toca o seu rosto (“Oh, this is weird” “Good weird”), e naquele momento nós SABÍAMOS o que TINHA que acontecer, porque não conseguiríamos ficar tranquilos se não víssemos Eliot e Charlton juntos, mas o diálogo que leva a isso é tão perfeito… tão perfeito que ele precisa ser transcrito:

“I have an awkward question”, Charlton diz. “I often ask myself what you'd say, and the answer's, ‘Of course not. Don't be stupid, Charlton. Eliot's isn't the kind of...’”
“Charlton. Ask.”
“I wonder whether you could ever be romantically inclined with someone like me?”
“A thousand-year-old Fillorian in a pervert ghost's body wearing a transfiguration amulet?”
“A man who knows you well, is emotionally available, and plans to stick around.”
“Well, shit, Charlton.”
[…]
“Are we going somewhere?”
“Upstairs to explore this further.”
“Fuck”

PODERIA SER MAIS PERFEITO?
Eu não sabia o QUANTO eu precisava de Eliot e Charlton juntos! <3
É um diálogo no melhor estilo “The Magicians”, que combina com Eliot e com Charlton, e que é profundamente intenso, sincero, e o que eu mais amei é que essa foi uma relação construída aos poucos. Talvez até então não tivéssemos percebido, talvez nunca tivéssemos pensado nisso, talvez nem eles… mas o roteiro de “The Magicians” foi inteligente para colocar algo que FEZ TOTAL SENTIDO, e que foi poeticamente bonito. Não tem como não shippar, porque Charlton realmente o conhece bem demais, e Eliot também o conhece, e os dois se dão tão bem, e é perfeito… eu torcia por Eliot e Quentin, mas isso não é mais possível, e eu cheguei a sentir algo por Eliot e Seb, mas eu descobri que, depois de Quentin, a melhor opção para o Eliot é mesmo o Charlton. Eu espero que eles sejam felizes. Mas o beijo dos dois no topo das escadas…
QUE BEIJO GOSTOSO!
Queria ser o Hyman nessa hora…
Todos que ficaram para trás se perguntam sobre os que desapareceram. Será que eles foram sugados pela Semente porque ela precisava de matéria para criar um novo mundo, ou será que eles simplesmente desapareceram? Eles não sabem, mas Fen, Alice, Margo e Josh estão lá, sãos e salvos em uma NOVA FILLORY, um lugar que não é exatamente Fillory, mas, ao mesmo tempo, não deixa de ser. Tem o melhor de Fillory, como Fen desejou, e o melhor deles… como plantação de pizza e um campo de bacon. Por que não ser feliz ali, naquele novo mundo? Os quatro estão ali, pensando em como vão ter que começar tudo do zero, enquanto se perguntam qual o melhor momento de trazer todos os Fillorians de volta, e Fen entrega a Margo o cavalo-marinho, a denominando “High King Margo, the Creator”. É hora de começar uma nova vida, do zero…

“You guys know our lives are about to get even weirder in some insane way we can't possibly predict?”
[…]
“I find that somehow... perversely comforting.”
“So do I. That's how I know it's our story.”

“The Magicians” vai deixar saudade. Eu queria mais, eu estaria, nesse momento, esperando ansiosamente por uma sexta temporada. Há tanta coisa a se ver… o romance de Eliot e Charlton, em primeiro lugar. O nascimento e crescimento de uma Nova Fillory, com Margo, Alice, Fen e Josh como seus governantes… o pessoal do lado de cá tentando chegar até eles, do outro lado. Daria para continuar, daria para fazer uma EXCELENTE sexta temporada. Ao mesmo tempo, no entanto, como eu comentei lá no início do texto, foi um final LINDO, e um final inteligentemente fechado. Não ficou nada “em aberto”, como algumas pessoas comentam. Não tem nada que realmente precisávamos ver, apenas coisas que gostaríamos de ver. E é uma boa hora de parar, porque eu tenho certeza que sempre olharei para “The Magicians” com carinho e uma pontada de saudade.
Acho que é a melhor maneira de se despedir de uma série.
Obrigado por tudo, “The Magicians”!
<3


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