Rubí (2020) – A armação contra Cayetano
Cayetano e Fernandita não mereciam…
Olha aí… por
isso eu nunca vou perdoar a Rubí. Nos últimos textos, eu comentei como a Rubí
consegue fazer com que nossos sentimentos por ela mudem o tempo todo. Na
verdade, eu não a julgo pela maioria das coisas que ela faz, mas o que ela faz
com Cayetano, e como faz toda sua família (Cristina, Fernandita, Refugio)
sofrer não é perdoável… achando que Cristina estava cometendo um erro se
casando com Cayetano, porque ele é pobre – mas a irmã não tem as suas ambições,
e Rubí não pode julgar todo o mundo
de acordo com as suas crenças! –, Rubí decide “tirá-lo da vida de sua irmã”, e
então ajuda em um assalto na casa de Maribel, para poder colocar a culpa em
Cayetano, e essa é a pior coisa que Rubí
podia ter feito… muito pior do que qualquer outra atitude/decisão sua… a
crueldade de Cayetano sendo levado injustamente quando encontram joias no seu
carro!
E aquele
momento foi traumatizante para
Fernandita, que não entende de verdade o que está acontecendo… no presente,
ouvindo Rubí contar esses acontecimentos, Carla chora – isso tudo ainda lhe faz
muito mal. No passado, a garota está em choque, triste. E quem tenta consolá-la
é a avó, abraçada à garota, e quando Fernandita pergunta sobre o que aconteceu,
Refugio apenas diz que “alguém muito mau quis fazer mal a Cayetano”, e isso não
ajuda Fernandita a entender. Nas suas palavras: “Mas quem? Todo mundo ama o Cayetano. Bem… menos a minha tia Rubí”.
E isso deixa Refugio pensativa… será que sua filha seria capaz de ir tão longe?
A resposta é sim, e no fundo ela sabe, e é isso o que a machuca mais ainda… ela
gostaria que Rubí não fosse capaz,
mas sabe que é. Enquanto isso, Cayetano é interrogado na delegacia e ninguém
acredita nele…
Cristina, por
sua vez, vai pedir ajuda para a única pessoa em quem consegue pensar: Arturo. E o próprio Arturo diz que Cayetano
seria incapaz de fazer algo assim, porque sempre foi um ótimo empregado…
juntos, os dois vão à delegacia para dizer aquelas coisas que eu já tinha
comentado: até parece que ele deixaria as
joias no carro e em um lugar tão óbvio, se realmente fosse ele – claramente é
alguém tentando incriminá-lo. Arturo ainda pergunta por que Cayetano, se ele nunca o indicou como um suspeito (!), e o
policial acaba contando sobre a “denúncia” de Rubí… antes de ir embora,
Cristina entra para ver Cayetano, que pede que ela acredite nele, mas ela sabe
que ele é inocente, ele nunca duvidou disso, e agora ela acha que foi a sua
irmã que o incriminou, e ela vai averiguar – porque, se realmente fez isso,
dessa vez Rubí passou de todos os limites.
Fernandita,
tarde da noite, triste, liga para Rubí para contar o que aconteceu e para dizer
que todos estão muito tristes, e eu
odeio a Rubí pela maneira como fala com Fernandita, pela maneira como tenta
convencê-la de que, se acharam algo no carro de Cayetano, é porque ele é
culpado, dizendo que sempre desconfiou
que havia algo de errado com ele… ela ainda diz à sobrinha que “ela devia
estar feliz”, mas Fernandita não deixa que ela diga essas coisas. Ela fica
brava com a tia e acaba desligando na sua cara… é desde essa época, e por causa
do que Rubí fez com Cayetano que Fernandita está se afastando da tia, até se
tornar a “Carla” que conhecemos no futuro, aquela “total desconhecida” que vem
entrevistar Rubí, e que tem uma mágoa da tia… com razão. No futuro, vemos Carla
lembrando disso tudo, bebendo e chorando… ainda
sofrendo.
Ainda dói.
Gosto de como
esse episódio foi focado em Cayetano e em Fernandita – e de como pudemos ver um
pouco mais da Fernandita no futuro. Quando Frank, seu namorado, liga para ela,
ela fala sobre “a mulher que está entrevistando”, e como essa mulher é uma
louca que destruiu muitas vidas e, para piorar, ela não tem vergonha de contar
sobre isso… ela gosta, na verdade.
Carla decide, então, deixar tudo para trás… está lhe fazendo muito mal reviver
todos esses acontecimentos e Rubí visivelmente não mudou nada, então ela começa a arrumar suas coisas, liga para
Boris e o manda dizer à sua chefe que a entrevista acabou e que, amanhã mesmo,
ela está indo embora… Boris tenta argumentar, mas Carla não quer ouvi-lo, e só
diz que ele está desperdiçando a vida ao
lado daquela velha e desliga o telefone, porque ela não vai fazer o mesmo.
No dia
seguinte, no entanto, Rubí aparece pessoalmente no hotel para contradizer
“Carla”, e isso, para mim, só indica que ela sabe mesmo quem é a jornalista… talvez ela soubesse desde o começo, e
por isso decidiu que, pela primeira vez, ia aceitar dar uma entrevista – Rubí não iria atrás de “Carla” se não
soubesse que é a Fernandita… iria? Rubí diz que “Carla” vai se mudar para a
sua casa, mas ela é totalmente contra isso e insiste em ir embora, mas Rubí diz
que ela não pode publicar o que ela coletou até agora, porque ela não dá a
autorização e, se o fizer, sua publicação será apenas mais uma das muitas que não têm sua autorização. Então, “Carla”
acaba se deixando levar para a casa de Rubí, e isso me apavora de um jeito! Ela
é obrigada a ficar ali e ninguém
parece querer explicar-lhe o motivo, e a garota, naturalmente, está confuso.
Mas vai continuar…
Ela está obcecada por essa história.
No passado,
vemos Cristina exasperada, tentando falar com Rubí, que não atende o telefone…
agitada, Cristina diz a Refugio que tudo é culpa de Rubí, e Fernandita escuta
tudo enquanto chora – fiquei com tanto dó dessa criança, quantos momentos
traumatizantes que ela viveu. E as feridas continuam abertas até hoje! Cristina
diz a Refugio que ela não pode continuar defendendo a Rubí, que ela é um
monstro, capaz disso e de muito mais e, sinceramente, eu queria ver a Cristina dar na cara da Rubí – ela merecia.
Quando Rubí finalmente se digna a aparecer, Cristina a ameaça (!), dizendo que
se o Cayetano não sair da cadeia naquele
dia mesmo, então ela vai conhecer uma
outra Cristina… GENTE, EU QUERO TANTO VER A CRISTINA DESTRUIR A RUBÍ. Com a
irmã, Rubí foi filha da p*ta como ela
não chegou a ser com mais ninguém.
Refugio,
furiosa, também dá uma bronca em Rubí, e é uma das cenas mais FORTES do
episódio, porque Refugio diz umas coisas duras, que precisavam mesmo ser ditas…
ela diz a Rubí que “ela é o pior fracasso da sua vida”, e ainda a chama de
cínica, diz que “sente vergonha dela”. E a Rubí não gosta nada de ouvir nada
disso, MAS ELA MERECEU CADA PALAVRA. Quem não merecia era a Refugio, porque
isso lhe dói demais… quando Rubí vai embora, Refugio fica sozinha, chorando e
acaba passando mal, e então percebemos que ela
vai morrer por causa disso – e essa é uma culpa que a Rubí deveria carregar
pelo restante da vida, porque A CULPA É SÓ DELA. Rubí acaba voltando porque
esqueceu seu celular e encontra a mãe passando mal, e Refugio só estava
tentando falar com ela uma última vez, para que aquelas palavras pesadas não
fossem as últimas coisas que dissera à filha, mas quando Rubí chega e a pega
nos braços, ela morre…
Não tive um
pingo de dó de Rubí ou de seu choro.
Queria que a
culpa a corroesse, mas provavelmente ela nunca verá seu erro.
Enquanto
isso, sem saber de nada disso, Cristina leva Fernandita para visitar o Cayetano
na cadeia, E AQUELA É UMA DAS CENAS MAIS EMOCIONANTES DA SÉRIE. Acontece que o
Cayetano é perfeito demais, e o amor
que ele tem pela Fernandita e a garota por ele é imensurável. Cayetano, além de
ser bonito (!), é educado, inteligente, simpático, amoroso… ele é um máximo, e
é injusto que ele esteja sofrendo isso tudo só porque Rubí decidiu que ele não
é certo para a sua irmã porque “não tem dinheiro”. Me emocionei de verdade na
cena em que Fernandita convence o policial a deixá-la ver Cayetano lhe
mostrando o desenho que trouxe para ele, e o abraço daqueles dois, o desenho de
presente da Fernandita para o Cayetano… é
um momento muito bonito e profundamente triste… toda a crueldade desse mundo,
graças à Rubí.
Impossível
perdoá-la por isso.
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Um dos capítulos mais emocionantes e revoltantes da série. Amamos demais o Cayetano e a Fernandita para querermos vê-los em toda essa situação armada por Rubí, e queremos muito dar na cara dela por ser tão cruel com pessoas tão inocentes. É revoltante.
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