[Series Finale] The Rain 3x06 – And This Too Shall Pass
“Eu te amo”
Olha, eu vou
contra a opinião da maioria e dizer que não
foi tão ruim quanto eu pensei… é verdade que “The Rain” não é a série que eu esperava que fosse, e não se parece
muito com a série que eu comecei a assistir na primeira temporada, mas acabou
sendo um entretenimento legal e que
teve um final, pelo menos. Não é épico, não é memorável, não pretendo nunca
reassistir, mas a história foi encerrada de uma maneira satisfatória (ainda que
com algumas coisas sem sentido), um momento emocionante e eu gostei da
declaração de amor de Simone para Rasmus no final porque, julguem-me se quiser,
eu gosto do Rasmus… ele errou muito,
sim, e se tornou insuportável quando
o poder lhe subiu à cabeça nessa última temporada e ele se tornou uma espécie
de ditador, mas, lá no fundo, o coração dele estava no coração certo, sei lá…
Então eu gostei do fim que lhe deram.
O episódio
começa logo depois da morte de Martín, e Simone está chorando como se a culpa da morte dele não fosse dela,
e então “The Rain” joga mais uma
daquelas suas coisas “convenientes” para explicar algo ou jogar o roteiro para
a frente… tudo acontece depressa nesse último episódio, como se, depois de uns
episódios enrolados, eles precisassem compensar para ter tempo de terminar a
história. Com a morte e o enterro de Martín, vemos a flor do antídoto renascer – aparentemente, além de eliminar
o vírus, ela se alimenta dele, e o
vírus que é deixado por onde Martín passou ou por onde é carregado agora acaba
sendo sugado pela flor, que estaria
supostamente morta, e ela renasce, o que quer dizer que é uma esperança… talvez eles tenham a chance de fazer o que
queriam e conseguir o antídoto para salvar/matar Rasmus, afinal.
Quando Fie e
Patrick chegam ao acampamento, eles contam que Rasmus está vindo para matá-los…
e é exatamente o que Rasmus quer: ele sabe que Simone matou Martín e que ela e
os demais estão dispostos a matar todos eles, e ele não vai permitir que eles
façam isso. Assim, ele junta o pequeno
exército que foi transformado por ele para marchar até o acampamento em
busca de vingança, mesmo que nem todos concordem com as suas ações… a primeira
transformada, por exemplo, se posiciona, timidamente, contra as ações de
Rasmus, sem sucesso algum, porque nem mesmo Sarah tem sucesso – Rasmus, há muito tempo, não escuta ninguém.
Sarah tenta dizer que ele dissera que queria salvar as pessoas, e agora tudo o
que ele quer é matá-las, e então Rasmus diz que, se ela não concorda com o que
ele está fazendo, ela pode ir embora.
Assim, o
grande clímax de “The Rain” é um
embate simples, protagonizado por Simone e Rasmus, que representam pontos
opostos de uma briga muito maior que eles – e é estranho pensar no quanto eles
mudaram, e no quanto a relação que existia entre eles foi deturpada, porque é
quase difícil acreditar que estamos nesse ponto em que parece que um terá que escolher matar o outro, como
se fossem Harry e Voldemort. Ninguém mais importa no momento desse embate entre
irmãos… um dos “soldados” de Rasmus acaba sendo morto quando cai na armadilha
que Simone e os demais tinham preparado para ele, Jean tem um momento heroico
que acaba não dando em nada, mas tudo converge para o momento em que Simone e
Rasmus se enfrentam na frente da flor… e o vírus espalhado por Rasmus parece
tomar conta de tudo ao redor.
Particularmente,
eu gostei da cena, dentro do que “The
Rain” se propôs a fazer… achei bacana ver Simone explicando para o irmão
sobre a flor, sobre o antídoto que elimina o vírus, e também achei interessante
ver o Rasmus com as veias mais pretas do que nunca, aparentemente
descontrolado, mas, surpreendentemente, no controle da situação – se o vírus estivesse mesmo no controle, o
final teria sido muito diferente… então Rasmus realmente o controlava, de
alguma maneira. Quando ele esbraveja, ele deixa que o vírus saia do seu
corpo num momento muito bom, mas ele não ataca ninguém… nem a flor, nem Simone,
nem ninguém que está em volta da piscina vazia, assistindo a tudo. E, depois de fazê-lo, ele desaba: ele diz
que só queria que ela estivesse ao seu lado, que ela estivesse com ele como ela
prometera que estaria.
E então,
acompanhado de Sarah, Rasmus faz aquilo que sempre dissera que queria fazer,
dessa vez do jeito certo: ele salva as
pessoas. Em um momento emotivo, ele e Sarah se abraçam e se entregam para a
flor, deixando que ela se alimente do vírus que habita no corpo deles – os dois que começaram isso tudo. O
momento é simbólico e bonito, vemos a flor se recarregar, explodir (a meu ver,
espalhando o antídoto ao seu redor todo, começando a cura do mundo, afinal de contas) e, então, onde ela estivera,
encontramos apenas os corpos de Rasmus e Sarah, livres do vírus e em paz,
iniciando novas flores de cura, quem sabe várias delas… o final da série nos
mostra um pouco da relação de Rasmus e Simone ao longo dos anos, enquanto ela
fala sobre como o ama, sobre como ele era bom
e como ele conseguiu o que queria: como
ele salvou o mundo e proporcionou nova esperança.
Agora, o
mundo tem uma nova chance…
…e Rasmus
está em todos os lugares.
Foi um final
bonito e eu gostei. Contra todas as possibilidades.
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