Anne with an E 3x01 – A Secret Which I Desired to Divine
“Melkita’ulamun.
A strong and brave heart”
QUE BELO
RETORNO, mas eu já estou todo melancólico só de pensar que essa é a última temporada de “Anne with an E”. Definitivamente, não
estou preparado para me despedir desses personagens e de Green Gables – e é
estranho retornar para nova temporada e perceber o quanto todos eles cresceram… a introdução do episódio, com Anne
andando a cavalo e com o cabelo solto, me impressionou pela forma como ela cresceu. Todos estão crescidos,
mudados, prontos para contar novas histórias e nos emocionar mais uma vez, em
uma temporada final que levará Anne a buscar um pouco da história da sua
família biológica, enquanto vive o seu último ano na escola de Avonlea (pelo
menos como aluna) e pensa no que a espera no futuro… e eu não vejo a hora de descobrir
todas as surpresas e lágrimas que “Anne
with an E” ainda tem a oferecer.
Um dos temas
tratados no episódio é a FAMÍLIA. Anne, agora uma empenhada colunista do jornal
da escola, está cobrindo um jogo de hockey dos meninos quando conhece Ka’kwet,
uma garota indígena com palavras tão bonitas e poéticas quanto as dela, e
embora Anne ainda não tenha dito isso, elas são “kindred spirits”, como ela
gosta de dizer. A cena de Anne, sempre curiosa e inteligente, indo até a aldeia
para fazer perguntas, para conhecê-los e para quebrar preconceitos da sociedade
é um máximo, com direito à troca de cachecol por fios para colocar no cabelo,
um novo nome com um significado lindo e toda a ideia de Ka’kwet para família,
que tem tudo a ver com semelhança e pertencimento… algo que Anne pode reparar
assim que chega em casa e observa Marilla e Matthew à mesa do jantar: como eles são parecidos em pequenos gestos.
Então, Anne
faz uma oração bonita àquela noite, e fazia muito tempo que não a víamos fazer
isso – o que nos remete, imediatamente, à divertida cena da primeira temporada
em que ela reza e pede para que Deus a faça bonita. Aqui, prestes a completar
16 anos, Anne diz que entende que era mais uma
fantasia do que uma oração, e que isso não é possível (embora ela esteja
enganadíssima, porque ela está mais linda
do que nunca), mas fico orgulhoso de como Anne está começando a se entender
e a se aceitar como é, dizendo que entende que é diferente e peculiar… falta ela entender que isso não é uma coisa
ruim. E Ka’kwet e a mãe dela tiveram uma pequena participação interessante
nessa história toda, pela maneira como elogiaram o cabelo dela e o associaram a
elementos como a terra e o fogo: Anne diz
que, agora, até gosta mais dele por causa disso.
<3
Outra coisa
que a leva a pensar na sua família é uma redação que a Srta. Stacy pede, na
qual ela deve falar sobre a sua linhagem, e, de bom-humor, ela diz que “é órfã
e não tem muito para contar”, mas isso fica em sua cabeça: não uma angústia, não
uma tristeza, mas uma curiosidade
para saber de onde ela veio. O tema da redação também introduz outras histórias
do episódio, como o fato de Diana ter uma linhagem quase real, o que consequentemente a afastará das amigas quando terminarem
a escola, e o tema da família também é representado pela linda família que
Gilbert agora tem, morando com Bash e Mary – AQUELES TRÊS ESTÃO MUITO FOFOS. E,
ainda por cima, agora temos uma linda bebê, filha de Bash e Mary, que á
paparicada, inclusive, por Marilla, que parece muito animada em ir ajudar com o
bebê três vezes por semana… ela até volta
para casa cantando.
Esse é o
último ano de Anne e dos demais na escola, e eu adoro a amizade dela e de
Diana, e a maneira como elas são parecidas e dramáticas, sofrendo por estarem a
183 dias de se separarem, prometendo que nunca
terão outra “melhor amiga”. O grande problema é que, enquanto Anne
provavelmente encontrará alguns de seus colegas, como o próprio Gilbert, na
faculdade a partir do ano que vem, os pais de Diana não querem permitir que ela
vá para Queen’s, porque, aparentemente, ela precisa estudar em Paris… mesmo que não seja o que ela quer, mesmo que
ela proteste, e mesmo que ela tente mostrar aos pais que não está feliz e que não
quer se separar de seus amigos. Eu sinceramente espero que a Diana consiga
mostrar aos pais que ela não precisa ir para Paris, se ela não quer, porque seria muito triste ver ela e Anne se
separarem de verdade.
Muitos dos
alunos, no entanto, parecem mais preocupados com namoro e casamento do que com
qualquer outra coisa… casais começam a se formar, paqueras estão por todo lado,
em uma pressão assustadora para saírem
da escola comprometidos. Para isso, é instalado um quadro para “mostrar
interesse” do lado de fora, enquanto Ruby continua apaixonada por Gilbert. E, pior: iludida, achando que ele está caidinho por ela. A verdade, no entanto,
é que tem UM BAITA CLIMA rolando entre Anne e Gilbert, e eles estão cada vez
mais distantes de conseguir esconder isso ou fingir que não está acontecendo –
quando Anne vai falar com Gilbert sobre “mostrar interesse no quadro”, ele acha
que ela está falando sobre eles dois, e a maneira como ele a olha, como
sentimos a tensão e a química perfeita entre os personagens… WOW. Então, Anne cita Ruby.
E meio que acaba
com todo o clima.
Por fim,
temos O ANIVERSÁRIO DE ANNE – Anne está completando 16 anos e não poderia estar mais feliz, e ela
ganha algumas surpresas. A primeira delas é com os Cuthbert: quando ela desce,
toda arrumada e feliz, cheia de expectativa, ela encontra uma mesa vazia, uma
Marilla a mandando arrumá-la e um Matthew lendo um livro (de ponta-cabeça). É muito
triste ver o coraçãozinho de Anne se partindo, mas sabemos que uma surpresa
está por vir, e quando Matthew e Marilla aparecem com um bolo, uma música e um
presente, Anne não podia estar mais feliz e mais emocionada, E É UM DOS
MOMENTOS MAIS LINDOS DO EPISÓDIO. Logo depois, Diana aparece correndo querendo
atrair Anne para a sua casa (Jerry “ajudando” é um MÁXIMO: eu amo o Jerry, e estou
feliz de vê-lo tão grande, lendo tão bem, ainda fascinado por Diana), para
outra surpresa…
É tão lindo
que Anne esteja tão cheia de amigas a ponto de ganhar uma festa surpresa
recheada de sorrisos sinceros e muita diversão – não posso expressar O QUANTO
EU FICO FELIZ PELA ANNE! É o aniversário mais perfeito que ela poderia querer,
e agora ela está decidida a ir em busca da família… eu achei um pouco sofrido
que ela diga isso a Matthew e Marilla bem quando eles estavam tão felizes e emocionados com o aniversário dela, mas
Anne só está curiosa, ela só “precisa saber”. Não quer dizer que ela não os
ache fabulosos, como ela diz, ou que ela não os ame, como ela também diz. Fiquei
de coração partido vendo Matthew e Marilla se preocuparem com o coraçãozinho de
Anne, com a possibilidade de ela se magoar, e ainda com a Marilla temendo que
algum parente distante a queira levar ou algo assim… ela não pode perder a Anne, aquela que iluminou tanto sua vida.
Mas Anne não
a abandonaria. De jeito nenhum.
Anne os ama
demais… afinal, eles são FAMÍLIA.
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