Star Trek: Discovery 3x05 – Die Trying
“Welcome
home”
A Federação
já não é mais o que foi um dia… mas também não acabou como o início da terceira temporada de “Star Trek: Discovery” nos fez acreditar. Michael Burnham busca o
que sobrou da Federação desde sua chegada ao futuro e da interceptação de uma
mensagem que falava de Senna Tal – o último episódio foi inteiramente voltado
para a Mitologia Trill e para o simbionte que agora é parte de Adira Tal,
contendo as memórias de todos seus antigos hospedeiros… dentre eles, o próprio
Senna Tal. Agora, com uma humana com um simbionte Trill na USS Discovery, nada
os impede de encontrar a SEDE DA FEDERAÇÃO, e eu devo dizer que a chegada àquele
lugar foi impressionante, e eu estava
mais ou menos com a mesma reação deles, com aquele monte de naves, com a
floresta flutuante, com todas as possibilidades que o lugar oferecia…
São tantas novidades que agora podem ser
exploradas!
“Star Trek: Discovery” está,
literalmente, “indo mais longe do que qualquer um já foi”, explorando
fronteiras e universos – conhecemos o Comandante Charles Vance, e é
interessante como ele tem tanto a dizer e tanto que não confia na tripulação da Discovery o suficiente para partilhar…
descobrimos algumas informações, como o fato de Kaminar ter se juntado à
Federação, ou o fato de que, atualmente, a Federação tem 38 planetas, depois de
ter chegado a 350 em seu auge – desde a Combustão, no entanto, a comunicação é
muito mais difícil. E embora Michael, Saru e os demais tenham chegado à Sede da
Federação com o anseio de sentir-se em
casa e encontrar abrigo, a Federação está endurecida por todos os anos que
os separam e os acontecimentos que eles tiveram que enfrentar… por isso, Charles Vance não parece muito
disposto a confiar neles. Não por enquanto.
Assim, todos
são submetidos a interrogatórios rígidos, enquanto Charles Vance pensa em
separar a tripulação da USS Discovery e realocá-la onde julgá-los necessário –
o que, se você me perguntar, me parece uma atrocidade! Gostei de ver Michael
protestar em relação a isso, mas Saru está disposto a aceitar, para não chegar
já discordando da Federação… é verdade que as atitudes de Charles Vance não
estão de todo erradas, mas eu não suportei o cara pela maior parte do episódio.
Quando um grupo de refugiados está sofrendo e precisa, urgentemente, de um
antídoto, Michael sugere que eles vão até Tikhov, e embora para a Federação do
futuro o lugar esteja a 5 meses de
distância, a USS Discovery, viajando por esporos, tem tempo de sobra para
ir, voltar e salvar essas vidas… mas Michael Vance não quer permitir que eles
partam sozinhos.
Ele quase
coloca todos os refugiados em perigo, e é grosso com Michael dizendo que “ela
ainda não está em casa”, mas Saru resolve tudo diplomaticamente, e se dispõe a
ficar na Federação, como “garantia”, enquanto a Tenente Willa acompanha a USS
Discovery (duvidando das capacidades daquele “fóssil de nave”), e eles partem
para Tikhov, toda uma sequência bem interessante que coloca Nhan em evidência,
tendo em vista que diferentes planetas e espécies que são parte da Federação se
alternam para vigiar o cofre com as
sementes (que podem conter uma que seria usada para fazer um antídoto e salvar
os refugiados na sede), e, pela primeira vez, os Barzans estão fazendo isso…
gosto de como “Star Trek” tem a
capacidade de explorar novas espécies, novos planetas, novos conceitos, sendo
uma ficção científica de qualidade, ainda encontrando tempo para ser emotiva.
E ela é.
Toda a
sequência em Tikhov é bem interessante, e conta com uma família morta e um
médico, o Dr. Attis, que tentará de tudo para salvar a família que ele recusa
aceitar que perdeu e para impedir que Michael ou qualquer outra pessoa entre
naquele cofre até ele encontrar a “cura”. Achei emocionante como Michael
conversou com Attis, convencendo-o a ajudá-los, fazendo-o aceitar que sua família já está morta, mas que ele
tem a chance de ajudar outras famílias… também temos a despedida de Nhan, que
deixa o elenco principal da série, ficando para trás para ajudar Attis, para
dar um enterro digno à sua família e para terminar a primeira vigia Barzan –
então, ela fica para trás, a serviço da Federação. A despedida com Michael é
bem bonita, e a USS Discovery volta para casa com a missão cumprida, finalmente
ganhando a confiança de Charles Vance.
Finalmente, eles estão em casa.
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