3% 4x03 – Fogo
“Só tô aproveitando enquanto eu acredito ainda”
Duas coisas
que não mudam: EU AMO O RAFAEL e EU ODEIO A GLÓRIA. Rafael sempre foi o meu
personagem favorito em “3%”, e eu
adorei ter um episódio parcialmente focado nele na temporada final dessa série
que vai deixar saudades. Nesse
episódio, podemos ver Rafael discordando do “Plano B” dos seus companheiros da
Concha que estão no Maralto (ele tem razão, o lance é DESTRUIR o Maralto,
acabar com a utopia ilusória que impede o crescimento do Continente), e
tentando fazer algo por ele mesmo, ao mesmo tempo em que revisitamos um momento
importante de sua vida, lá no ano do Processo 103. Em paralelo, acompanhamos
outros personagens como a Michele, tentando fazer seu plano funcionar, e a
Glória, sendo a mesma burra
desprezível de sempre… é um episódio EXCELENTE, possivelmente um dos meus
favoritos na série.
Acredito que
Glória seja a personagem mais odiada do
público – e se você não odeia a Glória, é melhor você rever alguns de seus
conceitos. Ela continua sendo a mesma
traidora de sempre, e desde o episódio passado que está conversando com
Marcela, tentando negociar com ela em troca de informações: então, em troca da
promessa de que “o seu Processo ainda não acabou” e de “duas vagas no Maralto”,
Glória trai todo o propósito da Concha contando para a Marcela o que eles estão fazendo… como eles
planejam destruir o Maralto detonando o pulso eletromagnético. Glória entrega
tudo de mão beijada para Marcela, mas isso certamente não é o pior que ela faz. Antes que Marcela lhe garanta as duas
vagas que ela pediu (uma para ela e uma para o filho de Marco, que está
esperando), Glória precisa fazer uma última coisa: colocar fogo na Concha.
Sinceramente,
Glória podia ter queimado junto.
QUE AGONIA
ASSISTIR ÀQUELAS CENAS!
Enquanto
isso, Michele está infiltrada no prédio do Processo, dependendo da ajuda de
Xavier para conseguir entrar e enviar o gerador que colocará o plano em
prática… e Xavier consegue fazer a sua parte (pausa: só eu que fiquei intrigado com a piscadinha do seu
companheiro de “prova de choque” durante aquela conversa sobre o banheiro?), deixando Michele entrar.
Tudo parece estar indo razoavelmente bem, dentro do possível, até que André
descubra que “tem uma infiltrada da Concha no prédio”, e então ele manipula
seus candidatos, dizendo que a próxima
prova do Processo é capturar a Michele. Naturalmente, ela é encontrada pelo
grupo em que Xavier está, e isso acaba salvando
a sua vida, porque ele se sai muito bem na hora do desespero, contando que
Michele é irmã de André e ele,
provavelmente, “vai querer acabar com ela ele mesmo”.
Joana, por
sua vez, continua acreditando no plano armado por Veronica, e então eles
planejam invadir a CRT para tirar André do poder com a ajuda dos conselheiros
que foram aprisionados… não é o melhor dos planos, mas é o único que eles têm.
Rafael, inicialmente, se recusa a juntar-se a eles: não foi isso que eles foram fazer no Maralto, eles não foram lá para
colocar outro deles no poder, mas sim para destruir o lugar! Mas eu acho
que toda essa trama é importantíssima para mostrar a forma como o Maralto manipula as pessoas. Depois
que tudo dá certo, Joana tem uma conversa cheia de esperanças com Veronica,
perguntando se ela teve filhos no
Continente, e Veronica diz que não: não sei se Joana percebeu a maneira
como Veronica sabia disso e usou isso para que ela fizesse exatamente o que ela queria. Joana foi deliberadamente
manipulada desde o começo.
E eu acho isso
extremamente nojento da parte de Veronica.
Ela usou os sentimentos e a esperança de
Joana.
Por isso que
ninguém no Maralto presta e o único que está certo é o Rafael… Rafael acaba
ficando para trás, num bar, pensando em outras maneiras de conseguir um gerador
e colocar o plano original em prática, e ele finalmente consegue alguma coisa da forma mais inesperada possível: COM A AJUDA DE CÁSSIA. O retorno de
Cássia é interessante, e, sinceramente, não posso julgá-la por querer dormir
com o Rafael… eu provavelmente faria o
mesmo. Toda a sequência é um tanto quanto bizarra, com um diálogo movido
pelo álcool que é meio estranho, mas
traz umas informações importantes e conferem background a ambos. De Rafael, vemos o seu aniversário no
Continente, antes disso tudo, quando ele foi abordado por alguém da Causa pela
primeira vez. Cássia, por sua vez, parece muito mais triste do que quando a conhecemos.
É difícil não acreditar em nada, né?
Assim, quando
Rafael e Cássia acabam indo juntos para casa, Rafael usa isso a seu favor,
roubando o anel que pode lhe dar acesso a vários lugares, e Cássia vê o que ele
está fazendo, mas acaba lhe entregando o anel de qualquer maneira… ela está em
um ponto no qual já desistiu de acreditar,
então entrega o anel para Rafael dizendo que não importa o que ele faça, ele não vai conseguir, mas ele vai
descobrir isso eventualmente – então, ele pode continuar tentando “enquanto
ainda acredita”. Assim, Rafael é QUEM FAZ TUDO quando o plano liderado por
Joana parece prestes a não dar certo,
e foi de arrepiar vê-lo chegar não só
com reforços, mas com armas – não que tenha sido a decisão mais inteligente, a
meu ver, porque é só ver a maneira como aqueles caras do Maralto o fazem
devolver as armas e o anel, no fim das contas… eles sempre se sentirão superiores.
O único jeito
de acabar com o Maralto é acabando com o
Maralto.
E essa frase
não é tão redundante quanto parece.
No fim,
parece que todas as histórias convergem para um mesmo ponto, e nos perguntamos
O QUE VAI ACONTECER AGORA. Michele foi capturada e entregada a André, mas ele
tem que se preocupar com outras coisas no momento, como o retorno de Marcela ao
prédio do Processo, e a verdade de que o
pessoal da Concha que está no Maralto tem um plano para acabar com o lugar
– o pior é quando André diz isso para a Veronica e para a Nair, e agora elas
terão os motivos que esperavam para se voltar contra Joana e os demais… tudo parece desandar. E a Concha, a
única esperança que tínhamos do lado de cá, já era, graças à Glória. A única
parte boa desse final foi ver a Marcela ACABANDO com a Glória, dizendo que vai
cumprir sua promessa de levá-los ao Maralto: mas Glória vai daqui a alguns meses, depois que o seu filho nascer…
…e o filho, daqui a 20 anos.
WOW.
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