Chiquititas: Rincón de Luz (2001)

 

“Rinconcito de luz / Mi castillo de nubes”

Depois de “Chiquititas” ser um fenômeno tanto na TV quanto no teatro, a história de sucesso foi levada para o cinema, em uma história paralela à da novela, o que permitiu que vários elementos fossem reaproveitados, ao mesmo tempo em que havia uma pequena mudança de estilo no visual de “Chiquititas”. “Rincón de Luz” nos leva a um orfanato mais cruel do que nunca em um pequeno povoado do interior, onde um encontro interessante acontece: Romina Yan retorna ao seu papel de Belén (equivalente à Carol, no Brasil), depois de ter deixado a novela no fim da primeira fase, e se junta às crianças que protagonizavam a segunda fase da novela (o elenco infantil do filme é o da 6ª temporada da novela, de 2000, que foi exibida no Brasil), personagens com os quais ela ainda não tinha contracenado – e é uma junção interessante e nostálgica.

Cris Morena nos entrega um conto de fadas em um visual bacana que combina muito com a linguagem cinematográfica e é diferente do que vimos na TV ao longo de sete temporadas (na versão Argentina): é a história de “Chiquititas”, mas num lugar que tem um quê de antigo, e que funciona muito bem! Aqui, Belén está pronta para fazer a diferença na vida de novas crianças, que são maltratadas em um orfanato cruel de um homem ganancioso que está em busca dos famosos “diamantes azuis” de uma lenda local, e ajudá-las a encontrar/construir seu próprio “cantinho de luz”. Gosto muito de como a trilha sonora traz de volta músicas que fizeram parte da história de “Chiquititas”, de sucessos da primeira temporada, como “Todo Todo”, a músicas da última temporada antes do filme, como “Rebelde”, além de influências das coreografias clássicas em músicas como “Hasta Diez” e “Rinconcito de Luz”.

O resultado é muito bacana!

A história de “Chiquititas: Rincón de Luz” começa com Belén (infelizmente, eu não assisti às primeiras temporadas da versão argentina de “Chiquititas”, mas eu me lembro de como amávamos a Carol na nossa própria versão, então deve ter sido emocionante rever a personagem com o elenco da época) cantando “Pimpollo” pela mata, onde ela conhece o duende Tok e um senhor em uma biblioteca, que lhe convidam a escolher um conto de fadas no qual viver… ela pode ser uma princesa, uma pirata ou qualquer coisa que ela queira, mas ela escolhe o “Álbum da Vida” e sua própria história – assim, ela é levada para a Villa Ciervo Dorado, onde descobre que um orfanato comandado por um coronel e cheio de crianças assustadas e traumatizadas está procurando uma cozinheira. Assim, Belén prontamente se voluntaria para o emprego.

Embora vivam uma vida diferente daquela que viviam na versão para a TV, os personagens infantis e adolescentes são os mesmos que conhecemos na novela: temos o romance de Lu e Bautista começando a florescer, por exemplo, e o romance de Felipe e Camila já um pouco mais avançado, além das artes comuns aos pequenos… a novidade do filme está na relação desses personagens com Belén, e é claro que Romina Yan tira isso de letra, sendo totalmente encantadora… são crianças muito sofridas e, por isso, ressabiadas – elas têm problemas em confiar em qualquer pessoa, por isso ficam contra Belén desde a sua chegada, e ela tem que mostrar, aos poucos, que eles podem confiar nela, seja naquela cena em que ela entrega seu xale a Sebas (“Penitas” ficou LINDA!), que estava trancado e com frio, quando assume uma culpa na cozinha ou quando ajuda Camila a se encontrar com Felipe, por exemplo.

O que não quer dizer que o filme não seja sofrido… “Chiquititas: Rincón de Luz” certamente pegou pesado no tratamento às crianças, justamente para que Belén fosse um contraponto tão acentuado, algo com que as crianças não estavam habituadas. Algumas cenas são fortíssimas, e acabam sendo atenuadas por momentos emocionantes como “Penitas” ou momentos divertidos e fofos como “Habia Una Vez”, quando as meninas pequenas estão com medo da tempestade e vão se refugiar no quarto de Belén, ou mesmo o romântico momento de Felipe e Camila em “Pienso en Ti”. Gosto particularmente de “Todo Todo”, que é uma apresentação do “coral de crianças órfãs” (como elas são chamadas) no povoado, e quando tudo vira um desastre, Belén salva o momento cantando e dançando com as crianças no que deve ser a melhor cena musical do filme.

Porque envolveu muita gente!

Assim, Belén aos poucos conquista a amizade e a confiança das crianças, e está determinada a salvar Sebastián quando ele “desaparece”, e as crianças, fortalecidas pela nova amizade, se rebelam contra os maus-tratos durante “Rebelde”. A sequência final do filme traz momentos bacanas de Belén e Alejo, seu par romântico, com as crianças (gosto MUITO da cena da fuga de bicicleta e de barco, que culmina em “Angeles Cocineros”), que acabam esbarrando na busca do Coronel aos famosos diamantes azuis, que se revelam ser, na verdade, os olhos de Belén, brilhando à luz do sol quando o mal é finalmente derrotado… o filme tem carisma, tem um visual incrível e tem tudo o que sempre fez com que amássemos “Chiquititas”, portanto é uma aventura e tanto! Ao fim, nasce um novo “Raio de Luz”, onde as crianças poderão enfim ser felizes, e aquela performance final de “Rinconcito de Luz” me emociona muito, porque essa música sempre me emocionou!

Amei o filme!

 

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Comentários

  1. Você pode comentar sobre a Chiquititas de 2000?

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    1. Eu pretendo escrever sim. Ainda não sei quando, mas vou escrever, tenho muitos projetos com Chiquititas :)

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    2. Legal. Eu queria saber também se você pretende escrever sobre a Chiquititas de 2006 que foi transmitida no Brasil em 2008.

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    3. Pretendo sim, eu gosto demais dessa temporada!

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