Dark 3x02 – Die Überlebende (Os Sobreviventes)
“[…] elas convergem para o mesmo momento”
Acompanhamos
aqueles que sobreviveram ao apocalipse do dia 27 de junho de 2020, e o
resultado é um episódio extremamente interessante! Gostei de como caminhamos
por vários tempos, de como entendemos várias coisas enquanto algumas ainda nos
geraram perguntas, e como tudo
culminou naquele momento em que passamos de Martha para “Eva”, e podemos ver
aquela tão aguardada árvore
genealógica completa, de ambos os mundos… e fica cada vez mais claro que,
provavelmente, essa “Martha de outro universo” é nova na equação e talvez não
faça parte do ciclo original, daquilo que Adam quer que se repita
infinitamente. Afinal de contas, o Jonas
adulto diz com todas as letras que NÃO TEM MEMÓRIA ALGUMA de ter conhecido essa
Martha ou visitado o seu mundo… isso está acontecendo pela primeira vez
agora, com o nosso Jonas.
O que isso pode mudar?
Será que
estamos mesmo presenciando as
sementes de um terceiro mundo?
O episódio
começa com Martha sonhando (lembrando) com uma cena de sexo com Jonas, em
paralelo às coisas que aconteceu no seu mundo depois do dia 4 de novembro de 2019… vemos a Martha de casaco
amarelo na caverna fechada pela polícia, ou lavando desesperadamente o sangue
das mãos, de alguém que ainda não vimos quem é… quando ela desperta, o Jonas
adulto espera por ela. Estamos em 1888, e Jonas leva Martha para conhecer o
restante do “grupo”: Magnus, Franziska, Bartosz… Jonas diz que “ela não é a
Martha”, e ela conta a história de seu mundo, a história de um mundo no qual
Mikkel nunca viajou no tempo e, portanto, Jonas nunca existiu… ela também conta
que jurou “consertar tudo”, para que
eles não morram no seu mundo, como aparentemente morreram no apocalipse, e para
que ela não morra no deles…
Mas a dúvida
de todos é: por que, então, o seu mundo
acaba como o deles?
Quer dizer, se “tudo” foi “diferente”…
Enquanto
isso, acompanhamos outros tempos em Winden. Em 22 de setembro de 1987,
Katharina explora a casa de Inês Kahnwald, descobrindo na casa a foto de
Mikkel, o seu filho que agora se tornou Michael.
E esse é justamente o dia do enterro simbólico de Mads Nielsen, uma cena
angustiante que reflete uma das principais teorias de “Dark”: que a história sempre se repete. Aqui, Jana “pede” que
Tronte conte a todos onde estava
quando o filho desapareceu, e diz que “ele estava transando com Claudia
Tiedemann” quando Mads sumiu – é a mesma
história do desaparecimento de Mikkel em 2019. Isso, ainda, nos confirma
uma teoria que já circulava há algum tempo: que Tronte é o PAI de Regina
Tiedemann, e também é ele quem aparece no futuro, depois do apocalipse, para matar Regina. Um emaranhado interessante de acontecimentos!
Ainda em
1987, Katharina insistentemente busca por Mikkel e distribui panfletos, e temos
aquela cena incrível na qual ela vê o jovem Ulrich na escola, e ele fala algo
sobre “o garoto poder ter sido levado pelo louco do hospício” – interessante
pensar nesse seu comentário, alheio ao fato de que ele mesmo é o “louco do hospício”. Também é impactante quando
Katharina vê a si mesma beijando o Ulrich adolescente (“Eu me lembro disso”, ela comenta, provando que isso já aconteceu e faz parte do ciclo), ou quando Hannah, mais jovem que eles, tenta
“ajudar” contando sobre o “louco”, e então Katharina se volta contra ela, manda
ela ficar longe de Mikkel e de Ulrich.
UMA CENA E TANTO. Só não é melhor do que a emoção contida na cena em que
Katharina conversa com a própria mãe (!) para que ela a deixe entrar no
hospício para ver o Ulrich.
Um primor de
atuação, uma cena impactante, de fato.
Ela promete tirá-lo de lá.
Também
acompanhamos os acontecimentos de 22 de setembro de 2020 e conhecemos Winden pouco depois do Apocalipse – e uma
notícia na rádio nos dá algumas informações que nos ajudam a entender esse
mundo recém-destruído, mas que já parece a Winden que conhecemos em 2052/3. A
teoria diz que o mundo teria ficado parado por um nanosegundo, causando
divergência nas marés, o que, por sua vez, deu origem a maremotos ao redor de
todo o mundo, fenômenos meteorológicos e panes nos sistemas elétricos, o que
explica a queda maciça de aviões, e a interrupção do fornecimento de usinas
nucleares no mundo. Wow. E acompanhamos, nessa visão devastada de 2020, Peter e
Elizabeth buscando Charlotte e Franziska, ou Claudia, “uma das poucas
sobreviventes do apocalipse”, fazendo uma gravação sobre estabilizar a partícula de Deus porque ela pode ser um caminho de volta
para o passado…
Um caminho para “salvar todos eles”.
Por fim,
retornamos a 1888. Aparentemente, os viajantes do tempo conduzidos até ali por
Jonas, graças à carta que recebeu, agora estão presos naquele ano porque a
máquina está “vazia”, e é difícil
encontrar combustível nuclear do futuro por ali. Martha também tem as suas
perguntas: ela quer saber o que é aquela oficina, quem é o homem cego que falou
com ela, e se ele sabe quem eles são e de
onde vieram. E é através desse homem cego, em uma conversa com Jonas, que
ouvimos falar pela primeira vez sobre “criar um paraíso”, onde toda a dor pode ser extinta antes mesmo de ela
existir… ele tem um plano, um plano que culminará, nas suas palavras, em “um mundo
perfeito”. Eu ainda acho que o plano é
fundir os mundos de Jonas e de Martha e criar um terceiro mundo, diferente de
ambos, nos quais as coisas são diferentes e o apocalipse não precise acontecer.
E, ao falar
sobre o plano, o velho cita o lema da Sic Mundus.
“Sic Mundus Creatus Est”
Bartosz, na
tentativa de responder a algumas perguntas de Martha, a leva até a base da Sic
Mundus, e é uma cena INTENSA. Ele explica que é uma espécie de sociedade secreta à qual o velho
Tannhaus e seu pai dedicaram toda sua vida, e agora ele é o único que sobrou – “O pai dele tinha certeza de que poderia
anular as leis do espaço e do tempo”. É o que o Jonas está tentando fazer
agora. E Bartosz também tem perguntas a Martha: Jonas falou sobre Adam tê-la mandado, sobre o Adam tê-la matado, e ele
quer saber quem é o Adam, e ela responde: “Então ele não contou para vocês? Ele
é o Adam. O Jonas”. E, em paralelo, partimos para o mundo de Martha, com a
Martlha velha (Eva) conversando com o nosso Jonas, no seu escritório – na
parede, o quadro de Adão e Eva; no chão, a árvore genealógica dos dois mundos,
convergindo ao mesmo ponto.
E uma fala
intrigante:
“As escolhas que fazemos neste mundo podem ser
diferentes, mas, ainda assim, elas convergem para o mesmo momento. As coisas
podem não acontecer do mesmo jeito, ou no mesmo momento, mas elas acontecem.
Você acreditou que um mundo sem você seria melhor. Mas todos morrerão. Mikkel.
Mikkel morrerá. Todos morrerão. O apocalipse acontece no meu mundo como acontece
no seu. Mas, no meu, será daqui 3 dias”
GENTE, AMANDO
CADA SEGUNDO!
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Cara tuas reviews são muito fodas! Parabéns!
ResponderExcluirMuito obrigado!!! :)
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