Turma da Mônica GERAÇÃO 12, Episódio 4 – O Encontro
“A história sempre muda de acordo com quem a conta”
EU CONTINUO
APAIXONADO PELA “GERAÇÃO 12”. Infelizmente, a Panini atrasou um pouco no
lançamento da nova edição da “Turma da
Mônica: Geração 12”, que devia ser bimestral, mas teve uma edição em
novembro e outra em janeiro, mas esse “Episódio
4” veio com tudo! No melhor estilo mangá,
com traços lindíssimos, e dessa vez com mais cara de um episódio de anime do que de tokusatsu, “O Encontro”
traz um pouquinho mais de mistério para a turminha enquanto eles celebram o
“Dia da Tecnologia Híbrida”, um importante feriado nacional em que eles podem
curtir um festival na cidade, com direito a desfile do pessoal da BRASA,
exposições e comidas diferentes. E essa edição também traz novos personagens, conhecidos das outras versões da Turma, mas que
ainda não tinham aparecido aqui e são alunos
da Escola Técnica Sideral.
Ou “ETS”.
Na edição
passada, quando Cebolinha foi o último a ganhar seus poderes, Sansão recuperou mais um fragmento de memória, e agora
ele o compartilha com o pessoal, embora seja bastante vago. Ele fala sobre uma
batalha que presenciou (ou de que participou) com robôs gigantes e a Bruxa da
Lua, que ele chama de “uma moça de chapéu que manipulava plantas”. Ele não se
lembra de detalhes importantes, como onde
foi a batalha, ou por que ela estava
sendo travada, mas ele se lembra da sensação
ruim do momento, como se ele
estivesse em perigo. Como a conversa com o Sansão, no entanto, não parece
levar a um lugar concreto, o Cascão pede que eles deixem os mistérios de lado e
curtam a festa… afinal de contas, ela só
acontece uma vez no ano! E, nas exposições, vemos alguns feitos do
Astronauta em hologramas com títulos a la
Júlio Verne…
“Viagem ao Centro do Octaedro Singular”
“A Volta ao Asteroide Magnético em 80
Ciclos”
Cebolinha
volta a ter importância nessa edição quando, teimoso como ele só e emulando o
Do Contra, resolve ir atrás de um
cachorro-quente especial, e então se separa do grupo e acaba se encontrando
com a Bruxa da Lua, que aproveita para se aproximar dele: afinal de contas, é ele quem pode levá-la às misteriosas crianças que
estão lutando contra os seus monstros. Cebolinha até tenta usar a ajuda do
voguel para se proteger, mas ela é muito
mais ágil que ele – e ele a reconhece como a mesma pessoa na lembrança do
Sansão: uma moça de chapéu que luta
usando plantas. Ela se apresenta para ele, então, como Selene, uma Bruxa da Lua, e é interessante como ela
conta a sua história, puxando para um lado mais dramático, no qual ela consegue
facilmente se fazer de vítima, e meio
que começar a conquistar a confiança do
inocente Cebolinha.
E ele se acha
tão esperto…
Ela diz que
sua missão é “ajudar a trazer o equilíbrio de volta ao seu mundo, que entrou em
colapso após uma catástrofe ambiental”, e ela explica que o Clã da Lua são os
responsáveis por manter a harmonia entre a civilização e a natureza, através de
seus poderes mágicos… e ela também diz que seu clã era liderado por sua avó, a
Matriarca Viviane (AI, AS REFERÊNCIAS!), mas ela foi abduzida por um ser terrível. Selene, então, teve que assumir o seu
lugar, mas ela não era tão poderosa
quanto a avó, e por isso as árvores começaram a morrer, os rios começaram a
secar, e ela recebeu a ajuda do “Grande Mestre” para ir atrás da avó, embora
não a tenha encontrado… e quem quer que a tenha levado conseguiu escapar –
especificamente para aquele mundo, para
aquela cidade. “Tudo o que quero é
encontrar este inimigo, salvar minha avó e, assim, restabelecer o equilíbrio em
meu mundo”.
E ela
consegue o que quer: que o Cebolinha
desconfie do Sansão!
Cebolinha é
impressionável, fica todo confuso com a história, e vai querer tirar essa
história a limpo… enquanto isso, Mônica, Magali, Cascão e Milena vão até uma
exposição que o Cascão queria ver, mas
que só vai ser aberta no próximo ano, mas essa jornada acaba os levando
diretamente a alunos da Escola Técnica Sideral (ETS), ligada à BRASA, e são
rostinhos que já conhecemos da turminha ou da Turma Jovem, mas que aqui ainda são desconhecidos do núcleo central da
Geração 12. São eles o Franja, o Titi, o Jeremias e a Cascuda. E É TÃO BOM
VÊ-LOS NA HISTÓRIA, e é melhor ainda saber que eles são de outra escola, e que
podem desempenhar um papel importante
nas próximas edições, mais do que meros personagens secundários que estudam na
mesma sala deles no Instituto Astro. E já dá para perceber que vai rolar bastante competitividade.
O pessoal da
Escola Técnica Sideral parece se achar,
é verdade. Especialmente o Titi, mas esse é o Titi em qualquer versão da turma. A Cascuda é inteligente, o Franja é
sempre um fofo e o Jeremias é um personagem que eu adoro na Turma Jovem – vamos ver como ele está aqui. E a verdade é
que, competitividade à parte, uma escola
depende da outra. De uma saem os mecânicos, engenheiros e pilotos que
tornam as viagens espaciais possíveis; de outra, os exploradores. Mas eu devo
dizer que eu simpatizei com o pessoal
da ETS, especialmente quando a Cascuda soltou aquele SENSACIONAL “Olha só pra eles… com certeza não sabem a
diferença entre um capacitor de fluxo e um motor de dobra”, que é uma
referências PERFEITA a obras de ficção científica que eu adoro. A “Turma da Mônica” sempre foi mesmo muito boa em trazer referências!
E a chegada
do pessoal da ETS nos faz perceber, ainda que existe MUITA COISA A SE EXPLORAR,
como quando o Jeremias fala que “o Astro não fez tudo que diz que fez”, e
explica sobre como a Tecnologia Híbrida foi desenvolvida em parceria com várias civilizações espaciais, mas isso
é algo sobre o que não se fala:
“Os aliens do planeta Kristallis, por exemplo, já usam
os cristais há muitas eras. […] Mas claro que não é essa versão que os seres
humanos gostam de contar por aqui… a história sempre muda de acordo com quem a
conta”
WOW, QUE CRÍTICA
PERFEITA! \o/
E isso é
importante para o que vem a seguir… Mônica fica toda esquentadinha, e quer sair
dali o mais rápido possível, e é quando o Cebolinha aparece, colocando o Sansão
contra a parede, perguntando o que mais ele sabe, e ele levanta perguntas pertinentes, embora da maneira errada –
se ele não se lembra de muita coisa, como eles saberão se ele estava lutando
para o bem ou para o mal? Talvez ele só esteja contando o que ele quer que eles
acreditem… e as confusões e ataques só começaram depois que ele chegou. Milena
e os demais reconhecem a pertinência de alguns questionamentos, enquanto a
Mônica só sabe ficar furiosa, mas até
a Magali concorda, e usa o que o Jeremias falou: “A história sempre muda de acordo com quem a conta”. Dali em diante,
é uma confusão, e eles precisam aprender
a trabalhar em equipe, independente
de suas diferenças.
Depois de ser
questionado, tudo o que o Sansão quer é fugir dali e ficar sozinho, mas o
Cebolinha faz de tudo para prendê-lo com um laço. A Mônica, por sua vez, se
transforma e derruba o Cebolinha, para que o Sansão possa escapar, e o Cascão
também se transforma, para tentar ajudar o Cebolinha, embora ele seja atrapalhado demais e não consiga
fazer nada. Por fim, a Magali também se transforma e usa os seus poderes
para capturar o Sansão, para o assombro de Mônica… mas Magali também quer tirar aquela história a limpo, quer algumas
explicações. Mônica se volta contra eles, e enquanto eles brigam usando
seus poderes (com a Milena, sensata, tentando impedi-los, dizendo que não foi para isso que eles ganharam seus
poderes), eles acabam causando a explosão do Cristal Gerador, o que causa
pânico e confusão na cidade.
É
interessante que, sem monstros gigantes para lutar nem nada, a equipe tenha
lutado entre ela, para que entendam
que ELES SÃO UMA EQUIPE e não podem fazer o que acabaram de fazer, mesmo quando
exista diferença de pensamento. Assim, talvez eles se fortaleçam como equipe, e isso sim nos faz lembrar
tokusatsus, especialmente “Super Sentai”,
quando um membro da equipe precisa aprender
a trabalhar com os demais… na confusão da explosão do Cristal Gerador, o
tumulto, histeria e desespero das pessoas geram
toda a energia negativa de que a Bruxa da Lua precisa para trazer seu
“Rastreador” à vida, embora as coisas não
saiam exatamente como ela planejara. A turminha, agora sob o nome oficial
de herói de “G12”, se une para o bem para salvar o Titi, e aquela é uma cena e tanto, de todos trabalhando
em equipe com seus poderes.
Essa turminha
vai longe!
Mal posso
esperar pela próxima edição!
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