Turma da Mônica Jovem (2ª Fase, Edição Nº 29) – O mundo de Maria Cebola

 

A Maria Cebola sou eu?!

QUE EDIÇÃO MAIS GOSTOSINHA. Como na maioria das últimas edições, o protagonismo não está com Mônica, e é a Magali quem assume a liderança dessa edição, ao lado da Maria Cebola… e é tão bacana, gostosa de ler! A Magali está em casa, tentando fazer o Mingau levantar para brincar com ela (afinal de contas, se dorme o dia todo, depois ele não a deixa dormir durante a noite!), quando sua mãe anuncia que os pais do Cebola estão indo viajar e precisam de alguém que cuide da Maria Cebola… então, ela ofereceu seus serviços. Seria muito legal se tudo saísse como a Magali planejara – afinal de contas, ela estava empolgada com a ideia de passar o dia todo brincando com a pequena, mas a Mônica já lhe avisa que a Maria Cebola não é exatamente como a maioria das crianças… ela está parecida demais com o Cebolinha, e isso não é necessariamente bom.

Talvez ela precise brincar e se distrair mais…

Assim, a Magali passa grande parte da edição tentando convencer a Maria Cebola a fazer algo divertido, além de sua lição de casa e aquele projeto dos feijões híbridos ou qualquer coisa assim… mas a Magali acaba se entediando enquanto a Maria Cebola não lhe dá atenção, e continua trabalhando em suas sementes de feijão e usando o computador do irmão mais velho para “processar os dados de sua pesquisa” e tudo o mais. Então, Magali resolve recorrer a outras ajudas, e traz o Mingau – afinal de contas, quem é que vai resistir a um gatinho fofo como o Mingau? Mas a verdade é que as coisas não saem como o planejado, e a Magali e o Mingau acabam causando um estrago tão grande que toda a pesquisa em que a Maria Cebola vinha trabalhando o dia todo vai por água abaixo… agora, ela precisa encontrar um novo projeto de ciências.

Quando peguei a edição para ler, gostei muito das ilustrações de capa e contracapa, diferentes e mais elaboradas que as últimas edições de “Turma da Mônica Jovem”, mas percebo que tirei conclusões precipitadas com base no título: “O mundo de Maria Cebola”. Não era algo tão fantasioso e tão imaginativo quanto eu pensei que seria… não a princípio, pelo menos. Quando a Maria Cebola precisa de um Plano B, ela pega uma pedra que “estava guardando para a faculdade”, sabendo que ela vai ter que usá-la agora mesmo – uma pedrinha que veio do espaço e que deve guardar algum segredo… algum segredo que Maria Cebola está disposta a usar os equipamentos no laboratório do Franja para desvendar. E então, ela descobre que talvez aquela “pedrinha” não seja, de fato, uma pedrinha, mas algo vivo… algo como uma semente, por exemplo.

Então, ela precisa levar a pesquisa adiante, mesmo com a Magali tentando convencê-la a parar, porque “isso pode ser perigoso demais”. Afinal de contas, a semente pode virar uma planta gigante e carnívora que vai devorar todo mundo – não é sempre isso que acontece em gibis? Eu gostei BASTANTE de todo o desenvolvimento da história dali em diante, ficando cada vez mais absurdo, cada vez mais imaginativo, e cada vez mais interessante… a “planta” gemina numa forma de antena, e então extraterrestres chegam à Terra, e eles não sabem se fizeram algo bom ou algo ruim… afinal de contas, o que esses alienígenas estão fazendo aqui? A edição tem direito até a citação a Arthur C. Clarke, grande escritor de ficção científica, e uma declaração da Maria Cebola que eu achei ADORÁVEL, enquanto ela é tomada pela luz da nave-mãe e é levada…

Ela diz: “Mônica! Magali! Não se preocupem! Mesmo que eu vá embora para sempre, vou descobrir o maior mistério do universo. Estou muito feliz!” E EU A ENTENDO TÃO PERFEITAMENTE! Porque, para ela, aquilo tudo era só uma brincadeira, mas eu me sinto exatamente do mesmo modo – eu iria de bom-grado, pelo prazer de conhecer esses mistérios, mesmo que eu não pudesse mais voltar. E as pessoas ao meu redor podem confirmar isso. No fim, toda essa parte mais “fantasiosa” da edição era uma brincadeira da Maria Cebola com a Magali e a Mônica no playground, com a sua imaginação fértil e a capacidade de criar roteiros inteligentes… e eu gostei muito da mensagem da edição, porque enquanto a Maria Cebola era julgada por “não brincar”, a verdade é que ela brincava sim… e adorava brincar. Mas cada criança brinca de seu jeitinho especial.

E não tem nada de errado nisso! <3

 

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