Snowpiercer 1x05 – Justice Never Boarded



O julgamento de LJ.
Eu terminei o episódio com a sensação de que não sabia o que comentar, mas uma coisa é certa: MELANIE JÁ PERDEU O CONTROLE DA SITUAÇÃO E ISSO VAI PIORAR MUITO! “Snowpiercer” continua se saindo muito bem como série, gerando tensão a cada episódio, e esse “Justice Never Boarded”, trazendo o julgamento de LJ Folger, foi uma mistura de emoções controversas, do alívio à frustração, provando, como o título sugere, que a justiça nunca embarcou… mesmo assim, a revolta é mais eminente do que nunca, e ela não vai partir, necessariamente, do Fundo, como pensamos originalmente – gostei de como a série apresentou toda a divisão de classes na “Locomotiva Eterna, o trem de 1.001 vagões” e usou uma série de assassinatos, que talvez parecessem não importantes no início, para intensificar toda essa divisão.
É uma guerra.
E a Terceira vai ter que vencer.
Melanie Cavill sabe que já tem uma revolta surgindo na Terceira Classe, e que o julgamento de LJ pelos assassinatos vai ser a chave para conter ou explodir essa revolução – mas as coisas acabam saindo de controle. Em uma cena com Audrey no Night Car, ela fala a Melanie sobre como eles exigem um novo júri para o julgamento… originalmente, apenas a Primeira e a Segunda Classe faziam parte do júri, mas as pessoas assassinadas são todas da Terceira Classe, e são eles que mantêm funcionando todos os sistemas do trem – eles querem e merecem ser ouvidos. Eu gosto de como Audrey diz isso a Melanie calmamente, mas a pressão é evidente: ela não tem muita escolha. Ou ela aceita o novo júri, ou eles se farão ouvir de alguma outra maneira. Mas Melanie também sabe que isso vai intensificar as divisões de classes porque a Segunda e a Primeira serão contra.
Os Folger farão da sua vida um inferno.
Esse episódio traz um momento bem interessante de vulnerabilidade para Melanie, naquele momento em que, na frente do trem, ela não tem que fingir ser outra pessoa, e então ela pode falar sobre o que sente falta, pode desejar respirar, pode chorar no peito de outra pessoa… é intenso e, ali, ela toma sua decisão: IMPLANTA-SE UM NOVO JÚRI. Naturalmente, ela é imediatamente questionada, e tudo fica mais tenso a cada segundo… o evidente jogo de poder, as manipulações escancaradas… e então chegamos ao julgamento. Os depoimentos contra LJ são todos TÃO CLAROS que é angustiante pensar que provavelmente ela seria absolvida… era tudo tão óbvio sobre como ela era culpada. Inclusive, eu tive que aplaudir o MARAVILHOSO depoimento de Audrey, que serve, também, para incitar a Terceira Classe e exigir um posicionamento do júri.
Eles têm que condenar LJ.

“Her name was not ‘victim’. Her name was Nicolette Genêt... Nikki. She sang off-key, and she was kind as a rule, but few of you care up here. To you, she's just some dead girl from downtrain. Well, you need to care about the lives of Third, because seven days a week, three shifts a day, we keep the bearings greased and the cold at bay. We draw straws to have children, and we die from preventible accidents and diseases you get treatment for. I haven't come to this place easily. When we left Chicago, we needed Mr. Wilford's iron order to survive, but almost 19 revolutions later... seven years, I know all of you, and I know we need to save our souls. Find your compassion. Send a message to this entire train that justice is not reserved for the rich. There can be justice for all, for Nikki. Her name was Nikki”

O depoimento de LJ, como não podia ser diferente, é revoltante… dissimulada, ela chora para manipular o júri, com uma facilidade nojenta, e sabemos que o problema será grande quando ela começa a falar de Sean, quando ela fala que ele era um informante do Sr. Wilford, e, basicamente, ela dá a entender que pode contar todos os segredos do “Sr. Wilford” se o resultado do julgamento não for o que ela deseja… e, então, o júri anuncia sua decisão unânime: LILAH FOLGER JUNIOR É CULPADA DE TODAS AS ACUSAÇÕES. Naqueles poucos segundos, sentimos uma paz, um alívio. Vemos a comemoração de todos que assistiam, a satisfação no rosto do júri ao fazer o correto, e por alguns segundos parece que tudo vai ficar bem, mas, como o título do episódio não nos deixou esquecer, “a justiça não embarcou”, e então tudo acaba mudando.
Chega uma mensagem do “Sr. Wilford” mudando a decisão do júri e mandando soltar LJ, o que é ABSURDO e REVOLTANTE, mas, ao mesmo tempo, isso vai acabar sendo bom a longo prazo… porque talvez parte da Terceira Classe se acalmasse com a condenação de LJ, mas agora é mais evidente que nunca que a Primeira e a Segunda Classe não se importam para eles e para as vidas que eles perderam – agora, mais do que nunca, a revolução é necessária e ela está nascendo na Terceira Classe, nem é no Fundo, como pensamos que seria. Como Audrey avisou: são eles que cuidam de todos os sistemas do trem e que o mantêm funcionando, que mantêm as duas primeiras classes seguras, e eles são maioria. Se eles se unem contra as primeiras classes, os ricos não terão chance alguma… E EU MAL POSSO ESPERAR PARA VER ESSA REVOLUÇÃO ACONTECENDO!
Enquanto isso, também acompanhamos uma jornada de Josie trem acima em busca de Layton, que está desaparecido, e que eles suspeitam estar nas gavetas. Fazendo alianças arriscadas e constantemente correndo o risco de ser pega, Josie descobre Layton em uma das gavetas, e por um momento parece que vai dar tudo errado, quando Till e Oz a encontram ali, e Oz, descontrolado, a ataca, mas Till (AH, COMO EU GOSTEI DA TILL NAQUELE MOMENTO!) ataca Oz e o deixa desacordado… ela não sabia que o Layton estava nas Gavetas, achou que ele tinha sido mandado de volta para o Fundo, e isso a choca o suficiente para fazê-la hesitar, para fazê-la questionar um pouco as decisões – e o descaso da Primeira Classe com as vidas que não as deles. Então, naquela única vez, Till ajuda Josie a tirar Layton dali, e eles a levam até Zarah para cuidar dele.
Layton em breve estará de volta.

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