“It’s okay.
You can go now”
Eu não
acredito que 15 anos de história chegaram ao fim, mas eu estou
extremamente feliz pelo sentimento de
saudade que eu já estou começando a
sentir de
“Supernatural”. Um
sentimento que, por muito tempo, eu não achei que teria quando a série
terminasse, depois de tanto tempo.
Mas
acontece que, nas últimas temporadas, eu gostei das histórias que eles estavam
contando, me afeiçoei novamente aos personagens e embora eu achasse que estava
muito preparado para esse momento – bem, eu não estava. Foi um episódio
calmo, introspectivo, bastante voltado para a
emoção, e finalmente entendo a escolha da série de apresentar todo
aquele confronto final contra Chuck no episódio passado, resolvendo grande
parte dos problemas lá, para que esse episódio pudesse ser uma despedida e
voltado apenas a Sam e Dean.
Foi a melhor e mais respeitosa escolha
possível.
É um
episódio final diferente de tudo o que eu já esperei. Mas que eu ADOREI do início
ao fim.
No fim do
episódio passado, depois de terem perdido Castiel e de Jack ter se tornado o
novo Deus, Sam e Dean tinham a sensação, pela primeira vez na vida,
de que eram livres, e então eles saem no
Impala rumo a, quem sabe, uma vida normal? Ou não, tendo em vista que eles
continuam vasculhando a internet em busca de algo que possa ser um caso para
eles… é tão bom vê-los
tranquilos por
um tempo, por mais que, de certa maneira, isso pareça utópico.
Estávamos o tempo todo esperando que não
fosse verdade, que algo fosse dar errado, mas me permiti curtir momentos
leves como a felicidade do Dean naquele festival de tortas, ou a simplicidade
da alegria de Sam em jogar uma torta na cara de Dean…
são momentos pequenos, mas que fizeram toda a diferença no episódio.
Até que eles “finalmente” encontrassem um caso.
Vampiros?
Na verdade,
o caso em si não importava,
mas a
conclusão dele… e aqui, novamente, meus sentimentos foram controversos a
princípio, mas eventualmente eu entendi que
tinha
que ser daquele jeito. Temos Sam e Dean num caso que podia estar em
qualquer outro episódio, em qualquer outra temporada, mas é apenas para nos
lembrar como, no fim,
sempre foram eles
dois, e como o negócio da família é “caçar coisas, salvar pessoas”. Era um
caso simples, com um desdobramento previsível que podia ter acontecido
em qualquer momento antes desse, mas que
não aconteceu.
A morte de Dean acontece
durante a ação do episódio, a luta contra vampiros, quando ele acaba empalado
por um pedaço de ferro na parede, e pode parecer quase
bobo, mas é o que, pela última vez, nos faz lembrar que eles são
humanos e são vulneráveis.
Não sei se
eu estava preparado para ver a morte de Dean… E CHOREI COM TODA A SEQUÊNCIA. A
despedida de Sam e Dean é uma das coisas mais bonitas e mais tristes de toda a
série, com direito a momentos como o Dean dizendo que o ama (
“I love you so much, my baby brother”),
e toda uma conversa sincera na qual Dean pede que ele não tente fazer nada, que
não o traga de volta, que ele siga em frente…
chegou o momento de fazer isso. Os dois se entregaram àquele
momento belamente, enquanto se despediam também de seus personagens e dos 15
anos de história que construíram com
“Supernatural”,
e a emoção era sincera e palpável. Então, Dean faz o irmão dizer que “está tudo
bem”, e por mais que lhe doa, Sam atende ao pedido do irmão, entendendo que, de
alguma maneira,
está mesmo tudo bem,
e que Dean precisa disso para ir em paz e descansar.
“Dean, it’s okay. You can go now”
“Goodbye, Sam. Goodbye”
Como eu
disse, o episódio é incrivelmente bem construído e profundamente EMOTIVO. Após
a morte de Dean, temos um momento compreensivelmente melancólico, em que vemos
o Sam aparentemente sem rumo, e é de partir o coração vê-lo sozinho daquela
maneira, até que um dos vários telefones deles toca, e então Sam é chamado
novamente para a ação…
e, fazer o quê?
Ele precisa ir! Enquanto isso, Dean é recebido no Céu por Bobby, um Céu um
pouco diferente daquele que ele conhecia, porque Jack (com uma ajudinha de
Castiel, aparentemente) fez umas mudanças desde que se tornou o novo Deus… a
cena é bonita, e a introdução perfeita para a conclusão do episódio… aqui, Dean
“recupera” seu Impala e diz a Bobby que “vai sair para uma volta”, e então ele
entra no carro, liga o som
e que música
começa a tocar?
“Carry on,
my wayward son…”
Ali, eu
perdi tudo. Nos primeiros versos da música eu JÁ ESTAVA CHORANDO PRA VALER, e
só chorei mais e mais com toda a edição belíssima que se seguiu! É,
provavelmente, uma das conclusões mais perfeitas de série que eu acompanhei, e
que se despediu dos personagens de uma maneira muito condizente. Ao som de
“Carry On Wayward Son”, do Kansas, a
música que
já nos emocionou ano após ano
em conclusões de temporadas, acompanhamos não apenas a jornada de Dean,
andando em seu Impala nas ruas do Céu, mas também a vida que Sam levou na
Terra, depois da partida do irmão… vemos um Sam ainda jovem, brincando com o
filho, Dean, no parque; vemos um Sam convivendo com um filho já adolescente;
vemos um Sam mais maduro, olhando novamente para o Impala que está guardado na
garagem esses anos todos.
Toda a vida
de Sam… e ele levou uma boa vida.
Fico MUITO
FELIZ por Sam ter tido a oportunidade de “uma vida normal”, afinal de contas, e
de ter sido feliz durante anos, até o momento de sua morte, quando ele já é
velhinho… e como se eu já não estivesse chorando horrores, o episódio nos
apresenta uma versão lenta e íntima de
“Carry
On Wayward Son”, enquanto o filho de Sam diz para ele as mesmas palavras
que ele dissera ao Dean, anos atrás:
“Dad,
it’s okay. You can go now”. Então, Sam também morre, pronto para
reencontrar-se com o irmão no Céu. GENTE, O ABRAÇO DAQUELES DOIS NAQUELA PONTE
É UMA DAS COISAS MAIS LINDAS QUE EU VI NA VIDA.
“Supernatural” teve uma conclusão
perfeita, um final
lindíssimo,
eu preciso dizer isso, e agora vai
deixar saudade. Amei tudo nesse episódio (o ritmo, a calma, a emoção, os
diálogos, a atuação, a trilha sonora, o roteiro), e estou muito feliz em poder
vir escrever esse
meu último texto da
série e dizer que eu adorei…
Obrigado, “Supernatural”, por toda essa jornada!
Eu vou
sentir saudade.
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Só de ler o "carry on" meu coração acelerou!
ResponderExcluir"embora eu achasse que estava muito preparado para esse momento – bem, eu não estava" HAHAHA somos dois!
...
aquela sequência do Dean no carro pela estrada, e a vida do Sam passando... MANO DO CÉU! Que sequência muito bem feita e maravilhosa, chorei do começo ao fim também hahaha emocionante e reconfortante de um certo modo. Cada um teve o final que sempre desejaram desde o começo, senti que Dean estava em paz e Sam finalmente viveu a sua vida, como sempre quis!
fiquei feliz que você não desistiu de Supernatural, de verdade!!!!
beijãozão :*
"Fiquei feliz que você não desistiu de Supernatural, de verdade!!!!"
ExcluirVocê viu? HAHA Fui até o fim! E apesar de várias críticas ao longo das temporadas, é como disse no texto: no fim eu já amava de novo, curtia os episódios, me emocionei bastante no fim... o final dos meninos foi demais. Vi tanta gente reclamando na internet que nem entendi... achei que o problema era eu, o "do contra" haha Que bom que você também gostou! Pra mim, foi um episódio lindo e emocionante <3
hahahaha uhuuuu... até o fim!!!
Excluirsim, só seria mais perfeito se não tivessem morrido, porém, achei que foi um final perfeito pra história deles ao longo desses 15 anos!
A galera que é do contra, e queria que vivessem felizes pra sempre caçando monstros hehehe
beijãozão :*