O roubo do aletiômetro.
Lyra ainda
não entendeu qual é a sua missão na grande história… e, na verdade, ela não tem
que entender. Novamente ouvimos falar sobre a profecia que fala sobre Lyra, a
profecia que fala sobre a sua importância para que
todos possam viver, mas ela precisa fazer o que tiver que fazer
em total ignorância. Por enquanto, o
aletiômetro pediu que ela ajudasse Will Parry a encontrar seu pai, mas como
Lyra ainda não sabe por que isso é tão importante, ela também quer fazer as
suas próprias coisas – como retornar a Oxford e encontrar novamente a Dra. Mary
Malone, a “catedrática” com a qual conversou no episódio passado…
a cientista que está estudando a Matéria
Escura no nosso mundo… o Pó. Assim, sem pensar muito nas consequências de
seus atos e sem acordar Will, “porque ele corre muito perigo em seu próprio
mundo”, Lyra parte de volta a Oxford.
Em
Cittàgazze, Will tem algumas poucas revelações em relação ao seu pai, seja
através de memórias ou da leitura das cartas que ele deixou para a mãe… e ele
acha que o pai está mesmo vivo e que, com o aletiômetro, eles podem
encontrá-lo, mas Lyra não está ali para poder ajudá-lo no momento, e Will
demora muito para encontrar o bilhete que ela deixou para ele… enquanto isso,
exploramos um pouquinho de Cittàgazze e, mais do que isso, vemos de longe a
Torre dos Anjos, com a misteriosa sombra que parece caminhar lá dentro. A
segunda temporada de
“His Dark Materials”
traz um drama extra que não era destaque em
“A
Faca Sutil”: o fato de que Will está crescendo e já é quase um adulto; portanto,
em breve ele não estará mais a salvo dos ataques dos Espectros… por isso, por
mais seguro que ele se sinta ali, ele tem que estar de passagem.
Dessa vez,
Lyra sabe exatamente para onde ir quando vai para Oxford, mas a Dra. Malone a
encontra no elevador antes que ela possa chegar em seu escritório, porque tem
um homem misterioso, que se diz policial, perguntando sobre a visita que ela
recebeu no dia anterior, e ela quer que Lyra fuja… eventualmente, elas acabam
sendo surpreendidas pelo policial na porta do elevador, e então Lyra precisa
confrontá-lo, e por um momento parece que tudo vai dar certo – depois, no
entanto, acontece a mesma coisa que aconteceu no livro, Lyra desliza, e acaba
sendo descoberta. Lyra, que se apresenta como Lizzie, é debochada, sorridente e
tem um dom natural para a mentira, mas ela acaba se perdendo no personagem
quando o homem misterioso pergunta a respeito de Will, e então, antes de poder
fingir que
não conhece nenhum Will,
Lyra já respondeu a pergunta.
Então, ela
precisa fugir.
A cena é
desesperadora, e pensar que
essa é a cena
menos desesperadora das que ainda estão por vir – a temporada baseada em
“A Faca Sutil” ainda vai ficar muito
mais intensa! Mas Lyra escapa, e acaba recebendo a “ajuda” do Lorde Boreal, que
se apresentou para ela como “Charles”, e embora Lyra não queira confiar no
cara, em um primeiro momento, ela percebe que é a sua única chance de fugir do
policial em seu encalço, então ela comete um erro gravíssimo, que é entrar no
carro de um desconhecido e, na saída, esquecer sua mochila lá dentro… ele até a
devolve, mas sem o aletiômetro, o que deixa Lyra desesperada. Enquanto isso, a
Dra. Malone busca maneiras de se comunicar com a Matéria Escura através da
Caverna, como Lyra fizera, e eu devo dizer que estou gostando muito das cenas
dela, especialmente aquela com o I Ching.
O episódio
também traz alguns momentos bem importantes de volta no mundo de Lyra… aqui,
encontramos Lee Scoresby em uma missão em busca de Grumman, que está
chamando por ele, e um momento angustiante
em que as coisas saem de controle e Lee quase acha que vai morrer por estar em
busca de um “herege”.
O Magisterium está
mesmo por todo lado. Lee Scoresby acaba sendo capturado pela igreja, acaba
preso e ganha uma cena inédita com a Sra. Coulter, e é interessante demais ver
uma interação de Lee com Marisa – um momento que traz um pouco da infância de
Lee além de sugerir traumas no passado de Marisa, algo que deve ser explorado
no decorrer da temporada, e especialmente na próxima! Também destaco a qualidade
da cena no que se refere à relação de Lee com Hester, a sua
daemon, porque ali podemos de fato
sentir a conexão entre eles.
Sentir que eles são um só.
E era o que
eu sempre pedia na primeira temporada de “His
Dark Materials”.
No fim do
episódio, Will finalmente encontra o bilhete que Lyra deixou para ele e vai em
busca dela em Oxford, e a encontra chorando no banco do parque próximo à
passagem para Cittàgazze, e ela conta que
roubaram
o aletiômetro dela… agora, por mais que não seja a coisa mais fácil do
mundo, eles terão que ir em busca dele:
não
tem como eles encontrarem o pai de Will sem a ajuda do aletiômetro. As
cenas de Will e Lyra são ótimas, seja no parque, do lado de fora da janela, ou
no cinema, onde Lyra fala de Roger e Pantalaimon parece encantado pelo cinema e
pelo Paddington. O episódio nos leva até o momento em que Will e Lyra “visitam”
o Lorde Boreal em sua casa, e falam sobre o que ele roubou e eles querem de
volta… ele não está disposto a entregar o aletiômetro de bom-grado, mas ele tem
uma proposta para ele:
eles lhe trazem um
objeto e ele devolve o aletiômetro…
E QUE VENHA A BUSCA PELA FACA SUTIL.
Ansioso pelo
próximo episódio! Pode ser o melhor episódio da temporada!
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