3% 4x01 – Lua



Uma “visita” ao Maralto.
QUE RETORNO GOSTOSO! Eu estou muito feliz pela Netflix ter levado esse projeto até o final – é a primeira série brasileira da plataforma, e é uma série excelente que abriu portas para outras produções e que certamente vai deixar saudade. Eu amo “3%” desde a estreia, lembro-me de vir elogiar o Piloto, que me deixou empolgadíssimo, e eu nem sabia o que isso tudo viraria. A série tem uma trama interessante e repleta de críticas sociais, e, a cada temporada, o roteiro nos presenteou com novidades que expandiram esse universo e essa história… estamos na última temporada, e parece que “3%” vai ter uma última temporada como merece: EXCELENTE. Assistindo ao primeiro episódio da quarta temporada, lembrei-me do quanto eu amo esses personagens, e do quanto eu vou sentir falta deles… especialmente dos meus dois xodós: Joana e Rafael.
Rodolfo Valente está ainda mais lindo ou é coisa minha?
Enfim.
O episódio começa nos deixando um pouco perdidos, mas perfeitamente curiosos. Vemos a inusitada chegada de cinco pessoas ao Maralto: Joana, Rafael, Marco, Eliza e Natália. O que eles estão fazendo ali, afinal? É uma entrada interessante e com direito a um certo tom de nostalgia, porque eles precisam passar pelos mesmos corredores onde tentaram o Processo, e voltar a vestir as mesmas camisetas que vestiram lá na primeira temporada, quando isso tudo começou… e eu amo como o Rafael já está fazendo piada com isso tudo. Então, eles são levados para o Maralto, e percebemos que o grupo estará separado nessa última temporada… qual é o plano e quão grande são os riscos de algum deles acabar sendo “seduzido” pelo Maralto ainda não sabemos. Então, a série volta no tempo, duas semanas, para entendermos o que nos levou a esse ponto da história.
A Concha continua tentando crescer e prosperar, tentando dar ao Continente uma oportunidade de recomeçar, coisa que o Maralto negou todos esses anos… mas ainda existe algo muito importante: DESTRUIR O MARALTO. Enquanto isso não acontecer, a relação de poder e opressão continuará existindo, e as vidas no Continente não poderão ser reconstruídas, porque as pessoas continuam sonhando com um ideal distante do “Maralto” e deixam de viver, de investir no Continente… por isso, quando o Maralto entra em contato (afinal de contas, a Concha tem Marcela como sua prisioneira), Joana e os demais resolvem colocar um plano que estão armando há meses em prática: acabar com o Maralto. Eles planejavam invadi-lo, mas ser convidados é muito mais fácil. Quando eles são chamados para uma “reunião diplomática”, eles pensam em levar o Pulso.
O plano é simples: algo que vai acabar com todas as tecnologias do Maralto e devolvê-lo ao zero – eles terão que reconstruir a sua vida a partir do nada, assim como o Continente. Michele decide separar o grupo: apenas alguns irão para tentar fazer essa negociação com André, enquanto ela ficará para trás, para ficar de olho em Marcela… e, embora ela não diga isso com todas as letras, em Glória. Glória fez eu passar raiva o episódio todo! O plano do Pulso depende de duas peças: uma que Marco que já levou com eles, escondida em sua perna mecânica, para poder passar pelos detectores, e outra que Michele e Xavier pretendem enviar em uma geladeira que está sendo levada para o Maralto… mas ele não consegue esconder a segunda peça, eventualmente, porque Glória (tem que ter sido ela!) estraga todo o plano… e tudo parece ter ido por água abaixo.
Mas acho que isso nem é tudo… não sabemos que rumos a história pode tomar no Maralto, mas temos a incômoda sensação de que tudo é possível. E “3%”, como sempre, consegue transmitir bem toda essa sensação de desconforto, quando o pessoal da Concha tenta negociar com o André, por exemplo, que quer não apenas manter o Processo, mas quer ser “apoiado” pela Concha – e já tivemos uma temporada toda sobre lutar contra o Processo e tudo o que ele representa. E também é estranho perceber que, desde o primeiro momento, Eliza não parece assim tão convencida do plano deles: afinal de contas, o Maralto tem suas vacinas e suas tecnologias que podem ser usadas para tratar doenças, e ela não sabe se quer abrir mão disso tudo, e ela quase coloca tudo a perder fazendo uma exigência a André que não estava nos acordos do grupo.
Tudo é extremamente tenso, e eu adorei isso! Amei a maneira como o grupo é levado para uma casa vazia do Maralto, casa que pertencera a um dos soldados que a Concha capturou, e como tudo ali parece distante da realidade deles e opressor… como parece buscar anular a identidade deles e torná-los algo do Maralto. A pintura de Marcela na parede, para atormentar Marco, por exemplo, o banho de Joana, que traz de volta algumas memórias desconfortáveis, e as roupas que eles eventualmente acabam usando para “parecerem parte daquele lugar”. É tão bizarro vê-los usarem aquelas roupas. O mais resistente de todos parece ser Rafael (eu já disse que eu amo o Rafael?), e eu realmente fiquei com pena dele tentando se manter acordado a noite toda, paranoico em busca de escutas e câmeras… mas também amei como eles burlaram isso fazendo “uma reunião no mar”.
Uma das tramas que mais tendem a se desenvolver agora, no Maralto, é a de Joana. Ela sentiu algo assim que chegou ao lugar e foi recebida por uma mulher que colocou um colar no seu pescoço; depois, algumas memórias relacionadas à agua pareceram voltar, seja no banho ou no mar, durante a reunião; e agora ela parece se lembrar do seu nome original: Luana. E ela se pergunta se sua mãe estava no Maralto esse tempo todo e é aquela mulher que a recebeu, assim que ela chegou. Quando ela, Natália e Eliza invadem o hospital (para pegar a “encomenda” de Xavier, que não veio), Joana acaba se distraindo e ficando para trás para ver os registros médicos do Maralto, para ver se descobre algo sobre a sua família… e, aparentemente, aquela mulher é mesmo Verônica, sua mãe, mas isso não é tudo – ela a leva para uma “reunião familiar” (?), que inclui Nair.
Estou TÃO ANIMADO para essa temporada.
Já começou com tudo!

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