Star Trek: Discovery 3x04 – Forget Me Not

 

O simbionte Trill…

Um episódio bem bonito para a história de “Star Trek: Discovery”. A missão da USS Discovery na terceira temporada da série é entender o que foi a Combustão, como ela aconteceu e reencontrar o que sobrou da Federação nesse futuro distante para o qual foram… para isso, eles pareciam precisar da ajuda de Senna Tal, e o último episódio nos trouxe uma adolescente com um simbionte que pode ter as memórias não apenas de Senna Tal, mas de todos os hospedeiros com os quais se fundiu anteriormente – sabemos que os Trill são algo antigo na história da franquia “Star Trek”, datando de volta a “The Next Generation” e em maior extensão a “Deep Space Nine”, mas eu não pude deixar de pensar em “The 100” enquanto assistia a esse episódio, com toda a história da Chama, dos Comandantes, tem até um momento em que Adira tem que listar os nomes de todos que vieram antes dela

Como Adira não está completamente conectada ao seu simbionte e, portanto, não tem acesso às suas memórias, a USS Discovery decide levá-la até Trill, o seu planeta natal, onde eles encontram uma população dizimada pela Combustão, mas felizes por ter a oportunidade de um simbionte retornando para casa – e eu devo dizer uma coisa: O PLANETA TRILL É LINDÍSSIMO! Cheio de plantas, bastante colorido, parece emanar uma paz tão grande e a fotografia estava lindíssima. Ali, conhecemos alguns Trills, e embora eles pareçam tão bondosos inicialmente, é notável a mudança de atitude quando eles descobrem que a hospedeira que traz um de seus simbiontes é uma humana – isso nunca aconteceu antes. Então, uma hospedeira com um simbionte Trill é um milagre ou uma aberração? Todo o episódio, então, entra em um momento de muita tensão.

Há quem diga que, em 2.000 anos, nunca um simbionte se uniu a um hospedeiro que não fosse Trill, portanto o ideal seria forçar a separação, mas, como a Líder Pav diz, forçar a separação poderia matar o simbionte… o Guardião Xi, por sua vez, é muito mais aberto à novidade, sabendo que Adira é quem traz de volta as esperanças para o futuro da espécie… a cena é tensa, um tanto quanto revoltante, e Michael e Adira acabam sendo expulsas do planeta, sem receber a ajuda de que precisavam e, como se não bastasse, um Trill mais conservador ainda tenta impedi-las de ir embora, as atacando e planejando tirar o simbionte de Adira à força. Gosto muito de como Michael mudou nesse ano que passou “sozinha” no futuro, e como ela ataca quando é necessário, por mais que “esse não seja o protocolo da Federação”. Naquele momento, era necessário.

Enquanto isso, as coisas na USS Discovery não vão nada bem… Saru está estressadíssimo, e Hugh percebe que, graças a isso, ele pode não estar muito bem de saúde. Stamets também está no limite e, inclusive, acaba sendo grosseiro com Tilly. E quando Saru recebe a sugestão de fazer um jantar e tentar se conectar com a sua tripulação (o Capitão Kirk fazia parecer tão simples, segundo ele), as coisas parecem piorar ainda mais, porque Detmer é profundamente cruel com Stamets e, no fim, o jantar parece ter dado todo errado… mas não. Eles precisavam mesmo colocar algumas coisas para fora e precisavam parar de fingir que “estava tudo bem”, quando claramente não está, mas também precisavam ser lembrados de que estavam ali por escolha própria, juntos e com um só objetivo – com isso e com uma boa noite de filme, acho que a equipe sairá fortalecida.

Foi uma sequência bem bacana.

Destaque para a Tilly emocionada quando o Stamets vem falar com ela no final. AMO A TILLY!

Enquanto isso, em Trill, o Guardião Xi aparece disposto mesmo a ajudar Adira e Michael e as guia até as Cavernas Sagradas de Mak’ala, para que Adira possa tentar se conectar com seu simbionte, e aqui temos toda uma sequência MARAVILHOSA! Adira entra nas águas sagradas da caverna para uma viagem pessoal, e quando a caverna é invadida por outros Trills revoltosos, Adira passa mal, convulsiona e desaparece, então Michael precisa entrar também para acompanhá-la, para ajudá-la e para guiá-la – tanto em relação ao seu simbionte quanto para fora daquilo tudo. Então, com o apoio do Guardião Xi, Michael Burnham também entra nas águas sagradas do planeta e, com olhos brancos, começa a sua jornada ao lado de Adira, um momento bem bacana de ambas em um lugar místico que parece ser a representação do simbionte…

Tentando chegar a Adira.

Ali, quando Michael a incentiva a deixar a conexão acontecer, as memórias começam a ressurgir, e Adira se lembra de um namorado, Gray, que era Trill e que foi o último hospedeiro antes dela. A cena é bonita, emocionante, melancólica e desesperadora, quando um ataque causa a morte de Gray e ela aceita receber o simbionte em seu próprio corpo, por ele, para salvar a memória de seu povo – tudo é de arrepiar nessa sequência, particularmente a trilha sonora no momento em que Adira está se reencontrando com os antigos hospedeiros de seu simbionte, aquele momento em que o namorado, Senna Tal e todos os demais hospedeiros se aproximam dela, e a Família Tal a aceita como um deles. Quando ela emerge, então, ela tem uma lista de nomes para recitar, de todos os hospedeiros que vieram antes dela, e ela termina dizendo: “And I am Adira Tal”.

Agora, a USS Discovery ganha um simbionte Trill.

Que deve ser importantíssimo nas buscas pela Federação.

 

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