[Season Finale] Anne with an E 2x10 – The Growing Good of the World

 

Um dos melhores episódios da série. Que temporada linda!

PENSEM NUM EPISÓDIO PERFEITO! “Anne with an E” é mesmo uma das séries mais lindas que já foram feitas, e agora encerramos a segunda temporada com o coração apertado de pensar que resta apenas uma… na conclusão da segunda temporada, temos uma história bem organizada e centrada na possível demissão da Srta. Stacy como professora, só porque “ela não é como todos esperam que ela seja”, mas, mesmo em pouco tempo em Avonlea, Muriel Stacy provou, àqueles mais abertos a enxergar, que é uma excelente professora, e essas pessoas se unem para não permitir que uma injustiça seja feita… e, enquanto trabalham para salvar a Srta. Stacy, outras histórias se resolvem também, resultando em cenas lindas do Cole, por exemplo, ou momentos da Marilla que realmente me encheram de orgulho. E, agora, nos preparamos para o romance de Anne e Gilbert.

O episódio começa exatamente onde o outro parou, o que é inusitado para “Anne with an E”, mas aquela cena da escola precisava de uma “continuação”. Billy está no chão, machucado, a professora suspende as aulas e, naquele momento, nós sabemos que essa pode ser a carta que o povo mais conservador de Avonlea está esperando para expulsar a professora. Anne, enquanto isso, sai correndo atrás de Cole, e os dois compartilham um momento de partir o coração, quando ele diz que sente que “não tem lugar nesse mundo para ele”. A maneira como ela o abraça, às lágrimas, e como diz que isso não é verdade e que ele tem tanto a oferecer… outro momento triste é a Diana e a Ruby chegando à casinha na qual elas se reuniam e encontrando tudo destruído – a maneira como aquele trio incrível de amigas se abraça, tristes porque amam aquele lugar.

Anne fica sabendo do que está acontecendo com a professora, quando as duas se encontram lá na floresta, na frente da casinha destruída, e as duas são tão parecidas, no fim das contas, e amei a dinâmica que elas apresentaram nesse episódio! Ali, Muriel Stacy conta a Anne que provavelmente ela vai ser despedida, porque a estão acusando de não ser uma boa professora, de não ter domínio sobre a classe e, além de tudo, de ser “uma destruidora de lares”, o que é profundamente injusto… e tudo por causa da fofoqueira da Rachel que a viu em uma charrete com o Sr. Andrews e correu para contar à esposa dele. Sério, nesses momentos a Rachel me faz esquecer todos os momentos em que, por ventura, eu cheguei a gostar dela… nesses momentos, ela me lembra como a personagem foi apresentada, lá na estreia da série, e como ela foi grosseira e desnecessária com Anne.

Inclusive, isso é algo que Marilla finalmente diz a ela – E O ORGULHO QUE EU SENTI DA MARILLA! Rachel chega em Green Gables se gabando sobre como haverá uma votação no dia seguinte para decidir o destino da Srta. Stacy, e a “vadia” da professora vai embora. Marilla tem uma sequência incrível e poderosa aqui. Ela se impõe contra Rachel, contra todos os anos de humilhação que ela lhe impôs, e fala abertamente sobre tudo o que pensa sobre ela, inclusive sobre como ela foi desnecessariamente cruel com Anne quando a conheceu, mas essa é apenas uma das coisas que ela diz; Marilla fala sobre como ela está “enterrada em seu caixão mental”, e isso é bastante impactante… então, temos certeza de que Marilla vai fazer alguma coisa para ajudar a Srta. Stacy a ficar em Avonlea… afinal de contas, ela nunca concordou com essas coisas que Rachel dissera.

Então, Marilla vai até a casa de Muriel e a encontra já arrumando as malas, e então ela fala sobre como ela não pode deixar as coisas como estão, como não pode simplesmente aceitar uma demissão injusta e pronto… mas Marilla fala com uma calma e uma sabedoria que é difícil não se arrepiar com tudo! Enquanto isso, Anne tem seus próprios planos, e ela está reunindo quem quer que esteja disposto a ajudar… Diana e Ruby, que dividiam com ela o “reino encantado” no meio da floresta e o Clube de Histórias, são as ajudas óbvias que ela recebe, mas ela também recebe a ajuda de Moody – e, por fim, todos eles convocam a ajuda de Cole Mackenzie… afinal de contas, ele também é importante nisso tudo. E eu gosto de como eles aceitam a responsabilidade e pensam nas coisas mais pertinentes para poder defender a Srta. Stacy na votação.

Com direito a uma “grande aventura”.

Enquanto isso, também acompanhamos a história de Bash e de Gilbert Blythe. Bash parece disposto a ficar morando no gueto, e as cenas que ele compartilha com Mary são muito fofas, e ele está louco para pedi-la em casamento, mesmo que ela diga que é “problema”. Quando Bash vê Mary abraçando outro homem em casa e dizendo que o ama, ele entende tudo errado e acaba desaparecendo, enquanto descobrimos que Mary teve um filho quando era muito jovem, e ela nunca o mencionou porque ele vive desaparecendo e está metido com contrabando… como ela dissera, “problema”. Quando Gilbert vai até o gueto em busca de Bash, ele e Mary o encontram dormindo, bêbado, na lavanderia, para se esconder do frio, e ali temos uma das cenas de pedido de casamento mais inusitadas e mais fofinhas… com direito a um presente de casamento de Gilbert.

O abraço de Gilbert e Bash… QUE COISA LINDA!

Quem também foi para Charlottetown é o grupo liderado por Anne… eu devo dizer que toda essa sequência foi DELICIOSA de se assistir, além de muito divertida. Depois de o episódio passado ter sido tão pesado e ter nos destruído, precisávamos de um encerramento tranquilo, divertido e belo – tudo o que “Anne with an E” sabe nos oferecer. Estamos lutando por uma causa justa, com uma mensagem bonita, e ainda ganhamos momentos muito divertidos como as reações da Ruby aos planos (!), a cena de Anne, Diana, Ruby, Moody e Cole entrando escondidos no trem para Charlottetown porque não tinham dinheiro para a passagem (!), e a chegada a Charlottetown, onde o grupo se separa… Cole vai diretamente para a casa da Tia Josephine, enquanto os outros quatro partem para a cidade… E EU RI MUITO DA CHEGADA DELES EM CÂMERA LENTA.

Mais uma vez: como não amar essa série?

Os quatro, então, penhoram tudo o que podem para comprar uma caixa de lâmpadas e levar à votação, para mostrarem a todos o quanto a Srta. Stacy os ensinou… é uma pena que o Moody seja tão atrapalhado e que eles tenham deixado a frágil caixa de lâmpadas nas mãos dele. Depois do momento trágico em que as lâmpadas se quebram, todos se reúnem na casa da Tia Josephine – e eu devo dizer que a Tia Josephine é mesmo perfeita. Além de ela ser uma fofa com Cole, de ela entendê-lo e acolhê-lo perfeitamente, ela ainda soluciona o problema das crianças: ela tem lâmpadas em casa, não tem? Eles podem levar as dela! Outra cena muito bonitinha da casa da Tia Josephine é a Diana pedindo desculpas pela maneira que a tratou na festa, pedindo desculpas por tê-la desapontado, e dizendo que “ela aprendeu muito desde então”, e então a abraça.

Momento lindo… orgulho da Diana!

Por fim, então, Rachel conduz a reunião contra a Srta. Stacy, com a presença dos moradores de Avonlea, e aquele momento é um pouco desesperador, porque eles falam coisas tão absurdas e tão conservadoras que chega a arrepiar. Enquanto isso, as crianças com as lâmpadas tentam colocar seu plano em prática… e a própria Srta. Stacy, motivada pela conversa que teve com Marilla (!), chega de moto e de calça, para se defender – para falar sobre como as coisas estão mudando, sobre como se ensina através da experiência e do “pôr a mão na massa” ao invés da simples memorização, e como acredita que as crianças estão aprendendo, sim… e, para provar o que ela está dizendo, Anne e os demais entram carregando lâmpadas acesas com o experimento da batata, algo que a Srta. Stacy ensinou em uma aula do último episódio… é um momento tão lindo!

A sequência toda é bela, e eu adorei ver como a situação, que parecia quase impossível, pode ser revertida. Anne faz um discurso lindo sobre como eles estão aprendendo e como aprenderam mais em uma semana com ela do que em um ano; amei como o Matthew, dentre todos, se levanta inesperadamente para defender a Srta. Stacy também; e como Marilla apoia o seu discurso sobre a “mudança”, dizendo que ela mesma viveu uma vida quase sem mudanças, até que uma “grande mudança” mostrou que é só assim que ela pode aprender e crescer; e o sorriso de Anne ao ouvir a Marilla dizer isso. Gilbert também fala em defesa da professora, e então Rachel retoma a palavra para conduzir a votação e, naquele momento, até ela mesma precisa levantar a mão em defesa da Srta. Stacy quando pergunta quem está a favor de mantê-la como professora de Avonlea.

A CELEBRAÇÃO DE ANNE, DE DIANA, DE TODO MUNDO… <3

Fiquei muito feliz de como a temporada acabou bonita, de como foi aquele episódio para nos fazer sorrir, para deixar o nosso coração quentinho – era tudo o que eu precisava. O episódio termina mostrando algumas coisas importantes, como uma possível mudança de Rachel e o Cole vivendo com a Tia Josephine, porque ela o convidou a ficar e, lá, ele se sente acolhido, se sente livre… sente que pode ser ele mesmo. Anne se despediu dele com um abraço e lágrimas nos olhos, dizendo que sentiria sua falta, mas ela sabe que ele estará melhor lá. Por fim, temos o casamento de Mary e Bash em Charlottetown, com todas as pessoas que são importantes para eles, como os próprios Cuthbert… e, naquele momento, Anne e Gilbert compartilham um momento legal em que falam sobre o futuro, sobre o ano de escola que ainda têm pela frente, e Anne fala sobre ter encontrado sua vocação: ela quer ser uma professora, como a Srta. Stacy.

Se com uma “trágica história de amor e tudo”, ainda estamos por ver.

 

Para mais postagens de Anne with an E, clique aqui.

 

Comentários