Cuna de Lobos (2019) – A prisão de Leonora: Parte 1



“Não interessa que seja inocente, é uma armadilha!”
UM DOS CAPÍTULOS MAIS DESESPERADORES DE “CUNA DE LOBOS”. Quando as coisas começaram a sair de controle para Catalina Creel, ela intensificou os seus planos e as coisas que ela conseguiu fazer são assustadoras. Leonora descobrira que foi usada apenas como um plano para que Alejandro e Catalina ficassem com a herança de Carlos Larios, e também descobrira que Alejandro era amante de Miguel, e então ela vai embora e leva Edgar consigo – e isso coloca em risco a herança. Para piorar, Alejandro não parece tão disposto a seguir os planos da mãe desde que descobrira que ela mentira sobre quem era seu pai, e agora está pensando em abandonar tudo para trás e ir ser feliz com Miguel… dessa maneira, Catalina precisa tirar de seu caminho tanto Miguel quanto Leonora (e por que ela não pode fazer isso ao mesmo tempo?), e ficar com Edgar.
No último capítulo, Catalina matou Miguel, empurrando-o do alto de uma construção que era o projeto no qual ele trabalhava no momento, e agora ela vai culpar Leonora por esse assassinato – e o pior é que parece tão simples acusá-la disso. As autoridades podem julgar que Leonora tivera motivação depois de descobrir que Alejandro, seu marido, e Miguel eram amantes, e Miguel a chamara para conversar naquela noite, e Ramón, o segurança do lugar, realmente a viu chegar… para criar mais provas, então, Catalina, depois de matar Miguel, revira todo o lugar e joga a aliança de Leonora, que ela deixara na casa, no meio de toda a confusão… depois, ela desce até o corpo de Miguel para colocar, na mão dele, um fio de cabelo de Leonora. Ela planejou tudo em detalhes… ela sabia exatamente o que ela ia fazer quando saiu de casa, mais cedo.
Sinceramente, eu não consegui sentir nada de pena com o Alejandro sofrendo. Eu mesmo estava triste pela morte de Miguel, mas ver o Alejandro sofrer não é algo que me incomode – enquanto ele vê o corpo de Miguel e chora e grita, tudo o que eu pensava era que a culpa era dele, então ele não tinha o direito de se sentir assim. Ele é que fora covarde, ele que não tivera coragem de assumi-lo, de enfrentar a mãe, e foi ele quem não deixou que Miguel seguisse a própria vida quando ele decidiu que jamais enfrentaria a mãe, porque também era algo mais digno que ele podia ter feito. Por isso, eu não fiquei nem um pouco triste por Alejandro, mas foi um incômodo muito grande assistir à Catalina consolando o Alejandro, o abraçando enquanto ele desmorona. Ela diz a Alejandro que entende, mas “isso vai passar, ele tem toda a vida pela frente”.
Ela realmente não presta…
Agora, Catalina coloca em ação seu plano para culpar Leonora – ela já deixou a aliança e o fio de cabelo como provas na cena do crime, e quando o investigador vendido vem dizer a Catalina tudo o que está sendo encontrado, ela se mostra “horrorizada”, diz que Leonora descobriu que Alejandro e Miguel eram amantes, mas “não achou que ela seria capaz de algo assim”. Enquanto isso, Alejandro se tranca no quarto, com uma arma apontada para a cabeça (AH GENTE, EU QUERIA TANTO VER A CARA DA CATALINA SE O ALEJANDRO SE MATASSE POR CULPA DELA!), mas nós sabemos que, infelizmente, nada vai acontecer de fato… para começar que ele nunca teria coragem. Do lado de fora da porta, Catalina bate desesperada, pedindo que ele a abra, o que é patético, tendo em vista que é tudo culpa dela. E é José Carlos quem arromba a porta.
Sempre é o José Carlos que faz tudo.
Alejandro está enlouquecido, ele grita dizendo que “a vida não tem mais sentido”, porque “não tem mais o Miguel”, e então a Catalina dá sua última cartada, dizendo que “ele tem que vingar a morte de Miguel, porque não foi um acidente”. Está ficando cada vez mais difícil ver “Cuna de Lobos”, porque tudo o que eu conseguia pensar era que AGORA A GENTE SÓ VAI PASSAR RAIVA NESSA M*RDA. Catalina diz a Alejandro que foi Leonora quem matou Miguel, e José Carlos tenta dizer que é mentira, que Leonora jamais faria algo assim, mas Alejandro acredita, porque ele quer acreditar – e a sua cabeça já começa a trabalhar para justificar isso, dizendo que “ele viu como ela ficou quando o viu com Miguel, ela estava louca”. NESSA PARTE DA NOVELA EU ESTAVA QUASE GRITANDO DE ANGÚSTIA, FRUSTRAÇÃO E RAIVA DE TODO MUNDO!!!
José Carlos liga para Luis, conta o que está acontecendo e manda ele tirar Leonora de casa imediatamente e levá-la para longe, porque a polícia está chegando, mas a idiota da Leonora (ela tem uma parcela de culpa… ela não sabe com quem está lidando?) diz que “não vai a lugar nenhum porque ela é inocente”. Luis até diz que não importa que ela seja inocente, isso é uma armadilha, mas ela não se move, e a polícia bate na porta atrás dela, com uma ordem para levá-la – a princípio apenas para declarar, mas nós sabemos que Leonora não vai mais sair de lá. Eles coletam amostras de DNA, e então, antes que Leonora tenha a oportunidade de ir embora, É ORDENADA A SUA PRISÃO PREVENTINA PELO HOMICÍDIO DE MIGUEL. José Carlos surta e grita, a cena é fortíssima, e percebemos que não tem volta… o que está feito já está feito…
Catalina conseguiu o que queria.
Enquanto isso, depositamos todas nossas esperanças em Álvaro – é ele quem tem as provas contra Catalina, mas quando ele tenta ligar para Alejandro, ele não atende. Alejandro, por sua vez, fica cada vez mais INSUPORTÁVEL. Ele está com raiva de Leonora, querendo “vê-la sofrer”, e Catalina o instiga, dizendo que “essa mulher não vale a pena”. Agora, Alejandro está cego pelo ódio e pelas mentiras da mãe, determinado a se vingar de Leonora: ela lhe tirou quem ele mais amava, e cabe a ele tirar quem ela mas ama: Edgar. E é exatamente o que Catalina quer: alegar que Leonora não tem condições de cuidar do bebê e ficar com ele para si… enquanto isso, ao menos, Alejandro tenta ir até o funeral de Miguel e acaba sendo expulso de lá pela família dele… ele não tem nem a chance de se despedir, e eu achei isso maravilhoso. Qualquer sofrimento para ele!
Leonora está numa condição terrível. José Carlos assume o caso como seu advogado, faz perguntas em busca de algo que possa ajudar a tirá-la de lá, e ela fala sobre os telefonemas, sobre o encontro que marcou com Miguel, sobre como não teve coragem de entrar, e ele conta sobre as provas que encontraram contra ela, como a aliança e o fio de cabelo. Leonora diz que nem estava com a aliança, porque a deixara na casa, e Gélica viu, então José Carlos tenta ir falar com Gélica, e é outra cena revoltante… ele sabe que ela é uma testemunha, que ela pode ajudar Leonora, mas Gélica é irredutível e mente o quanto for preciso para defender Catalina – ela diz a José Carlos que não se lembra de nada disso, que não viu nada disso, porque “Leonora não fez nada disso”: não deixou a aliança ali. José Carlos tenta apelar para a razão, diz a Gélica que sabe o quanto Catalina sempre fez por ela, mas uma coisa é ser fiel a ela, outra muito diferente é ser sua cúmplice.
Mas nada adianta.
Gélica está do lado de Catalina.
Para fazer Leonora sofrer ainda mais, Alejandro segura Edgar nos braços, o bebê que ele despreza, e vai “visitar” Leonora na prisão, mas não deixa que ela toque no próprio filho, ou mesmo que o veja direito… ele diz que está ali para que ela “se despeça” dele e “o veja uma última vez”. Alejandro está mais NOJENTO que nunca nessa cena, as acusações que faz contra Leonora, cego, e, sinceramente, é bem difícil de assistir… o choro dela nos angustia, e eu não sei como ela pode sobreviver na situação em que está – ela vai perder todo o controle lá dentro, depois de tudo o que lhe aconteceu, ainda tendo o seu filho tirado de si daquela maneira. Depois de sair da prisão, Alejandro entrega Edgar nos braços de Catalina e vai embora, dizendo: “Cuida dele. A mim não interessa nada”. E, então, Catalina consegue o que ela sempre quis: o filho de Leonora para si.
E a herança de Carlos.


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