Power Rangers Lost Galaxy – Raise the Titanisaur / Escape the Lost Galaxy



“That’s exactly what the powers were meant for”
Chegamos ao fim do decepcionante arco da GALÁXIA PERDIDA. Eu acho que todo mundo esperava um pouquinho mais quando houve todo aquele mistério e Deviot leu um feitiço do Livro Galáctico que os jogou em uma galáxia perdida e tudo o mais… a “decepção” veio por conta de termos um arco extremamente simples, com o Capitão Mutiny como principal vilão, sem que haja nenhum grande desenvolvimento de história ou de personagem – e talvez “Power Rangers in Space” tenha nos habituado a esperar por arcos significativos. Não foram episódios ruins, mas foram episódios bem simples que pretendiam usar o máximo possível das filmagens de “Seijuu Sentai Gingaman” que ainda não tinham sido usadas… tanto que a contraparte do Capitão Mutiny na versão japonesa, o capitão Zahab, era o vilão principal daquela temporada do “Super Sentai”.
“Raise the Titanisaur” começa com Terra Ventura em perigo, perdendo os motores, e o Comandante Stanton confia em Damon para impedir que eles percam mais algum motor, porque, se isso acontecer, eles podem não sobreviver. Enquanto cuidam de Terra Ventura, os Power Rangers ainda precisam enfrentar Barbarax e Deviot, e então o pior de todos os problemas quando o Titanissauro se levanta. Parece uma simples batalha de Megazord até que percebamos que o Titanissauro é extremamente poderoso e talvez eles não tenham poder para vencê-lo. Le derruba Megazords, corta braços fora (!), e acaba separando as Feras Galácticas, e nos perguntamos se elas poderão voltar a lutar normalmente. Felizmente, a batalha está fazendo com que o Titanissauro esquente demais, e o castelo do Capitão Mutiny é fixo sobre ele…
Então, ele precisa cancelar a luta e fazer com que o Titanissauro pule no mar. Para atacar novamente, ele precisa separar-se de seu monstro, e deixar que ele lute até o fim. Quando ele faz isso, Mutiny manda o Titanissauro para Terra Ventura, para destruí-la, e aqui está a parte de que mais gostei no episódio, quando os Galaxy Rangers lutam contra o Titanissauro ao lado das Feras Galácticas, mas grande parte da luta não é com Megazord… não é nem mesmo com as Feras em seus formatos de Zord, mas em suas formas mais primárias mesmo, e isso é legal de se ver, porque é extremamente raro. Amei ver o Leo usar o poder de fogo de sua Fera Galáctica, por exemplo. No fim, eles acabam recorrendo à clássica formação de Megazord, e salvam Terra Ventura por ora – tanto do poderoso Titanissauro, quanto dos motores que estão esquentando demais.
A temperatura volta ao normal, mas eles estão ficando sem tempo…
“Escape the Lost Galaxy” é a CONCLUSÃO DO ARCO, e é, de longe, O MELHOR DESSES 8 EPISÓDIOS. Aqui, temos uma história interessante para um dos personagens, Mike, além daquela referência discreta a “Star Trek” com o Xadrez 3D. Mike planeja libertar os humanos escravizados pelo Capitão Mutiny e, para isso, ele vai servir de isca: ele vai se deixar capturar para ser levado até as minas. As cenas são interessantes, e eu gosto de termos um foco em Mike, no episódio que também serve como despedida do Magna Defender (além de termos bastante do Mike com aquela regata preta, wow). Uma vez nas minas, Mike cava e ajuda como pode… oferece água para uma mulher, que “não quer sua ajuda, ou então Mutiny vai acabar com os dois”, e acaba ajudando um senhor que não conseguiu escavar muitas pedras naquele dia.
Em compensação, ele próprio entrega um balde vazio, o que quase lhe custa a vida, não fosse a mulher de antes, justamente aquela que disse que “era melhor que eles não se ajudassem”, o ajudando, dizendo ao Capitão Mutiny que ele ainda é novo e tudo o mais… mas ela o fez porque o senhor que Mike ajudou era o seu avô, e ela está agradecida. Eu gosto de como o episódio se torna uma rede de ajuda entre esses três, porque quando Mutiny os está guiando ao fim de um dia de trabalho escravo, Mike se separa do grupo e se esconde, levando consigo a mulher, e quando eles quase são vistos, o avô faz um escândalo para chamar a atenção de todos e ajudá-los a escapar, o que foi bem legal. Agora, Mike precisa ajudar todos a fugirem quando os Power Rangers finalmente aparecerem por ali a bordo da Megaship para resgatá-los…
Enquanto isso, Leo e Kai tentam “reverter o feitiço” lido por Deviot, e é uma sequência que nos deixou intrigados: realmente era tão simples e tão literal a “reversão” do feitiço? Os dois leem as palavras de Deviot de trás para frente, agora, e eles conseguem ABRIR UM PORTAL PARA FORA DA GALÁXIA PERDIDA, mas eles também precisam ir resgatar Mike e os demais escravos do Capitão Mutiny. Então, eles chegam com a Megaship, e as pessoas libertadas com a ajuda de Mike e da sua nova companheira correm para dentro da nave, e tudo parece bem… até que ela volte porque descobre que Barbarax pegou o seu avô – e Mike acaba voltando com ela, claro. Agora, os três ficam para trás, os únicos que ainda precisam de resgate naquele planeta. AMEI a cena heroica do Mike protegendo avô e neta enquanto se transforma em Magna Defender na frente deles.
É uma cena e tanto!
Assim, os Rangers podem escapar na Megaship, salvando a todos… menos ao próprio Mike, que fica para trás para lutar contra o Capitão Mutiny quando ele tenta atacar a nave dos Power Rangers, e é uma batalha intensa que acaba com o Mike no chão, caído, sem seus poderes de Magna Defender, e então o espírito do primeiro Defender aparece para ele, para lhe dar forças, e ele tem um último ato heroico que salva a todos. Com o portal se fechando, Mike usa os poderes e o Megazord do Magna Defender para segurar o portal aberto, para que Terra Ventura e a Megaship possam passar e fugir da Galáxia Perdida em segurança. É uma cena e tanto, embora o tamanho do Defender Torozord seja questionável… ele nunca foi assim tão grande. De qualquer modo, a cena é muito boa, e conta com uma dramaticidade a mais por ter o Leo gritando pelo irmão.
Novamente.
Ele não pode perdê-lo mais uma vez…
O episódio encerra o arco da Galáxia Perdida e do Magna Defender, ao mesmo tempo. O Capitão Mutiny até tenta passar também, atrás deles, mas assim que chega do lado de cá, Trakeena o ataca e o destrói, dizendo que “só há um comandante nesse universo, e é ela”. Foi um alívio vê-la de volta, confesso. Enquanto isso, Leo procura por Mike, porque não pode desistir do irmão, e o encontra flutuando no espaço, desmaiado, mas vivo (porque, em “Power Rangers”, as pessoas não morrem quando expostas ao vácuo do espaço, mas não tente isso em casa), e eu achei uma sequência bem bacana. Mike acorda algum tempo depois, em segurança de volta na nave, sem seus poderes de Magna Defender, mas bem… e mesmo que isso tudo tenha lhe custado todos seus poderes, ele fez algo significativo, ao salvar todos de Mutiny e tirá-los da Galáxia Perdida.
Segundo ele, era pra isso que os poderes serviam mesmo!
Foi legal.

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