Star Trek: Discovery 3x03 – People of Earth
“Personal log, Commander Michael Burnham, stardate
865211.3. Automatic transmission to USS Discovery, wherever or whenever it
might be. I'm sending this message because you need to know what I've learned
here. I hope that, by some miracle, you'll receive it someday”
QUE REENCONTRO EMOCIONANTE. Ainda estamos engatinhando na trama da terceira temporada de “Star Trek: Discovery”, e depois de um primeiro episódio que apresentou a chegada de Michael Burnham ao futuro, cheio de novidades (boas e ruins), e de um segundo episódio que nos mostrou a jornada da USS Discovery através do tempo, chegou o momento de as duas partes dessa tripulação se reunirem, e eu adorei a introdução do terceiro episódio, trazendo uma narração de Michael a respeito de tudo o que aconteceu com ela nesse ano em que eles estiveram separados, bem como tudo o que aconteceu desde que eles deixaram o passado rumo ao desconhecido. Constantemente, Michael gravava informações na esperança de que, de alguma maneira, elas chegassem à USS Discovery, até o momento em que eles pudessem se reencontrar.
Michael
conta, por exemplo, sobre como o dilítio se tornou escasso depois de uns 700 anos de sua partida, como a Federação
tentou novas tecnologias, nenhuma das quais se provou confiável, e depois veio
a Combustão: ninguém sabe como ou por que
isso aconteceu, mas todo o dilítio deixou de funcionar simultaneamente, e todas
as naves que estavam viajando em dobra naquele momento foram detonadas. Agora, pouco sobrou da
Federação, e Michael gostaria de entender exatamente o que causou a Combustão –
talvez, com a ajuda dos amigos na USS Discovery, ela possa enfim conseguir essa
resposta. O reencontro de Michael com a tripulação é lindíssimo, com destaque
ao abraço emocionado que ela dá em Tilly, em Saru e em Stamets, chorando.
Também foi emocionante o momento em
que Michael concretizou Saru como CAPITÃO da USS Discovery.
Ele merece.
Outros
momentos emocionantes do episódio vêm quando Michael Burnham e Tilly conversam
sobre o futuro, sobre as famílias e os amigos que eles deixaram para trás, para
que tivessem vidas inteiras e, mesmo
assim, eles já se foram há séculos. Isso ainda é muito novo para Tilly,
enquanto Michael, de alguma maneira, já teve todo um ano para se acostumar com
tudo o que perdeu e tudo o que pode aproveitar agora – Tilly diz que ela parece
mais leve, e algo definitivamente
mudou em Michael, além do cabelo. Ela não está particularmente feliz em estar
novamente com seu uniforme da Federação, e eu gosto de como Georgiou a lê perfeitamente, sabendo que ela provou da
liberdade e gostou… agora, no
entanto, é como se as “férias” de Michael tivessem chegado ao fim e ela
tivesse, enfim, que voltar ao trabalho e a todas as suas missões.
Assim, a USS
Discovery parte para a Terra, onde são cercados por naves sem registro da Federação, e confrontados pela Capitã Ndoye, da
Força de Defesa da Terra Unida, que os manda ir embora porque “não são bem-vindos”.
O que mais está me interessante nessa terceira temporada é explorar todas as
possibilidades de uma história desconhecida, um lugar onde nada é como
conhecíamos. Saru lida bem com a situação, sendo bem persuasivo inventando uma
história sobre como eles são descendentes
dos tripulantes originais daquela nave da Federação, dizendo que não estavam viajando em dobra no momento
da Combustão, por exemplo, para explicar sua sobrevivência, e agora todos
precisam ser da Federação: Michael
está de volta em seu uniforme, e até Booker acaba colocando um, para que eles
tentem entrar na Terra e entender tudo o que aconteceu nos anos em que
estiveram fora.
A Capitã
Ndoye explica que a Terra já não é mais parte da Federação e que a Frota
Estelar não está ali há 100 anos, porque os maiores atingidos pela Combustão
foram as naves da Federação e ninguém sabe se foi um acidente ou um ataque, e se eles continuassem ali, a
Terra se tornaria um alvo, e não é o que eles querem. Antes que a conversa
possa continuar, no entanto, novas naves aparecem e conhecemos Wen, alguém que
a Capitã Ndoye apresenta como um saqueador cruel que está ali em busca do
dilítio da USS Discovery, mas quando uma espécie de sabotagem acaba atrasando a
saída da Federação para que Ndoye tome conta da situação, Saru acaba
interferindo e diz que eles ajudarão Ndoye a lidar com essa situação… Booker e
Michael, por sua vez, têm seu próprio plano, que é um pouco mais arriscado e
direto, mas que acaba funcionando perfeitamente.
E eles
trazem Wen como prisioneiro para a
USS Discovery, e o colocam frente a frente com a Capitã Ndoye. Foi uma
conclusão muito bacana à trama,
porque mostra um pouco do que a FEDERAÇÃO faz: não atira primeiro, não se
protege em violência e, antes de tudo, tenta conversar. A diplomacia é implantada para que Ndoye e Wen conversem
pela primeira vez, e entendam que as
coisas que sabem talvez não sejam completamente verdade… gosto da mudança
de perspectiva, de entender que Wen é humano e vem de uma colônia outrora
autossustentável, mas que agora precisa de ajuda, e a Terra nunca soube porque nunca parou para escutar. Saru, em nome
da Federação, faz um belíssimo trabalho de mediador, instaurando a paz,
acabando com a “ameaça” de Wen, salvando a colônia e ainda ganhando passe livre
para visitar a Terra.
Um bom
episódio que diz muito sobre a Federação.
E é bom ver
essa tripulação reunida!
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